Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações
Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar

Nesta temporada de balanços do 3T24, no qual as companhias lutam contra um ambiente macro ainda difícil, uma das minhas microcaps preferidas soltou um resultado bastante forte.
Estou falando da Priner (PRNR3), cuja receita subiu 46% na comparação com o 3T23, enquanto seu Ebitda saltou 96% e o lucro se multiplicou por 10 vezes.
Antes de continuar, é importante esclarecer que uma parte relevante desse crescimento é reflexo de uma aquisição que a companhia fez neste ano, a Real Estruturas, e é sobre isso que eu gostaria de conversar hoje.
Por que essa aquisição é tão boa e por que ela mostra que as ações da Priner ainda podem ir longe?
- Elétrica “mais barata entre os seus pares” é uma das recomendações da carteira de dividendos do analista Ruy Hungria; veja o portfólio completo gratuitamente
Real Estruturas
A Real Estruturas foi comprada por R$ 171 milhões. Para entender se isso é caro ou barato, precisamos antes calcular os múltiplos envolvidos. Em 2023, a Real apresentou um Ebitda de R$ 61 milhões e um lucro de R$ 34 milhões.
Ou seja, a Priner pagou o equivalente a 2,6x Ebitda e 5x lucros olhando para os números de 2023, o que já se configuraria como um negócio em conta.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Mas a Real está crescendo: apenas no 3T24 ela mostrou um Ebitda de R$ 22 milhões. Anualizado, esse número superaria os R$ 80 milhões, o que aproxima o múltiplo de aquisição de 2x Ebitda.
Essa aquisição realmente parece ter sido muito barata, o que é ótimo para a Priner. Mas e para a Real, será que esse foi um bom negócio?
Ganha-ganha
Existe uma ideia errada no mercado financeiro de que em todo M&A existe um ganhador e um perdedor; e seguindo essa teoria, a Priner seria a “vencedora” óbvia nessa transação.
Mas nem sempre temos só uma vencedora, e o histórico de aquisições da Priner ajuda a entender isso melhor.
O gráfico abaixo ilustra o que aconteceu com as companhias após serem compradas pela Priner. As barras azuis indicam a receita na época que foram adquiridas, e as barras verdes mostram a receita dessas mesmas companhias alguns anos depois. Os pontos azuis representam o crescimento médio anual de cada uma.
Repare que todas elas apresentaram grande evolução, mas parte desse crescimento só aconteceu porque a própria Priner ajudou, oferecendo os serviços dessas novas companhias para a sua vasta gama de clientes.
Ou seja, a Priner até pode se aproveitar de valuations baratos na hora de comprar essas companhias menores. Mas ela ajuda e muito no crescimento delas depois da aquisição, numa clara relação de ganha-ganha.
A melhor parte é que ainda existe muito espaço para ela continuar repetindo essa estratégia vencedora.
Um mar de oportunidades
Estima-se que o mercado de manutenção industrial, segmento de atuação da Priner, é superior a R$ 50 bilhões no Brasil. Enquanto isso, mesmo sendo uma das líderes do setor, a companhia tem uma receita de pouco mais de R$ 1 bilhão.
Em outras palavras, o mercado é extremamente fragmentado e conta com várias empresas pequenas, que devem se tornar alvo da Priner.
Isso significa que a estratégia bem-sucedida, de comprar empresas por múltiplos baixos e ainda ajudá-las a crescer, pode ser replicada por muitos anos à frente.
E a melhor parte é que, por ser uma empresa relativamente pequena para os padrões da bolsa, segue fora do radar da maior parte do mercado. Neste momento, negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação das ações quando o humor voltar a melhorar.
Por essas e outras, as ações PRNR3 estão na lista dos melhores ativos para se comprar no 2º semestre, que você pode conferir aqui.
Um abraço e até a próxima semana
Ruy
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações