Sai Cielo (CIEL3), entram Auren (AURE3) e Caixa Seguridade (CXSE3): o que a B3 planeja para o Ibovespa a partir de setembro
Ações com maior peso do índice seguem as mesmas, mas tamanho da fatia também pode mudar
Dizem que em time que está ganhando não se mexe, mas não é exatamente assim que funciona a definição das empresas que compõem o Ibovespa.
Embora o principal índice do mercado brasileiro de ações tenha alcançado os 134.570 pontos ao longo do pregão da última quinta-feira (15), o que configura sua máxima histórica intraday, a empresa que comanda a bolsa estuda fazer mudanças na composição do Ibovespa.
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Na manhã desta sexta-feira (16), a B3 divulgou a segunda prévia da carteira teórica do índice para o período de setembro a dezembro de 2024.
As substituições esperadas são as mesmas da primeira prévia, com a exclusão da Cielo (CIEL3), que deixa de ser negociada nesta sexta-feira com a oferta de compra de seus controladores. Confira:
- Saem Dexco (DXCO3) e Cielo (CIEL3);
- Entram Auren Energia (AURE3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Santos Brasil (STBP3).
As pretendentes a ingressar no Ibovespa devem chegar com um peso de 0,151% (Auren), 0,328% (Caixa Seguridade) e 0,554% (Santos Brasil).
Na prévia, as cinco ações com maior peso na composição do índice seguem as mesmas:
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- Vale ON (VALE3): 10,8%;
- Petrobras PN (PETR4): 7,6%;
- Itaú PN (ITUB4): 7,3%;
- Petrobras ON (PETR3): 4,7%;
- Banco do Brasil ON (BBAS3): 3,6%
Apesar da manutenção, há mudança no tamanho da fatia de cada uma no bolo. A ação VALE3, por exemplo, hoje possui peso de 11,3%, enquanto o papel ITUB4 tem quase 8% do índice.
Mas por que a B3 vai mexer no Ibovespa?
O Ibovespa é composto por uma carteira teórica que busca refletir o desempenho das principais ações do mercado brasileiro em termos de importância das empresas e volume de negociação.
Como o mercado muda, as cotações das ações sobem e descem e o interesse do investidor por elas é volátil, é natural que o índice seja rebalanceado periodicamente (em geral, a cada 4 meses), para seguir cumprindo seu propósito.
Para compor a carteira do Ibovespa, por exemplo, as companhias listadas precisam cumprir alguns requisitos como:
- Ser negociada em 95% dos pregões no período de vigência das últimas três carteiras (aproximadamente 1 ano);
- Ter movimentação financeira equivalente a pelo menos 0,1% do volume financeiro do mercado à vista no mesmo período;
- Estar entre os ativos que representem 85% em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), que mede o volume negociado por um ativo na bolsa;
- Não ser penny stock (ação negociada por valor abaixo de R$ 1,00).
Contudo, para se antecipar e evitar volatilidade, a B3, antes de fazer as mudanças, divulga três prévias. A terceira e última está prevista para o último pregão de agosto, dia 30.
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