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Liliane de Lima
É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formada pela PUC-SP, já passou pelo portal DCI e setor de análise política da XP Investimentos.
MINERAÇÃO

Vale (VALE3) “está barata” e é a preferida do Santander, mas outras duas ações chamam a atenção do banco 

Os papéis da mineradora estão negociados 30% abaixo da média dos seus pares; confira as companhias que tiveram as recomendações elevadas

Liliane de Lima
6 de junho de 2024
16:22 - atualizado às 17:57
vale vale3 ação varejo
Logo da Vale (VALE3) - Imagem: Adobe Stock/Montagem: Giovanna Figueredo

Mesmo com a queda recente do minério de ferro na China, o Santander renovou as expectativas sobre o setor e jogou os holofotes  sobre as empresas de mineração e siderurgia

O banco mantém a preferência por minério de ferro ante o aço e elevou a estimativa do preço médio da tonelada da commodity de US$ 105 para US$ 120 até o final do ano. 

Por outro lado, o Santander espera que 2024 seja um ano de altas importações de aço da China para o Brasil.  

“Embora haja risco ascendente para o consumo aparente de aço no Brasil, observamos que os produtos importados continuam a ganhar participação de mercado”, escreve o analista Yuri Pereira, que assina o relatório do Santander.

Um dos motivos é o aumento das tarifas de importação do aço de, em média, 11% para 25%. 

Além disso, os preços do aço devem ficar mais baixos neste ano, o que faz o Santander preferir empresas siderúrgicas mais expostas aos Estados Unidos e México versus Brasil. 

“Nossa preferência baseia-se nas expectativas de preços do minério de ferro sólido com base na forte produção de aço chinesa — com crescimento de 2% em 2024 —, o que é pessimista para os preços globais do aço”, diz Pereira. 

Setor de mineração: Vale (VALE3) segue a líder

A empresa preferida não mudou. Vale (VALE3) segue como a top pick de mineração, com preço-alvo de US$ 18 para os papéis negociados em Nova York, os chamados recibos de ações (ADRs) — o que representa um potencial de valorização de quase 58% em relação ao último fechamento

A expectativa por preços mais altos do minério por “mais tempo” é um fator que contribui para a permanência da Vale como a favorita do setor — devido ao aumento dos custos marginais de cerca de US$ 100 por tonelada, na visão do Santander. 

Na visão mais otimista do banco, o minério de ferro deve encerrar o ano em cerca de US$ 130 a tonelada, sendo US$ 120 a tonelada o preço médio. 

Além disso, os dividendos estão na mesa. Considerando a atual política de distribuição de proventos, o Santander estima um rendimento dos dividendos (dividend yield) de 8%, o que corresponde a US$ 4,1 bilhões — além da potencial distribuição de US$ 500 milhões dividendos extraordinários, o que representa um rendimento de quase 1%. 

VALE3 também está atrativa. O Santander afirma que a Vale está sendo negociada a 3,5x o valor da companhia sobre o  Ebitda (EV/Ebitda), sendo 30% abaixo da média de seus pares. Por fim, o banco projeta que a expansão da dívida líquida — incluindo os compromissos de Brumadinho e Samarco — fique em torno do ponto médio da meta da Vale, entre US$ 10 bilhões e 20 bilhões. 

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Mais uma mineradora na jogada

A mineradora, no entanto, não é a única que brilha aos olhos do banco. As cotações do minério de ferro, os dividendos e a atratividade das ações na relação EV/Ebitda também favorecem a CSN Mineração (CMIN3). 

“Assumindo o preço médio do minério de ferro de US$ 120 a tonelada em 2024 e um payout de 80% do lucro líquido, estimamos um rendimento de dividendos de R$ 2,7 bilhões (rendimento de 10%) — levando em consideração o dividendo anunciado no resultado do primeiro trimestre, de R$ 1 bilhão”, afirma analista Yuri Pereira. 

Dado os números, o Santander elevou a recomendação de CMIN3 de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 7,50 por ação — o que representa uma potencial valorização de 60,5% em relação ao fechamento da última quarta-feira (5). 

A revisão positiva impulsionou os papéis CSN Mineração hoje na B3. As ações encerraram o pregão desta quinta-feira (6) com alta de 4,93%, a R$ 4,90. Acompanhe a cobertura de mercados.

Para o banco, a companhia está negociando a 3,7x EV/Ebitda — 8% abaixo de sua média histórica. 

Outro destaque 

Embora a preferência do Santander seja pelascompanhias ligadas ao minério de ferro, o banco ainda enxerga o brilho de algumas empresas do setor de alumínio. 

Na revisão do setor, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) teve a recomendação elevada de neutra para compra e o preço-alvo subiu de R$ 5,50 para R$ 10 – o que representa uma potencial valorização de um pouco mais de 47% em relação ao fechamento da última quarta-feira (5). 

“Somos construtivos em relação ao mercado de alumínio, pois esperamos que os preços da commodity (LME) permaneçam ‘mais altos por mais tempo’”, diz o relatório. 

Nas contas do Santander, os preços da LME devem atingir US$ 2.600 a tonelada no fim  deste ano, na visão mais otimista. O preço médio é de US$ 2.500 por tonelada. 

“Com esses volumes mais fortes, melhores preços realizados e margens de diluição de custos fixos, esperamos que o Ebitda ajustado chegue em R$ 1,4 bilhão, 18% acima do consenso, em 2024”, escreve o analista Yuri Pereira. 

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