Além do bitcoin (BTC): esta carteira já rendeu 447% acima da maior criptomoeda do mercado
Acredito que exista uma forma melhor de pensar sobre a ciclicidade do preço do bitcoin (BTC), que historicamente nos ajudou a gerar alfa neste mercado

O quarto halving vem aí… mas e daí? O bitcoin tem somente 15 anos de idade; é um debutante, um jovem ainda sem todas as respostas, em processo de amadurecimento no qual é testado e questionado pela sociedade que o criou.
Ele vem sendo compreendido em um espectro que varia de reserva de valor a ativo de risco, ou até mesmo como dinheiro programável.
Como estimar o valor do BTC? Fluxos de caixa descontados não fazem sentido aqui. Volume de transações na rede? Em parte, talvez. Custo da energia utilizada para produzi-lo? Pode até existir uma relação, mas claramente os preços desviam muito disso e por longas janelas temporais.
Acredito que exista uma forma melhor e mais fundamentalista de pensar sobre a ciclicidade do preço do BTC, que historicamente nos ajudou a gerar alfa neste mercado – isto é, retornos acima do bitcoin.
- “Um investimento de R$ 500 em cada uma destas 5 criptomoedas pode te tornar milionário”, afirma economista. Entenda esta história em detalhes aqui.
A análise do bitcoin (BTC)
A nossa análise se concentra em três variáveis explicativas: oferta, demanda, nível de liquidez nos mercados.
A oferta pode ser decomposta na quantidade de BTCs em carteiras de mineradores e corretoras (rastreáveis via blockchain), e os seus respectivos comportamentos.
Leia Também
Da mesma forma, a demanda pode ser decomposta como a quantia de BTC sob custódia de investidores de longo prazo, com menor velocidade da moeda, e a quantia sob custódia de investidores de curto prazo, traders especuladores e novos entrantes no mercado.
No atual momento, existe uma aceleração da entrada de novos participantes, característica comum em todos os bull markets de cripto anteriores, especialmente devido aos ETFs de BTC americanos.
Já o ciclo de liquidez, entendido como a quantidade de dinheiro (moeda, depósitos, crédito etc.) em circulação nos mercados, tem uma forte correlação com a performance do BTC; inclusive, o ciclo de liquidez explica melhor as variações do bitcoin do que o "ciclo do halving".
Bitcoin e os impactos do halving
O halving significa apenas um decrescimento marginal da oferta, logo, a cada halving, o impacto adicional no preço deve ser menor.
A inflação anualizada cairá de ~1,8% para ~0,8%; isso não fará com que o BTC saia de US$ 1 trilhão para US$ 3 trilhões de market cap.
Se o halving impactasse o preço com tamanha magnitude, certamente não seria pela oferta… talvez pela narrativa? Afinal, as criptomoedas são, em grande parte, movidas a narrativas (mais sobre isso adiante).
Embora os próximos cortes de juros pelo FOMC pareçam não vir este ano, passamos por um momento de inflexão do ciclo de liquidez, que, uma hora ou outra, deverá levar o BTC e cripto, no geral, para novas máximas.
No gráfico abaixo, é utilizado como proxy de liquidez o M2, agregado monetário (moeda e depósitos) dos cinco maiores bancos centrais.
Com maior liquidez, o capital migra para ativos de maior risco em busca de retorno em excesso.

As oportunidades em criptomoedas
Temos uma oportunidade aqui. Não só o bitcoin performa bem em cenários de expansão de liquidez, seja por estímulos monetários ou fiscais, mas também as chamadas altcoins.
"Alt" vem do termo alternativo, e coins… bem, você já entendeu, são moedas alternativas ao bitcoin.
Em determinados momentos de um ciclo, essas moedas alternativas tendem a entregar retornos muito além do próprio BTC.
Analisando as três variáveis e as suas derivadas, conseguimos estimar com uma probabilidade razoável a melhor hora de tomar risco, ou de retirar risco da carteira, isto é, qual hora seria melhor ter menos BTC e mais altcoins na carteira (de cripto), e qual hora seria melhor ter mais BTC e caixa.
Esse movimento de risk-on e risk-off pode ser observado na nossa carteira recomendada, desde outubro de 2017, a qual nos tem entregado um resultado bem além do BTC.


A influência das narrativas
Timing é quase tudo, entretanto. Criptomoedas são altamente movidas por narrativas, e as alocações em altcoins devem levar isso em conta.
Recentemente, ao tokenizar o seu fundo de treasuries de curto prazo, a BlackRock despertou um fervor de especulação em projetos ligados à tokenização de ativos do mundo tradicional, sem sequer estarem relacionados ao evento diretamente.
Da mesma forma, tokens (ou moedas, como preferir) ligados à IA têm tido efeito parecido devido ao fluxo de notícias propício, assim como vimos acontecer com as moedas de Game-Fi no bull market de 2021.
Embora a expansão da liquidez e a seleção estratégica possam ampliar nossos retornos, é vital reconhecer os riscos inerentes ao investimento em criptomoedas, como a volatilidade do mercado, a incerteza regulatória e a possibilidade de perdas substanciais.
A carteira que superou o retorno do bitcoin (BTC)
Investir em altcoins, apesar de potencialmente lucrativo, requer uma análise cuidadosa da qualidade e viabilidade dos projetos subjacentes.
Para superarmos o bitcoin, portanto, precisamos dos seguintes ingredientes:
- Uma compreensão racional do ciclo, baseada em dados;
- Uma compreensão das narrativas que terão mais atenção;
- Uma compreensão da qualidade do token do projeto, com base em seus fundamentos, isto é, utilidade, oferta e demanda.
Desde o início da nossa série de cripto, o Exponential Coins, a carteira recomendada entrega +447% de retorno acima do retorno do BTC.
Em 2024, a nossa carteira está empatada com o BTC no ano, tendo superado-o em março, 18,85% vs. 16,23%.
Se continuarmos vendo uma expansão da liquidez global, em breve veremos uma altseason, período em que as altcoins entregam retornos fora da curva, potencializando nosso retorno acima do BTC, assim como vimos em meados de 2021. Estamos atentos e posicionados para esse momento.
Diante do iminente halving e das dinâmicas de mercado em constante evolução, a geração de alfa em criptomoedas requer uma abordagem multidimensional.
Compreender profundamente a oferta, a demanda e o ciclo de liquidez, alinhado a uma análise criteriosa das narrativas de mercado e dos fundamentos dos projetos, pode nos posicionar para capturar retornos acima da média.
Enquanto navegamos nesta complexidade, lembramos que a prudência, a pesquisa e a estratégia são nossos melhores aliados.
Acredito que é de grande valia o trabalho que estamos realizando na série, e faço o convite para que o conheça aqui.
Um grande abraço,
Valter Rebelo
Aquele fatídico 9 de julho que mudou os rumos da bolsa brasileira, e o que esperar dos mercados hoje
Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil vem impactando a bolsa por aqui desde seu anúncio; no cenário global, investidores aguardam negociações sobre guerra na Ucrânia
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Em dia de agenda esvaziada, mercados aguardam negociações para a paz na Ucrânia
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro
O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem