Rodolfo Amstalden: Solução de quatro estados
Como faremos para balancear extremos opostos por meio de um único instrumento mediano nos mercados financeiros?

Desde que Knut Wicksell propôs uma "taxa natural de juros" para equilibrar a inflação, os economistas vêm sonhando em extrair o máximo proveito dessa milagrosa ferramenta de política monetária.
Com a adoção dos regimes de metas ao redor do mundo ocidental, tal disposição onírica tomou a forma daquilo que se convencionou chamar de "uma ferramenta para dois objetivos".
Ou seja, por meio do ajuste fino das taxas básicas de juros, os Bancos Centrais poderiam encontrar binômios ótimos de inflação + emprego.
No entanto, a ciclicalidade histórica nos ensina que se trata de uma ambição utópica.
- Quais são as melhores recomendações de investimento para março das maiores casas de análise e bancos do país? O Money Picks analisou 20 carteiras recomendadas para descobrir a resposta – veja aqui gratuitamente.
Erros na condução do jogo nos mercados
De tempos em tempos, a ilusão de acertos definitivos ("Grande Moderação") dá lugar à convicção de erros crassos na condução do jogo monetário – seja por meio de novos processos inflacionários ou da ameaça de hard landings.
Pensando bem, não é exatamente uma surpresa.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Em minha vivência prática como economista, nunca encontrei um problema que pudesse ser resolvido com uma única ferramenta, quanto mais dois problemas…
A ideia de resolver várias incógnitas de uma só vez remete à mágica das sinergias e dos ganhos de escala: bonita no livro-texto, mas incompatível com as nuances da vida real.
- Análises aprofundadas, relatórios e recomendações de investimentos, entrevistas com grandes players do mercado: tenha tudo isso na palma da sua mão, entrando em nossa comunidade gratuita no WhatsApp. Basta clicar aqui.
O desafio dos bancos centrais
Para piorar o desafio apresentado aos BCs, estamos caindo em um contexto americano ainda mais complexo à medida que avançamos pelo século XXI.
Em vez da já impossível aspiração de uma ferramenta para dois objetivos, talvez estejamos diante do caso hiperbólico de confiar em uma ferramenta para quatro objetivos.
Isso porque a economia e o mercado dos EUA vêm se comportando como dois ecossistemas distintos, com níveis de atividade, inflação e percepção política diametralmente distintos também.
Como balancear extremos opostos?
Para citar apenas um dentre vários exemplos:
Se você olhar para o crescimento exuberantemente racional das Sete Magníficas, vai encontrar um aquecimento sem paralelos históricos, e perfeitamente compatível com a manutenção da Fed Funds Rate em 5,50% a.a. por tempo indeterminado.

Por outro lado, o respeitado termômetro de recessão do Fed de NY atinge patamares recordes, ainda que não haja ainda indícios tangíveis de queda generalizada da atividade.

Se as virtudes e vícios paretianos estão se acumulando na economia, nas finanças e no mundo corporativo, como faremos para balancear extremos opostos por meio de um único instrumento mediano?
- Leia também: Rodolfo Amstalden: Falácia da troca de narrativa
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Focus prevê IPCA menor ao final de 2025, mas ainda acima do teto da meta: veja como buscar lucros acima da inflação com isenção de IR
Apesar da projeção de uma inflação menor ao final de 2025, o patamar segue muito acima da meta, o que mantém a atratividade dessa estratégia com retorno-alvo de 17% e livre de IR
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3