A bolsa está caindo, mas este sinal me deixa bem mais confiante para o longo prazo
Não é hora de vender suas ações, mesmo que elas estejam sangrando. Mas também não é para comprar qualquer porcaria.
Com a onda de pessimismo recente, que tem derrubado muitas ações na bolsa, comecei a notar uma tendência curiosa nos últimos dias.
Muitas empresas (muitas, mesmo!) têm anunciado programas de recompra de ações, como você pode notar na imagem abaixo.
Além dessas, ainda tivemos anúncios de recompra da Cury, Direcional, CCR, BTG Pactual, Cosan, Cyrela, Rede D’or…
Mas o que isso significa, e por que você deveria ficar um pouco mais otimista com todos esses programas de recompra?
- VEJA MAIS: ação que pagou dividendos de 14% em 2024 pode saltar na bolsa graças a pagamento extraordinário
Por que empresas abrem programas de recompra?
As empresas podem usar o dinheiro que está sobrando para fazer uma dessas três coisas: distribuir dividendos, investir em crescimento ou recomprar suas ações. A escolha dependerá do retorno esperado de cada alternativa.
Leia Também
Por exemplo, se as ações de uma empresa estão caras e não há muitas oportunidades de aquisições, ela tende a distribuir o dinheiro na forma de dividendos.
Se, por outro lado, existirem grandes oportunidades de expansão do próprio negócio, ela vai segurar os dividendos e investir em crescimento.
Esses são os cenários mais comuns, mas há um terceiro, menos óbvio. Se as ações estiverem negociando por preços muito baixos, a companhia pode entender que recomprá-las é o melhor investimento.
Então, a decisão do que fazer com o dinheiro “sobrando” deveria seguir mais ou menos o fluxograma abaixo:
- Leia também: A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Um detalhe importantíssimo
Como já deu para entender, recompras indicam que as ações estão baratas. Mas há um aspecto muito importante nessa decisão: ela é feita justamente pelas pessoas que mais entendem do negócio.
Isso porque quem decide se chegou a hora de usar o dinheiro da companhia para recomprar as ações são justamente os donos ou executivos das empresas, que têm “informações privilegiadas” sobre os resultados futuros.
E quando empresas anunciam programas de recompra na bolsa, esse é um sinal de que as ações estão ficando bem baratas.
Que fique claro: isso não significa que as ações vão parar de cair, até porque o humor continua ruim. Mas esse é um sinal importante para o investidor focado em construir uma carteira de ações para o longo prazo.
O problema é que a maioria dos investidores faz justamente o contrário. Vende ações no pior momento, quando as empresas estão comprando, e volta para o mercado quando os valuations estão absurdos, e essas mesmas empresas agora estão vendendo ações em IPOs, follow-ons, etc.
Lembre-se que os executivos são quem melhor conhecem o negócio, e normalmente você deveria estar do mesmo lado deles, não na ponta contrária.
Foco nas pagadoras de dividendos
Se não ficou claro, não é hora de vender suas ações, mesmo que elas estejam sangrando. Mas também não é para comprar qualquer porcaria.
Com a Selic “perigando” voltar para 15% ao ano, é preciso ter empresas boas, baratas, com pouca dívida e pagadoras de dividendos, exatamente o perfil da nossa Carteira de Dividendos, que está com um retorno bem melhor que o Ibovespa neste mês ruim de bolsa.
Aliás, boa parte desse desempenho se deve às ações da B3 (B3SA3), que foi uma das empresas que anunciou um programa de recompra em dezembro.
Se quiser conferir a lista completa de forma gratuita, deixo aqui o convite.
Um abraço e até a próxima semana,
Ruy
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje