Sem adesão, Hidrovias do Brasil (HBSA3) cancela aumento de capital bilionário, mas consegue adiantamento da Ultrapar
Com alto endividamento, Hidrovias do Brasil esperava reforçar o balanço em até R$ 1,5 bilhão com aumento de capital; solução veio do “Posto Ipiranga”

Nem o mar nem os rios estão para peixe na bolsa brasileira. Em meio à piora das condições de mercado, a Hidrovias do Brasil (HBSA3) cancelou um aumento de capital que reforçaria o balanço da empresa especializada em logística fluvial em até R$ 1,5 bilhão.
A companhia chegou a prorrogar o prazo para os acionistas exercerem o direito de preferência. Mas com a queda na cotação das ações HBSA3, não obteve a adesão mínima para levar a operação adiante.
A Hidrovias do Brasil anunciou a capitalização no fim de agosto a R$ 3,40 por ação, abaixo das cotações na B3 na época. O objetivo era obter pelo menos R$ 1,2 bilhão na operação. De lá para cá, no entanto, os papéis recuaram aproximadamente 20% e fecharam o pregão de ontem na casa dos R$ 2,80.
Hidrovias do Brasil (HBSA3): A solução lá no "Posto Ipiranga"
O cancelamento do aumento de capital poderia deixar a Hidrovias do Brasil (HBSA3) em maus lençóis. Isso porque a empresa possui em alto endividamento, incluindo um vencimento "relevante" em janeiro de 2025.
No terceiro trimestre, a dívida da Hidrovias do Brasil era de R$ 3,544 bilhões. Desse total, R$ 836 milhões têm amortização no primeiro semestre do ano que vem.
A companhia foi então buscar a solução para o problema lá no "Posto Ipiranga". Ou melhor, com a Ultrapar, principal acionista da Hidrovias do Brasil com 40% de participação.
Leia Também
Assim, a empresa obteve com o grupo, que também é dono da rede de postos de combustíveis, um Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) de R$ 500 milhões.
A ideia é aprovar um novo aumento de capital para futura capitalização do adiantamento feito pela Ultrapar ainda no primeiro trimestre de 2025, de acordo com a Hidrovias.
Para a XP, a notícia do AFAC é positiva e representa um alívio de liquidez de curto prazo para a companhia. "Reiteramos nossa recomendação de compra, apesar de termos uma visão cautelosa devido aos desafios operacionais de curto prazo da HBSA", escreveram os analistas.
Ultrapar e Hidrovias (HBSA3)
Criada em 2010 pelo Pátria Investimentos, a Hidrovias do Brasil (HBSA3) atua no transporte de mercadorias, terminais de carga, cabotagem e integração de serviços logísticos. Em 2020, a empresa abriu o capital em uma oferta pública inicial (IPO) na B3.
De olho no potencial da logística para o agronegócio, a Ultrapar assumiu uma posição relevante na companhia em março deste ano. A Hidrovias vale hoje pouco mais de R$ 2 bilhões na bolsa.
ASSISTA TAMBÉM: Ibovespa, Haddad, Tesouro Direto… O PIOR do Seu Dinheiro em 2024
Você está buscando no lugar errado: como encontrar as próximas ‘pepitas de ouro’ da bolsa
É justamente quando a competição não existe que conseguimos encontrar ações com grande potencial de valorização
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) se unem para criar MBRF. E agora, como ficam os investidores com a fusão?
Anos após a tentativa de casamento entre as gigantes do setor de frigoríficos, em 2019, a nova combinação de negócios enfim resultará no nascimento de uma nova companhia
Méliuz (CASH3) consegue mudar estatuto e pode adotar bitcoin (BTC) como principal ativo estratégico da tesouraria
Os planos da plataforma para investir em criptomoedas começaram no dia 6 de março, quando anunciou que havia usado 10% de seu caixa para comprar bitcoin
Agronegócio não dá trégua: Banco do Brasil (BBAS3) frustra expectativas com lucro 20% menor e ROE de 16,7% no 1T25
Um “fantasma” já conhecido do mercado continuou a fazer peso nas finanças do BB no primeiro trimestre: os calotes no setor de agronegócio. Veja os destaques do balanço
Americanas (AMER3): prejuízo de R$ 496 milhões azeda humor e ação cai mais de 8%; CEO pede ‘voto de confiança’
A varejista, que enfrenta uma recuperação judicial na esteira do rombo bilionário, acabou revertendo um lucro de R$ 453 milhões obtido no primeiro trimestre de 2024
Ação da Oi chega a subir mais de 20% e surge entre as maiores altas da bolsa. O que o mercado gostou tanto no balanço do 1T25?
A operadora de telefonia ainda está em recuperação judicial, mas recebeu uma ajudinha para reverter as perdas em um lucro bilionário nos primeiros três meses do ano
Banco Pine (PINE4) supera rentabilidade (ROE) do Itaú e entrega lucro recorde no 1T25, mas provisões quadruplicam no trimestre
O banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; confira os destaques do resultado
Queda de 90% desde o IPO: o que levou ao fracasso das novatas do e-commerce na B3 — e o que esperar das ações
Ações de varejistas online que abriram capital após brilharem na pandemia, como Westwing, Mobly, Enjoei, Sequoia e Infracommerce, viraram pó desde o IPO; há salvação para elas?
Ação da Casas Bahia (BHIA3) sobe forte antes de balanço, ajudada por vitória judicial que poderá render mais R$ 600 milhões de volta aos cofres
Vitória judicial ajuda a impulsionar os papéis BHIA3, mas olhos continuam voltados para o balanço do 1T25, que será divulgado hoje, após o fechamento dos mercados
Balanço do Nubank desagradou? O que fazer com as ações após resultado do 1T25
O lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, um salto de 74% na comparação anual, foi ofuscado por uma reação negativa do mercado. Veja o que dizem os analistas
Depois de negociar ações de pequenas e médias empresas brasileiras, BEE4 quer estrear na renda fixa no segundo semestre
Conhecida como ‘bolsa das PMEs’, startup busca investidores para levantar capital para empresas que faturam até R$ 500 milhões ao ano
Nubank (ROXO34) atinge lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, enquanto rentabilidade (ROE) vai a 27%; ações caem após resultados
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital do cartão roxo atingiu a marca de 27%; veja os destaques do balanço
Com bolsa em alta, diretor do BTG Pactual vê novos follow-ons e M&As no radar — e até IPOs podem voltar
Para Renato Hermann Cohn, diretor financeiro (CFO) do banco, com a bolsa voltando aos trilhos, o cenário começa a mudar para o mercado de ofertas de ações
Yduqs no vermelho: Mercado deixa ações de recuperação após balanço fraco. Ainda vale a pena ter YDUQ3 na carteira?
Para os analistas, a Yduqs (YDUQ3) apresentou resultados mistos no 1T25. O que fazer com os papéis agora?
Hapvida (HAPV3) dispara na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas perda de beneficiários acende sinal de alerta. Vale a pena comprar as ações?
A companhia entregou resultado acima do esperado e mostrou alívio na judicialização, crescimento da base de clientes ainda patina. Veja o que dizem os analistas
Elo, agora em 3 fatias iguais: Bradesco, Banco do Brasil e Caixa querem voltar a dividir a empresa de pagamentos igualmente
Trio de gigantes ressuscita modelo de 2011 e redefine sociedade na bandeira de cartões Elo de olho nos dividendos; entenda a operação
Comprado em Brasil: as ações escolhidas pelo Bank of America para investir no Ibovespa hoje
O banco projeta corte de juros ainda neste ano e uma Selic menor do que o mercado para 2026 — nesse cenário, as ações podem ter um desempenho melhor na bolsa no curto prazo
Braskem (BRKM5) sobe forte na B3 após balanço do 1T25 e “ajudinha” de Trump e Xi Jinping. É hora de comprar as ações da petroquímica?
Além do aumento do apetite a risco nos mercados, os investidores repercutem o balanço da Braskem no primeiro trimestre
Cenário dos sonhos para a bolsa: Dow Jones dispara mais de 1 mil pontos na esteira de acordo entre EUA e China
Por aqui, o Ibovespa teve uma reação morna, mas exportações brasileiras — especialmente de commodities — podem ser beneficiadas com o entendimento; saiba como
Inter (INBR32) bate recorde de lucro e cresce rentabilidade no 1T25, mas ainda tem chão até chegar no 60-30-30
O banco digital continuou a entregar avanços no resultado, mas ainda precisa correr para alcançar o ambicioso plano até 2027; veja os principais destaques do balanço