🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Empurrãozinho para os IPOs?

CVM abre consulta pública para regras que facilitam o acesso de empresas de menor porte à bolsa e ao mercado de emissão de dívida

Por meio do FÁCIL – Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivo a Listagens – autarquia quer aumentar o acesso de empresas com faturamento até R$ 500 milhões ao mercado de capitais

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
11 de setembro de 2024
18:33 - atualizado às 18:36
Site da CVM
FÁCIL dispensa companhias de menor porte de algumas obrigações ao realizar ofertas públicas de ações e dívida. - Imagem: Shutterstock

Na esperança de que as ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações na bolsa brasileira retornem em breve, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está dando um "empurrãozinho" para que mais empresas se listem como companhias abertas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ideia é trazer para a bolsa e para o mercado de emissão de dívida empresas de menor porte, com o faturamento bruto anual de até R$ 500 milhões.

Conforme já havia sido antecipado pelo presidente da autarquia, João Pedro Nascimento, a CVM acaba de lançar uma consulta pública sobre um novo programa, focado em facilitar o acesso dessas empresas menores ao mercado de capitais: o FÁCIL – Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivo a Listagens.

O FÁCIL consiste em um ambiente regulatório com menos exigências para que essas companhias de menor porte captem recursos por meio de ofertas públicas de ações e títulos de dívida, em volumes menores do que as ofertas de centenas de milhões de reais feitas hoje no mercado de capitais tradicional, dominado por grandes empresas que têm bilhões de reais em faturamento.

  • Você está preparado para ajustar sua carteira em setembro? Apuramos as principais recomendações dos analistas da Empiricus no novo episódio do “Onde Investir”; confira aqui

As normas propostas pela CVM no FÁCIL

Segundo a CVM, o FÁCIL permitirá às empresas participantes se registrar na autarquia "de maneira mais ágil e desburocratizada", sendo classificadas como "companhias de menor porte" (CMP).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este tipo de registro se soma aos já existentes, a categoria A, para emissores de ações e outros valores mobiliários, e a categoria B, de emissores de títulos de dívida.

Leia Também

Com um registro CMP, as empresas não precisarão atender a uma série de exigências feitas às companhias que aderem aos registros tradicionais para fazer ofertas de ações e títulos de dívida.

Por exemplo, elas só serão obrigadas a divulgar balanços a cada seis meses, em vez de fazer a divulgação trimestral exigida no mercado tradicional, ou ainda realizar ofertas públicas de até R$ 300 milhões sem necessidade de registro na CVM ou contratação de um coordenador-líder.

Companhias já registradas na autarquia como emissoras de valores mobiliários e que se enquadrem nos critérios do FÁCIL também podem aderir ao programa para obter o seu registro CMP, desde que seus investidores estejam de acordo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja os principais exemplos do que as empresas com registro CMP poderão fazer:

  • Obter o registro de emissor da CVM de forma automática após listagem em entidade administradora de mercado organizado;
  • Apresentar anualmente e nas ofertas públicas um formulário único (o Formulário Fácil), em vez de três (formulário de referência, prospecto e lâmina);
  • Divulgar seus balanços semestralmente, em vez de todo trimestre;
  • Realizar assembleias com dispensa das regras de votação a distância;
  • Realizar oferta pública de distribuição de valores mobiliários de até R$ 300 milhões sob regime de "oferta direta", com dispensa de registro na CVM e de contratação de um coordenador-líder;
  • Obter o cancelamento de registro mediante uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) com quorum de sucesso equivalente à metade das ações em circulação, em vez dos dois terços exigidos no mercado tradicional.

Tipos de oferta pública no FÁCIL

Além de optar pela "oferta direta", que tem limite de R$ 300 milhões, a empresa que aderir ao FÁCIL continua com o direito de realizar ofertas seguindo as normas do mercado tradicional (atendendo à Resolução CVM 160, emitindo o formulário de referência e balanços trimestrais), sem limite de valor de emissão.

Também há a possibilidade "híbrida" de realizar a oferta pública seguindo a Resolução CVM 160, mas substituindo prospecto e lâmina pelo Formulário Fácil.

Contudo este último caso e a "oferta direta" estão sujeitas a um limite conjunto de R$ 300 milhões em valor ofertado a cada 12 meses.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Oferta de títulos de dívida para emissores não registrados

O FÁCIL contempla ainda medidas para emissores que não obtenham registro junto à CVM, mas que estejam enquadrados no patamar de faturamento das companhias de menor porte.

Eles poderão realizar ofertas públicas de títulos de dívida que não ultrapassem os R$ 300 milhões e sejam destinadas exclusivamente a investidores profissionais (aqueles que têm mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras).

Nestas ofertas, não haverá a necessidade de contratar uma instituição financeira para coordená-las ou de realizar auditoria e revisão em informações contábeis, desde que os investidores assinem um termo de ciência e responsabilidade por essa dispensa.

De acordo com a CVM, esta é uma iniciativa de apoio às medidas do Ministério da Fazenda voltadas a ampliar a competitividade na concessão de crédito a empresas, com a expectativa de "ampliar as alternativas de financiamento fora do sistema bancário tradicional, contribuindo para a redução dos spreads atualmente observados no crédito concedido a pequenas e médias empresas no país", diz a autarquia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Por meio do FÁCIL, nós pretendemos incluir novas companhias abertas e estimular a realização de ofertas públicas de valores mobiliários por Companhias de Menor Porte (CMP), democratizando o mercado de capitais. Além disso, também buscamos aumentar a relevância e a participação do crédito privado no segmento regulado pela CVM, pois o mercado de capitais tem múltiplas oportunidades para novos entrantes, sejam eles emissores ou investidores. Adicionalmente, nós reforçamos dois de nossos principais compromissos: demonstrar que o mercado de capitais é ferramenta essencial para o desenvolvimento de políticas públicas e promover ações no âmbito do Open Capital Markets
(Mercado de Capitais Aberto)", diz João Pedro Nascimento, presidente da CVM, em nota.

A proposta da CVM é de, após a consulta pública, implementar o FÁCIL ainda em caráter experimental, para que seja possível avaliar os resultados, compará-los ao regime regulatório tradicional vigente e poder optar pela manutenção, adaptação ou revogação do programa.

A consulta pública vai até o dia 6 de dezembro de 2024, e as contribuições podem ser enviadas para o e-mail conpublica0124@cvm.gov.br. O edital da consulta pública está disponível aqui.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar