Saiu do castigo? Por que o BTG melhorou a recomendação do IRB Re — ações IRBR3 disparam 8% na B3 hoje
O movimento de recuperação garante à companhia a liderança da ponta positiva do Ibovespa

Depois do castigo pelos resultados do quarto trimestre divulgados na semana passada, a resseguradora IRB Re (IRBR3) testa um alívio na B3 nesta segunda-feira (3).
O movimento de recuperação garante à companhia a liderança da ponta positiva do Ibovespa, com alta de cerca de 8%. Mas, o avanço não se trata apenas de uma correção nas ações.
Os papéis são beneficiados pela revisão da companhia pelo BTG Pactual. O banco mudou a recomendação de venda para neutra.
Também elevou o preço-alvo de R$ 40 para R$ 44 — o que representa uma potencial valorização de 13,37%, em relação ao último fechamento.
Por que o BTG mudou a visão?
Para o BTG Pactual, entre os motivos para a mudança de perspectiva sobre a principal resseguradora do Brasil está a relação “risco-recompensa”, que na visão dos analistas do banco melhorou.
O preço das ações subiu muito mais rápido do que os resultados, o que levou o banco a rebaixar as ações para sell (equivalente a venda) em julho de 2023.
Leia Também
“Desde então, as ações caíram cerca de 22% (-13% no acumulado do ano), o que, combinado com a melhoria dos resultados, a inércia 'positiva' e a retomada do crescimento, significa que não acreditamos mais que as ações sejam uma opção de venda, o que nos levou a fazer um upgrade", escrevem os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, que assinam o relatório.
Além disso, os analistas afirmam que a administração da resseguradora tem cumprido “suas promessas”.
“Se a ação passar por uma correção ainda maior e/ou se as medidas de gestão continuarem a dar frutos e nos derem mais confiança em um 2025 forte, vemos espaço para que nossa opinião sobre o papel melhore ainda mais ao longo do ano", diz o BTG em relatório.
O banco não deixou de destacar, porém, que a companhia ainda tem algumas contas a pagar este ano devido a contratos e subscrições ruins anteriores, mas as margens estão agora em uma clara tendência de alta e os prêmios devem finalmente começar a crescer novamente.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
O que esperar de IRB daqui para frente?
Apesar da melhora na perspectiva da companhia, o BTG Pactual aponta que é necessário mais liquidez para impulsionar o crescimento.
Isso porque, com base nas exigências de liquidez definidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) — órgão que regula o setor de seguros e resseguros —, a cobertura das reservas técnicas está em R$ 438 milhões, um nível considerado “apertado” para uma empresa que pretende aumentar os prêmios no próximo ano.
Sendo assim, “para atender às necessidades de liquidez, se necessário, o IRB pode contrair mais dívidas (liquidou uma debênture de aproximadamente R$ 500 milhões em 2023) ou eventualmente lançar uma dívida subsequente”, diz o BTG
Na reunião com os analistas do banco, o CEO Marcos Falcão enfatizou que a administração só buscará uma continuação se estiver confiante de que o lucro por ação aumentará.
Além disso, a empresa está aumentando o peso das contas conhecidas e fiáveis, mantendo uma mentalidade focada na compreensão dos riscos, contando com os dados certos para a precificação e garantindo a rentabilidade — precificação assumindo uma taxa combinada de 95%.
Por fim, o BTG Pactual projeta um retorno sobre capital tangível (Rote) em longo prazo “ligeiramente superior” a dos pares globais — hoje de 20% contra aproximadamente 12% do IRB.
Para o banco, a resseguradora deve terminar 2024 com Rote de 15% e ROE de 7%.
Balanço do quarto trimestre
Na última quarta-feira (28), o IRB apresentou o balanço do quarto trimestre. De novo, a resseguradora conseguiu reverter um prejuízo em lucro, mas alguns números não agradaram o mercado.
Entre eles, uma queda de 42% no volume de pedidos de indenização em relação a 2022, para R$ 3,925 bilhões.
Com isso, a emissão de prêmios, ou seja, a arrecadação com resseguros, caiu 19% em um ano, para R$ 5,690 bilhões.
O resultado financeiro do IRB também recuou (-3%) em um ano, para R$ 426,138 milhões. Os ativos da resseguradora baixaram 10% na mesma base de comparação, para R$ 20,801 bilhões, embora o patrimônio líquido tenha aumentado 3,5%, para 4,216 bilhões.
Na reunião com analistas do BTG, o CEO explicou que o quarto trimestre foi
impactado por eventos pontuais significativos — e negativos. Em destaque, outubro foi atingido por sinistros devido ao furacão Otis, enquanto dezembro foi impactado por despesas do segundo programa de demissão voluntária e reservas prudenciais adicionais de sinistros constituídas pela administração.
Na avaliação do banco, excluindo esses dois efeitos, o lucro líquido do IRB no quarto trimestre teria sido de aproximadamente R$ 60 milhões (assumindo uma alíquota de imposto de 30%), crescendo 20% trimestralmente.
Vale lembrar que a divulgação oficial do IRB será no final de março, com os números elaborados pela norma contábil IFRS, que foi adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para todas as empresas de capital aberto brasileiras.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.