Depois de ficar com o bronze na maratona dos investimentos de julho, Ibovespa abre agosto reagindo ao Copom e a balanços
Ibovespa encerrou julho como o terceiro melhor investimento do mês; fala do presidente do Fed garantiu sprint na reta final
Um sprint do Ibovespa na reta final de julho rendeu à bolsa um lugar no pódio mensal dos investimentos. O principal índice de ações da B3 acumulou alta de 3,02% no mês passado. Isso rendeu a ele a medalha de bronze na maratona financeira julina.
O Ibovespa chegou a disparar na liderança na primeira metade da corrida, mas não conseguiu manter o ritmo por todo o percurso.
A partir da metade do caminho, os riscos fiscais, a pressão do dólar, um princípio de rotação setorial no exterior e o vai-e-vém das expectativas em relação a quando os juros começarão a cair revezaram-se na função de padre irlandês na hora de prejudicar a corrida da bolsa.
Quase como Vanderlei Cordeiro de Lima na Maratona de Atenas, o Ibovespa superou os contratempos e garantiu seu lugar no pódio. Na reta final, a bolsa avançou 1,2% ontem, deixou para trás o Dólar Ptax e garantiu o bronze.
É verdade que o índice ficou literalmente longe do ouro, que reivindicou para si o lugar mais alto do pódio em julho com uma corrida segura.
No entanto, em vista do desempenho ruim no primeiro semestre, o bronze do Ibovespa no mês passado merece comemoração.
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O sprint do Ibovespa contou com um impulso do Federal Reserve depois que o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, disse que os diretores da autoridade monetária estariam “cada vez mais próximos do momento de cortar os juros”.
A possibilidade de os juros nos EUA começarem a cair já em setembro animou Wall Street e o Ibovespa, que já estava fechado quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou sua decisão por aqui.
A manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano já era esperada. O que os investidores devem repercutir hoje é o tom do comunicado.
Quase como um meme, não há sinais claros de que os juros vão subir, cair ou ficar como estão. Até porque isso vai depender mais do Fed do que muitos gostam de admitir.
Para além do Copom, os investidores terão para repercutir hoje a decisão de juros (sim, mais uma) do Banco da Inglaterra e os balanços das big techs. Ontem, depois do fechamento, os números da Meta (dona do Facebook) animaram. Hoje saem Amazon, Apple e Intel.
O que você precisa saber hoje
PRÉVIA DO VAREJO
Mercado Livre (MELI34) dá a largada nos balanços das varejistas no 2T24 — e deve atropelar Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) outra vez. É quase consenso entre os analistas que o Mercado Livre não só divulgará números robustos no segundo trimestre, como também continuará a ganhar participação no mercado no e-commerce brasileiro.
ESTREIA HOJE!
Luz na passarela que lá vem ela: após fusão da Arezzo com o Grupo Soma, ação AZZA3 começa a ser negociada nesta quinta-feira na B3. A fusão acabou implicando na incorporação do Grupo Soma pela Arezzo e na extinção dos papéis SOMA3 e ARZZ3 da bolsa brasileira.
JOGOS ALÉM DE PARIS
A pergunta olímpica para Powell: os juros vão cair em setembro? O chefão do BC dos EUA não correu da raia. Na quarta-feira, o Federal Reserve manteve a taxa inalterada na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano — e o mercado continua apostando na primeira redução dos juros em setembro.
ACABOU A MOLEZA
Jogo do Tigrinho: Haddad fecha o cerco e cassinos online terão de pagar 85% das apostas em prêmios. Governo publica portaria com normas técnicas para plataformas de jogos online; objetivo é mitigar vício e trazer mais transparência ao apostador.
Uma boa quinta-feira para você!
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
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