Altseason à vista: chegou a hora das criptomoedas alternativas baterem os ganhos do Bitcoin (BTC)?
Desde o recente corte nas taxas de juros nos Estados Unidos, a dominância do Bitcoin começou a dar sinais de queda. Podemos estar à beira de um novo ciclo de valorização para as altcoins?
A altseason se trata de um período no mercado de criptomoedas em que as altcoins (moedas alternativas ao BTC) apresentam um desempenho significativamente superior ao Bitcoin, entregando retornos fora da curva para os investidores.
Quando isso acontece, geralmente há uma queda na dominância do Bitcoin, o que significa que sua participação no valor de mercado de criptomoedas diminui, enquanto as altcoins ganham destaque.
Esse aumento de fluxo de capital para as altcoins costuma ser impulsionado por um sentimento otimista em relação aos preços, com os investidores buscando ativos de maior risco para aumentarem seus ganhos.
Para entendermos esse fenômeno de forma mais completa e, mais importante, para conseguirmos identificar quando ele pode ocorrer novamente, é crucial analisarmos dois pontos chave.
- LEIA MAIS: Conheça a ferramenta que ajuda traders iniciantes a buscar renda média de até R$ 680 por dia
Dinâmica com o mercado
O primeiro, é a dinâmica que o BTC tem com o resto do mercado. Além de ser a cripto mais consolidada, tanto em questões de fundamentos quanto em regulação, ele também atua como um arauto, ditando tendências de alta e baixa.
Isso pode ser observado no gráfico abaixo, que compara o valor de mercado das altcoins (excluindo stablecoins como USDT e USDC) com o valor do Bitcoin (em rosa).
Leia Também
Nele, percebemos que a correlação entre BTC e as altcoins é alta e positiva, o que significa que, na média, altcoins só performam bem se o BTC estiver indo na mesma direção.
- LEIA TAMBÉM: SD Select entrevista analista e libera carteira gratuita de ações americanas pra você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
Altcoins e a queda na dominância do Bitcoin
Já o segundo fator, é o impacto da queda na dominância do Bitcoin. É importante ter em mente que isso normalmente acontece em momentos de otimismo do mercado, uma vez que a tendência é aumentar o risco quando há mais oportunidade —- e mais altcoins no portfólio é igual a mais volatilidade.
Sendo assim, a queda na dominância está, na maioria das vezes, ligada à transferência de dinheiro do BTC para as alts e não simplesmente na venda de BTCs e a manutenção nas posições em moedas alternativas.
Mas por que esse movimento de mercado tem o potencial de gerar retornos fora da curva?
A explicação está na diferença de marketcap entre BTC e o restante dos ativos. Atualmente o BTC possui um marketcap de 1,2 trilhão de dólares, enquanto o resto dos ativos, com exceção dos top 12, mal chegam aos 10 bilhões.
Desta forma, um capital relativamente pequeno para o BTC fluindo para altcoins é capaz de impactar o preço de maneira radical.
Abaixo, temos um gráfico comparando o preço do mercado das altcoins (excluindo stablecoins como USDT e USDC) com a dominância do BTC. Note que diferentemente do nosso primeiro gráfico, a correlação entre esses dois é negativa, reforçando a nossa tese.
Portanto, temos que dois ingredientes essenciais para uma altseason são a saúde do preço do BTC e a queda de sua dominância no mercado.
Desde o recente corte nas taxas de juros nos Estados Unidos, a dominância do BTC começou a dar sinais de queda.
Paralelamente, a expectativa de uma maior injeção de liquidez na economia global tem aumentado o apetite dos investidores por ativos de risco, como criptomoedas.
Esse cenário cria um ambiente cada vez mais favorável para o mercado cripto, elevando as chances de uma altseason no horizonte.
Se essas condições continuarem a se desenvolver, podemos estar à beira de um novo ciclo de valorização para as altcoins.
Variações semanais (23/09/24 a 30/09/24)
? Bitcoin (BTC)
Preço: US$ 63.371 | Var. -0,39%
? Ethereum (ETH)
Preço: US$ 2.603 | Var. +0,86%
? Dominância Bitcoin: 57,38% (Var. -1,05%)
* dados referentes ao fechamento em 30/09/24
Tópicos da semana
- ETF de Ethereum da BlackRock supera US$ 1 bilhão em valor pela primeira vez: Os ETFs de Ethereum nos EUA, negociados à vista, registraram suas maiores entradas semanais desde o início de agosto, revertendo uma sequência de seis semanas de saídas negativas. Um dos fundos, o da BlackRock, superou US$ 1 bilhão em valor líquido de ativos pela primeira vez.
- Powell prevê cortes menores nas taxas e insiste que o Fed não tem caminho fixo: Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, comentou sobre a piossibilidade do banco central realizar mais dois cortes de juros de 0,25 ponto percentual ainda este ano. Ele destacou que os cortes serão feitos conforme necessário para apoiar a economia.
Gráfico da semana
O Altcoin Cycle Signal é um indicador que ajuda a medir o desempenho das altcoins frente ao Bitcoin. Importante ressaltar que seguir esse sinal cegamente não é recomendado, ele serve de apoio para análises.
Ele mede qual dos dois grupos o mercado está favorecendo, variando entre 0 e 100. Leituras abaixo de 50 indicam "Temporada de Bitcoin", onde o Bitcoin tende a superar as altcoins. Leituras acima de 50 indicam "Temporada de Altcoins", quando as altcoins tendem a superar o Bitcoin.
Ele funciona avaliando o desempenho relativo entre BTC e as 250 altcoins de maior capitalização de mercado, excluindo stablecoins. Se o preço de uma altcoin está subindo em relação ao Bitcoin, isso reflete um desempenho superior dessa altcoin.
Como o volume de dados de preço é grande, ele aplica um método de redução de dimensionalidade para tornar o conjunto de informações mais manejável e eficiente, detectando mudanças entre mercados impulsionados por Bitcoin ou altcoins.
Atenciosamente,
Luis Kuniyoshi
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado