A decepção com o lucro do Bradesco (BBDC4), a nova regra dos títulos isentos de IR, a recuperação judicial da empresa dos donos a Mitre (MTRE3) — veja tudo o que foi destaque na semana
Os bancões e as mudanças que o governo promoveu para os títulos isentos de imposto de renda apareceram mais de uma vez entre as mais lidas; confira o que mais foi notícia por aqui
Em uma semana dominada pelos resultados financeiros dos bancões, a notícia que bombou na semana no Seu Dinheiro não podia ser outra: a decepção dos investidores com o lucro do Bradesco (BBDC4) no último trimestre de 2023.
O banco divulgou seu primeiro resultado sob o comando do novo CEO, Marcelo Noronha, e trouxe um lucro líquido de R$ 2,878 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado — uma alta de 80,4% em base anual.
O resultado veio bem abaixo das projeções dos analistas, que apontavam para um lucro de R$ 4,622 bilhões, de acordo com as estimativas que o Seu Dinheiro compilou.
Outro bancão também esteve no pódio das mais lidas da semana — mas por outro motivo.
O Itaú Unibanco (ITUB4) virou noticia por aqui na esteira das mudanças feitos pelo governo nos títulos isentos de imposto de renda para o investidor. As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) representam hoje 15% do total da captação do banco hoje.
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Confira as cinco notícias mais lidas do Seu Dinheiro na última semana.
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1 - Bradesco (BBDC4) decepciona mais uma vez: lucro do 4T23 fica muito abaixo da expectativa do mercado e cai 21% em 2023
Marcelo Noronha, o novo CEO do Bradesco (BBDC4), vai ter muito trabalho. Na primeira divulgação de resultados sob o novo comando, o banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 2,878 bilhões no quarto trimestre de 2023.
Trata-se de uma alta de 80,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas a base de comparação era bem mais fraca em razão das provisões que o banco fez para perdas com o calote da Americanas.
De fato, o resultado do quarto trimestre veio bem abaixo das projeções dos analistas, que apontavam para um lucro de R$ 4,622 bilhões, de acordo com as estimativas que o Seu Dinheiro compilou.
E incluindo itens que o banco considerou como não-recorrentes, o lucro contábil do quarto trimestre foi ainda menor, de R$ 1,7 bilhão.
O resultado mais fraco derrubou a rentabilidade (ROE, na sigla em inglês) do Bradesco no quarto trimestre para 10%, novamente a menor entre os grandes bancos.
2 - LCI e LCA representam 15% da captação do Itaú. Como a nova regra que restringe os títulos isentos de IR afeta o banco?
O governo fechou na semana passada algumas brechas que bancos e empresas usavam para emitir títulos isentos de imposto de renda para o investidor. Especificamente no Itaú Unibanco (ITUB4), as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) representam hoje 15% do total da captação.
Nesse contexto, como a mudança na regra vai mexer com o banco? Em outras palavras, o custo de captação pode aumentar e, por consequência, pressionar os resultados?
Questionado sobre o assunto, Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, foi taxativo. "Julgamos que o impacto vai ser irrelevante", afirmou, durante entrevista coletiva para comentar os resultados de 2023.
Isso porque, apesar do volume alto, a medida afeta apenas 30% do saldo de LCIs e LCAs que o banco emitiu. Ou seja, o impacto recai sobre 4,5% do funding.
"Na margem vai haver uma migração para o CDB [certificados de depósito bancário], mas que não deve afetar de forma material o custo de captação do banco", disse Maluhy.
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3 - Empresa de donos da Mitre (MTRE3) pede recuperação judicial; Fiagro da B3 com mais de sete mil cotistas pode ser afetado
A venda de quase 10% das ações da Mitre (MTRE3) pelos fundadores não foi suficiente para sanar os problemas financeiros da Elisa Agro Sustentável. A empresa de agropecuária que pertence aos controladores da incorporadora entrou nesta terça-feira (6) com um pedido de recuperação judicial.
A informações foi divulgada pelo Fiagro Galapagos Recebíveis do Agronegócio (GCRA11) e confirmada pela companhia. O fundo investe pouco mais de 8% de seu patrimônio líquido em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) devidos pela companhia.
"A opção é a melhor alternativa no momento, uma vez que se trata de um instrumento jurídico fundamental para preservar os direitos da empresa, dos seus funcionários, fornecedores, prestadores de serviços e clientes", diz a Elisa Agro em nota enviada ao Seu Dinheiro — confira o conteúdo na íntegra ao final do texto.
4 - Obrigado, China? Segunda maior economia do mundo espalha sua deflação e ajuda a derrubar preços no Brasil
Os produtos da China, que já são normalmente competitivos, ficaram ainda mais baratos, dificultando aumentos de preços dos concorrentes mundo afora. No Brasil, a situação não é diferente.
A China tornou-se uma força adicional à tendência de queda da inflação de bens de consumo, somando-se aos efeitos do crédito caro na demanda, do comportamento mais estável do câmbio e da normalização da oferta após a superação de gargalos de produção.
Conforme conta da Warren Investimentos, a inflação de bens industriais — grupo que abrange produtos duráveis e semiduráveis, além de materiais de construção — ficou em 1,09% em 2023, a menor taxa em cinco anos, sendo que os preços chegaram a cair, ou seja, marcaram deflação, em junho (-0,57%), setembro (-0,20%) e novembro (-0,54%).
Ficaram mais baratos, ao longo do ano passado, aparelhos eletrônicos em geral, como eletrodomésticos, videogame e computadores pessoais, e alguns itens de vestuário, como vestido e roupa infantil, além de pneus e bicicletas.
5 - Títulos isentos, como LCI e LCA, chegam a quase 20% do volume investido por pessoas físicas, mas cenário pode mudar com novas regras; entenda
Mesmo com oferta limitada em comparação com outras aplicações de renda fixa, os títulos isentos de imposto de renda, como LCI, LCA, CRI, CRA, LIG e debêntures incentivadas se tornaram queridinhos dos investidores pessoas físicas brasileiros, e dados divulgados pela Anbima nesta segunda-feira (05) atestam o fenômeno.
Segundo a entidade que representa as empresas do mercado de capitais, os brasileiros têm nada menos que R$ 1,1 trilhão investidos nesses produtos, do total dos R$ 5,7 trilhões aplicados no mercado financeiro ao final de 2023. Isso representa quase 20% do volume investido por pessoas físicas no país.
Na categoria títulos e valores mobiliários – que inclui o investimento direto em papéis, em vez de fundos de investimento, e representa hoje 52% do total investido por pessoas físicas – os produtos isentos de IR foram os que apresentaram os maiores crescimentos em volume de 2022 para 2023.
No ano passado, o maior crescimento ficou por conta dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), com alta de 55,8% (R$ 22,8 bilhões), seguidos das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), com alta de 50% (R$ 108,2 bilhões).
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