Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?
Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos

Nesta quinta-feira (14), o mercado financeiro se deparou com uma cena rara quando se trata do desempenho das ações da Americanas (AMER3) na bolsa ultimamente: no início da tarde, os papéis da varejista disparavam mais de 60%, negociados a R$ 5,49. Por volta das 17h, a ação da varejista saltava 175,30%, a R$ 9,25.
Desde o início da crise na empresa, porém, AMER3 ainda acumula uma queda de mais de 99%.
A ação da companhia chegou a valer menos de R$ 0,10 em agosto antes de passar por um grupamento. Hoje, o papel ganha impulso após o balanço da varejista mostrar seu primeiro lucro líquido desde a reveleção de uma fraude contábil multibilionária em seus balanços, em janeiro de 2023.
Os resultados da Americanas no 3T24
Nos últimos meses, a varejista vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos.
Agora o jogo parece começar a virar para a Americanas. Isso porque, entre junho e setembro, a companhia registrou lucro líquido de R$ 10,279 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,630 bilhão apresentado no mesmo trimestre do ano passado.
A receita líquida ficou em R$ 3,197 bilhões, praticamente estável em comparação com o mesmo período de 2023. O Ebitda foi de R$ 547 milhões no terceiro trimestre, revertendo o número negativo em R$ 368 milhões no 3T do ano passado. Confira outros destaques aqui.
Leia Também
O lucro foi puxado principalmente pela quitação de dívidas e um aumento de capital que reverteu o patrimônio líquido da varejista para o positivo.
Vale lembrar que, em julho, a companhia teve uma injeção bilionária de capital, cujos acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, se comprometeram com pelo menos R$ 12 bilhões.
- LEIA TAMBÉM: Balanço forte da Localiza (RENT3) no 3º tri faz ação disparar – analista diz se é hora de comprar
Crescimento pressionado pelo online
Segundo análise da XP Investimentos, a Americanas reportou resultados mistos no terceiro trimestre de 2024, com um crescimento ainda pressionado pelo online, mas com níveis de rentabilidade melhorando, seguindo a execução do plano de recuperação judicial.
Os analistas da corretora destacam a queda anual de 4% no GMV (volume bruto de mercadorias), provocado principalmente pela performance no e-commerce, que caiu 49%.
Americanas (AMER3) tem salvação? Confira reportagens exclusiva do Seu Dinheiro em cobertura sobre a temporada de balanços; acesse aqui gratuitamente
Varejo físico e rentabilidade positivos
Em contrapartida, a XP destacou como um dos pontos positivos o desempenho do varejo físico, especialmente por conta de três estratégias feitas pela companhia, sendo:
- Produto certo, com a evolução de um modelo de precificação regional (antes nacional) e uma estratégia mais assertiva de abastecimento das lojas;
- Negociação inteligente, com objetivo de melhorar condições comerciais e aumentar sortimento em loja de categorias onde identificavam demanda/rentabilidade (como papelaria, brinquedos e vestuário);
- Melhor loja, com testes de novos modelos de loja e a otimização do parque, resultando no fechamento de 21 lojas no trimestre e levando a um crescimento de 14% nas vendas das mesmas lojas.
“A rentabilidade se destacou, com a margem bruta aumentando 2,6 pontos percentuais, impulsionada por um melhor mix de produtos e redução de custos”, acrescentou a corretora.
Os analistas citaram o ajuste no mix para produtos com margens melhores, como itens de higiene, beleza e limpeza. Eletroeletrônicos, mesmo mais caros, teriam margens menores.
A corretora também mencionou a estratégia de precificação e o desenvolvimento de iniciativas logísticas, que ajudaram a cortar despesas e impulsionar as margens.
Mesmo com a estratégia mais racional de precificação, o momento é de cautela no setor de e-commerce, diante de um cenário competitivo mais acirrado, de acordo com a XP.
“A companhia reconhece que ainda há desafios pela frente, com foco em melhorar vendas/m², estratégias de precificação e controle de estoque”, disseram os analistas em relatório, cuja recomendação para as ações da varejista ainda está sob revisão da XP.
Nada de ouro ou renda fixa: Ibovespa foi o melhor investimento do primeiro semestre; confira os outros que completam o pódio
Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo retorno dos estrangeiros à bolsa brasileira — movimento que levou o Ibovespa a se valorizar 15,44% no período
Bolsas nas máximas e dólar na mínima: Ibovespa consegue romper os 139 mil pontos e S&P 500 renova recorde
A esperança de que novos acordos comerciais com os EUA sejam fechados nos próximos dias ajudou a impulsionar os ganhos na última sessão do mês de junho e do semestre
É possível investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) sem correr tanto risco de perdas estrondosas, diz CIO da Empiricus
Apesar das recomendações de cautela, muitos investidores se veem tentados a investir nas ações BBAS3 — e o especialista explica uma forma de capturar o potencial de alta das ações com menos riscos
Reviravolta na bolsa? S&P 500 e Nasdaq batem recorde patrocinado pela China, mas Ibovespa não pega carona; dólar cai a R$ 5,4829
O governo dos EUA indicou que fechou acordos com a China e outros países — um sinal de que a guerra comercial de Trump pode estar chegando ao fim. Por aqui, as preocupações fiscais ditaram o ritmo das negociações.
Nubank (ROXO34) reconquista o otimismo do BTG Pactual, mas analistas alertam: não há almoço grátis
Após um período de incertezas, BTG Pactual vê sinais de recuperação no Nubank. O que isso significa para as ações do banco digital?
FII Guardian Real Estate (GARE11) negocia venda de 10 lojas por mais de R$ 460 milhões; veja quanto os cotistas ganham se a operação sair do papel
Todos os imóveis estão ocupados atualmente e são locados por grandes varejistas: o Grupo Mateus e o Grupo Pão de Açúcar
ETFs ganham força com a busca por diversificação em mercados desafiadores como a China
A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management
Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII
Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva
Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?
Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente
Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora
Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA
Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha
Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3
Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo
Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas
Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões
Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva
Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira
Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas
Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?
Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora
FIIs de papel são os preferidos do Santander para estratégia de renda passiva; confira a carteira completa de recomendação
Fundos listados pelo banco tem estimativas de rendimento com dividendos de até 14,7% em 12 meses
Mesmo com petroleiras ‘feridas’, Ibovespa sobe ao lado das bolsas globais; dólar avança a R$ 5,5189
Cessar-fogo entre Israel e Irã fez com que os preços da commodity recuassem 6% nesta terça-feira (24), arrastando as empresas do setor para o vermelho
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3): BTG corta preço-alvo das ações, mas revela uma oportunidade ainda mais suculenta
Os analistas mantiveram recomendação neutra para as ações BEEF3, mas apontaram uma oportunidade intrigante que pode mexer com o jogo da Minerva
CVC (CVCB3) decola na B3: dólar ajuda, mas otimismo do mercado leva ação ao topo do Ibovespa
A recuperação do apetite ao risco, o fim das altas da Selic e os sinais de trégua no Oriente Médio renovam o fôlego das ações ligadas ao consumo
É hora do Brasil: investidores estrangeiros estão interessados em ações brasileiras — e estes 4 nomes entraram no radar
Vale ficou para trás nos debates, mas uma outra empresa que tem brilhado na bolsa brasileira mereceu uma menção honrosa