🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

WEDNESDAY BLOODY WEDNESDAY

O banho de sangue do Fed nas bolsas: dólar a R$ 6,27, Ibovespa abaixo dos 121 mil pontos e Dow Jones na pior sequência em 50 anos

O banco central norte-americano cortou os juros como o mercado esperava, mas foram as projeções e o que Jerome Powell disse depois que azedaram o humor dos investidores aqui e lá fora

Carolina Gama
18 de dezembro de 2024
18:33 - atualizado às 19:05
bolsas caindo fundo bolsa de valores alerta perigo queda de ações
Imagem: iStock.com/mesh cube

A última reunião do Federal Reserve (Fed) de 2024 promoveu um verdadeiro banho de sangue nas bolsas nesta quarta-feira (18): o dólar chegou a R$ 6,27 por aqui, o Ibovespa perdeu os 121 mil pontos e o Dow Jones terminou o dia com a pior sequência em 50 anos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o problema não foi a decisão sobre a taxa da maior economia do mundo, mas o que veio junto com ela. Você pode conferir os detalhes dessa decisão aqui.

O comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) cortou, como era amplamente esperado, os juros em 25 pontos-base (pb), trazendo a taxa para o mesmo nível de dezembro de 2022, a 4,25% e 4,50% ao ano. 

Só que junto com a decisão, como acontece a cada três meses, o Fomc apresentou as projeções atualizadas sobre a economia, a inflação, o emprego e os juros para os próximos anos. 

Foi aí que o caldo começou a entornar. O Fed indicou que reduzirá os juros apenas mais duas vezes em 2025 — uma projeção que corta pela metade as intenções do comitê quando as projeções foram atualizadas pela última vez, em setembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Powell azedou o humor de vez

Mas foi quando o presidente do Fed, Jerome Powell, começou a responder às perguntas durante a tradicional entrevista coletiva após as decisões de política monetária que as coisas, de fato, pioraram aqui e lá fora. 

Leia Também

Powell disse que os juros nos EUA estão perto do nível neutro — aquele que não superaquece ou esfria demais a economia — e que é preciso mais progresso na inflação para que a autoridade continue cortando os juros em 2025.

"Hoje foi uma decisão mais difícil, mas foi o correto a se fazer para promover os dois mandatos, de pleno emprego e estabilidade de preços", Powell começou dizendo. 

"Quanto a cortes adicionais, vamos procurar mais progresso na inflação, bem como força contínua no mercado de trabalho", acrescentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nas próprias palavras do presidente do BC norte-americano, o Fed está no momento — ou bem perto dele — de desacelerar o ritmo de novos cortes nos juros

"Eu acho que as expectativas de menos cortes para o próximo ano realmente reflete tanto as leituras de inflação mais elevadas que tivemos este ano, quanto a expectativa de que a inflação será maior", completou.

FARIA LIMA VS. GOVERNO LULA: O que está na cabeça dos principais gestores de fundos

Powell assopra, mas as bolsas reagem mal

Powell até tentou suavizar as declarações, mas o estrago nas bolsas já estava feito. 

O presidente do Fed disse que ainda há espaço para o banco central norte-americano continuar cortando os juros. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"A política monetária segue restritiva e está em boa posição. Acho que os cortes reais que faremos no próximo ano não serão por causa de nada que escrevemos hoje. Vamos reagir aos dados", disse.

Wall Street reagiu da pior maneira. O Dow Jones perdeu 1.100 pontos — a segunda vez que isso acontece este ano em uma única sessão — e completou 11 pregões seguidos de perdas, na pior sequência desde 1974.  

O índice de 30 ações da bolsa de Nova York terminou a quarta-feira com queda de 2,58%, aos 42.326,879 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq acompanharam a derrocada, com perdas de 2,95% e 3,56%, respectivamente. 

No câmbio, o dólar se valorizou lá fora. O índice DXY, que mede a moeda norte-americana ante uma cesta de rivais fortes, subiu 1%, enquanto os yields (retornos) dos títulos do Tesouro dos EUA aceleraram os ganhos, renovando máximas intradiárias — o T-note de dez anos, referência para o mercado, chegou a tocar os 4,50%. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já o VIX, índice conhecido como termômetro do medo em Wall Street, saltou quase 30% no fim da tarde de hoje. 

O mercado brasileiro também não escapou do banho de sangue das bolsas lá fora. O dólar à vista renovou máxima atrás de máxima até atingir R$ 6,2707 (+2,86%) no pico do dia. A moeda norte-americana acabou terminando a sessão cotada a R$ 6,2657 (+2,78%), o maior valor nominal da história.

Na contramão, o Ibovespa renovou uma série de mínimas, chegando ao piso da sessão, aos 120.457,48 pontos. O principal índice de ações da bolsa brasileira acabou fechando com queda de 3,15%, aos 120.771,88 pontos. 

O banho de sangue nas bolsas: era para tanto?

Quem acompanha os mercados e a política monetária norte-americana pode achar que a reação das bolsas foi exagerada, como é o caso do ING. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar disso, o banco holandês vê como praticamente certa a pausa no corte de juros nos EUA em janeiro e pondera que uma nova redução em março do ano que vem dependerá dos efeitos das políticas sugeridas por Donald Trump — o republicano assume em 20 de janeiro. 

A Capital Economics pontua que a atualização das projeções do Fed foi bastante agressiva. 

A consultoria britânica reviu suas estimativas e agora passa a ver um corte acumulado de 50 pontos-base para os juros nos EUA em 2025 — em linha com as previsões atuais do BC norte-americano. 

James Orlando, diretor e economista-sênior da TD Economics, diz que os investidores não devem descartar completamente um corte de juros em janeiro, mas faz alertas importantes. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ferramenta FedWatch do CME Group mostra que o mercado ampliou as apostas para a manutenção dos juros no mês que vem. Há 88,5% de probabilidade de a taxa ser mantida no nível atual de 4,25% a 4,50%  ante 79,9% registrado antes da divulgação da decisão monetária desta tarde. 

Por outro lado, a possibilidade de corte mais brando, de 25 pb caiu a 11,2%, ante 19% antes da publicação.

“A precificação do mercado indica uma abordagem mais cautelosa do Fed, com a probabilidade crescente de que o BC dos EUA tenha que pausar os cortes de juros em janeiro. Embora não pensemos que os investidores devam descartar completamente uma redução no mês que vem, vale lembrar que a inflação está presa em 2,8% e há expectativa de que Donald Trump seguirá uma estratégia política inflacionária”, disse Orlando.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)

12 de setembro de 2025 - 7:54

Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país

IBOVESPA PARA QUEM?

Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa

11 de setembro de 2025 - 18:40

Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa

DE OLHO NA ‘GRANDE BATALHA’

TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal

11 de setembro de 2025 - 17:07

Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino

AS MAIS POPULARES

Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual

11 de setembro de 2025 - 16:22

Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway

CONSTRUÇÃO CIVIL

Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes

11 de setembro de 2025 - 15:33

O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)

MERCADOS HOJE

Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja

11 de setembro de 2025 - 13:29

Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic

RECICLANDO O PORTFÓLIO

Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro

11 de setembro de 2025 - 12:14

Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas

CORRIDA LOGÍSTICA

GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa

10 de setembro de 2025 - 16:32

Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário

OBRAS NA CAPITAL PAULISTA

Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes

10 de setembro de 2025 - 14:29

Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista

FIIS HOJE

Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem

10 de setembro de 2025 - 12:09

A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)

FECAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069

10 de setembro de 2025 - 11:56

Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)

ONÇA VALIOSA

Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025

9 de setembro de 2025 - 18:01

Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico

DEVO, NÃO NEGO

Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década

9 de setembro de 2025 - 15:39

Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições

GANHOS DO MÊS

Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro

9 de setembro de 2025 - 14:59

Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai

9 de setembro de 2025 - 13:06

O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar

QUESTÃO DE ESTRATÉGIA

Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação

9 de setembro de 2025 - 12:05

O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário

VIVER DE RENDA

FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?

9 de setembro de 2025 - 6:02

Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR

MELHORES E PIORES

Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa

6 de setembro de 2025 - 11:06

Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154

VALE A PENA COMPRAR?

É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025

5 de setembro de 2025 - 17:45

O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano

MERCADOS HOJE

Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic

5 de setembro de 2025 - 12:14

O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar