Após o barril atingir US$ 90, BofA revisa preço do petróleo no final de 2024 — e pode ser um empecilho para o Fed
Para os analistas do banco, uma subida nos preços da commodity pode limitar a capacidade dos bancos centrais em reduzir os juros

Com a escalada dos conflitos no Oriente Médio, o petróleo atingiu o maior nível em cinco meses com o barril a US$ 90 na última semana. Mas, para o Bank of America (BofA) alguns ‘inimigos’ do óleo podem derrubar os preços em breve.
Em primeiro lugar, o petróleo é considerado um termômetro de aversão ao risco dos investidores internacionais. Ou seja, as oscilações do preço do barril nem sempre estão relacionadas apenas com a oferta e demanda da commodity.
Um dos motivos para isso é a relação entre inflação e petróleo: com o barril mais caro, o preço dos combustíveis aumenta e, consequentemente, a inflação sobe.
Por isso, para o banco, o petróleo está a lutar novamente contra o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos.
Em um cenário de inflação ainda elevada e as expectativas de crescimento da maior economia do mundo, “uma subida dos preços do petróleo poderá limitar ainda mais a capacidade dos bancos centrais de fornecer estímulos.”
Ou seja, o início de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) — precificados pelo mercado para junho deste ano — entra em jogo.
Leia Também
Mas nem tudo está perdido. "Os preços mais baixos de energia elétrica proporcionam algum alívio, juntamente com uma economia chinesa exportadora de deflação, e a ampla capacidade disponível de produção de petróleo bruto na OPEP+”, afirmam os analistas do BofA.
- Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui.
Preço do petróleo: primeiro vai subir para depois cair
Como um cabo de guerra, o lado que tem mais força é, geralmente, o vencedor. No caso do petróleo, não é diferente.
Para os analistas do BofA, no primeiro momento, ‘os vencedores’ serão os que elevaram os preços da commodity — pelo menos nos próximos meses. São eles: uma possível escalada das tensões em conflitos que envolvam países exportadores relevantes, como Irã, Rússia e Venezuela (na disputa por Essequibo).
“Com o aumento das tensões no Médio Oriente, as medidas do lado da oferta da OPEP+ empurraram a volatilidade do petróleo bruto para o nível mais baixo em anos”, o que pode mudar daqui para frente.
Em meio a “cenário mais complexo”, os preços do barril do petróleo podem subir para até US$ 95 o barril.
Esse nível deve ser atingido entre julho e setembro deste ano, quando os bancos centrais iniciarem cortes nas taxas de juros.
Isso porque “mesmo que o aumento dos preços da energia possa dificultar o trabalho do Fed na redução das taxas de juro, os bancos centrais continuam concentrados, por enquanto, na redução da inflação subjacente — elementos dos preços não diretamente associados à volatilidade dos alimentos e dos combustíveis.”
Contudo, para o final do ano, o BofA projeta o barril do petróleo Brent, referência para o mercado mundial, a US$ 86. Já o barril do West Texas Intermediate (WTI), referência apenas para o mercado norte-americano, deve encerrar 2024 a US$ 81 o barril.
Apesar do preço ser mais baixo do que o nível do barril atual, negociado a US$ 90, o preço-alvo de 2024 é cerca de US$ 6 acima do previsto anteriormente pelo banco norte-americano.
“É importante ressaltar que os preços do petróleo Brent de longo prazo permaneceram bem ancorados nos últimos meses, situando-se no meio da nossa faixa de preço do petróleo de US$ 60 a US$ 80 o barril.”
- Análises aprofundadas, relatórios e recomendações de investimentos, entrevistas com grandes players do mercado: tenha tudo isso na palma da sua mão, entrando em nossa comunidade gratuita no WhatsApp. Basta clicar aqui.
Taxa Selic a 15% vem aí? Mercado muda a rota e agora maioria espera aumento de 0,25 p.p no próximo Copom; entenda o que aconteceu
Falas mais duras do presidente do Banco Central e confusão em torno do aumento do IOF levaram os agentes financeiros a reverem suas expectativas
A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje
Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria
Petrobras (PETR4) dá mais um passo para explorar o ‘novo pré-sal’ e demonstra interesse na Costa do Marfim
Apesar da vistoria do Ibama ser uma etapa importante, ainda faltam outras fases para que a Petrobras ganhe o sinal verde para atuar na Margem Equatorial
Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA
Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho
Fundo imobiliário de galpões é o novo favorito dos analistas, que veem oportunidade de compra com desconto; veja os FIIs preferidos para junho
Apesar de a alta da taxa Selic assustar os investidores, um FII de tijolo rouba a cena e recebe três indicações dos bancos e corretoras procurados pelo Seu Dinheiro
FMI melhora projeção para de crescimento do Brasil em 2025, mas faz um alerta para Lula
Fundo Monetário Internacional vê economia resiliente e elogia avanços fiscais, mas cobra mais ambição no controle das contas públicas
Bitcoin (BTC) volta aos US$ 106 mil com dados de emprego nos EUA e ‘TACO Trade’, mas saques em ETFs acendem alerta
Criptomoedas sobem com dados positivos do mercado de trabalho dos EUA, mas saques em ETFs revelam fragilidade do rali em meio às tensões comerciais
O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje
Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF
Petrobras reduz em 5,6% preços da gasolina para distribuidoras a partir da terça-feira (3)
O preço de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro
Nem só de aço vive a B3: Gerdau brilha, mas alta do petróleo puxa ações de petroleiras no Ibovespa
O petróleo ganhou força no exterior nesta manhã depois que a Opep+ manteve os aumentos de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores
Tem que aumentar mais: o que pensam os economistas que esperam mais uma elevação da Selic pelo Copom, para uma taxa terminal de 15% ao ano?
O comitê deixou o cenário em aberto na última reunião e agora o mercado está dividido entre os que esperam a manutenção dos juros e os que projetam um aumento residual de 0,25 p.p.
O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje
Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia
Agenda econômica: Política monetária na Europa, Powell, Livro Bege e Payroll; confira os indicadores mais importantes da semana
Além dos indicadores de peso nos Estados Unidos e na Europa, investidores brasileiros devem acompanhar de perto o IPC-Fipe, o IGP-DI e a balança comercial
Com ‘mundaréu’ de dinheiro gringo chegando à bolsa brasileira, Ibovespa aos 140 mil é só o começo, afirma gestor da Bradesco Asset
Na avaliação de Rodrigo Santoro Geraldes, head de equities na gestora, o cenário virou completamente para a bolsa brasileira — e nem mesmo a falta de corte de juros deve atrapalhar a valorização das ações locais em 2025
Agro reassume protagonismo e PIB brasileiro reacelera no primeiro trimestre de 2025
O PIB do Brasil nos primeiros três meses de 2025 totalizou R$ 3 trilhões, de acordo com dados divulgados hoje pelo IBGE
De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA
Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)
A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?
Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”
Casa Branca leva a melhor: justiça dos EUA suspende decisão que barrava tarifas de Trump; governo ganha tempo para reverter sentença
Corte de Apelações suspende liminar que derrubava tarifas impostas por Trump; ações são unificadas e prazo para novas manifestações jurídicas vai até 9 de junho
Se o PIB surpreender, será para cima (de novo), diz economista-chefe do Inter; o que esperar dos números da economia no 1º trimestre
Economistas têm revisado para cima as projeções para o PIB do Brasil no primeiro trimestre de 2025, mas a surpresa pode ser ainda maior
Fuga da bolsa brasileira: investidores abandonam as ações — mas sair da renda variável pode custar caro no futuro
Enquanto investidores se afastam cada vez mais da bolsa brasileira, o cenário se torna cada vez mais favorável para a renda variável local