🔴 E-BOOK GRATUITO: AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM 2025 BAIXE AGORA

Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.
MOEDA EM DISPARADA

O céu é o limite para o dólar: Banco Central despeja US$ 12,7 bilhões no mercado em 4 dias. Por que a moeda americana não baixa? 

A sazonalidade de dezembro, somada com uma tentativa de escapar de uma possível taxação, ajudaram a sustentar o câmbio elevado — mas essa não é a única explicação

Renan Sousa
Renan Sousa
18 de dezembro de 2024
15:55 - atualizado às 17:07
Dólar, real, moedas.
Imagem: iStock

Mesmo com o Banco Central já tendo vendido US$ 12,7 bilhões desde a última quinta-feira (12) na maior injeção de recursos no câmbio desde a pandemia, o dólar segue em alta. A moeda norte-americana chegou encostar no patamar de R$ 6,27 hoje, renovando os recordes históricos. 

Naturalmente, há uma forte preocupação com o quadro fiscal brasileiro, em especial após o anúncio do pacote de cortes de gastos, anunciado em novembro pelo governo federal.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a contenção de despesas deve chegar a R$ 70 bilhões — R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. 

O entendimento do mercado é que o montante não será suficiente e uma nova rodada de cortes será necessária, como explica Nicholas McCarthy, diretor da área de Estratégias de Investimentos do Itaú. 

Acontece que mesmo com os sucessivos leilões do BC nos últimos dias, o dólar não arrefeceu. Pelo contrário, aliás. Nesta quarta-feira (18), a moeda norte-americana renovou as máximas históricas pela tarde, encerrando a sessão a R$ 6,2657, uma alta de 2,78%. Na máxima do dia, a divisa chegou à marca de R$ 6,2707.

O dólar não cai — e a culpa não é exatamente do BC

Em primeiro lugar, é preciso dizer que o dólar não se valorizou de uma hora para outra. Esse é um movimento que acontece desde quando o Banco Central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), adiou o corte das taxas de juros no ano passado. 

Leia Também

O aperto monetário por lá alimentou incertezas sobre o futuro da economia norte-americana, levando a um efeito dominó: o dólar se fortaleceu, as bolsas caíram e os yields (retorno) dos títulos do Tesouro norte-americanos, o famoso Treasury, disparou. 

“O dólar subiu de R$ 4,80 para R$ 5,30/R$ 5,40 por causa disso”, comenta McCarthy, ressaltando que outras moedas no mundo também foram desvalorizadas no mesmo período. “Mas [a subida de] de R$ 5,40 para R$ 6,00, foi culpa do Brasil”, pondera.

Além da incerteza fiscal que paira sobre o mercado brasileiro, o recente salto do dólar por aqui coincidiu com um momento particularmente complicado para o câmbio. 

Tradicionalmente no final do ano há uma maior saída de dólares do país devido à remessa de lucros e dividendos por empresas multinacionais.

A cereja do bolo desse movimento veio do Congresso: a Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira (17) o projeto de lei que taxa em pelo menos 15% o lucro de multinacionais instaladas no Brasil.

A sazonalidade de dezembro, combinada com a antecipação das remessas para escapar da taxação, aumentou ainda mais a pressão sobre o câmbio.

Até onde vão os preços?

O cenário não deve ser dos melhores para o real. 

Além de a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA contribuir para o fortalecimento do dólar, o mercado recebeu mal a medida, que começa em 2026, de desoneração de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, com impactos diretos na arrecadação federal. 

“Segundo estimativas, [essa isenção] teria um impacto de R$40 bilhões sobre a arrecadação", diz André Valério, economista sênior do Banco Inter.

“Apesar de o governo dizer que a medida será neutra do ponto de vista fiscal, devido à compensação com o aumento da alíquota sobre aqueles que recebem acima de R$50 mil por mês, isso não deve se concretizar, uma vez que muito dos afetados pelo aumento da alíquota provavelmente irão otimizar o planejamento tributário a fim de diminuir a incidência”, acrescenta. 

Por fim, tanto Valério, do Inter, quanto McCarthy, do Itaú, concordam que a aprovação do pacote de corte de gastos pelo Congresso com a menor desidratação possível pode ser um primeiro passo para o alívio do câmbio por aqui.

No entanto, apenas uma melhora mais substancial do panorama fiscal pode garantir que o dólar caia — e permaneça baixo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Todo vazio será ocupado: Ibovespa busca recuperação em meio a queda do dólar com Trump preenchendo o vácuo de agenda em Davos

23 de janeiro de 2025 - 8:15

Presidente dos Estados Unidos vai participar do Fórum Econômico Mundial via teleconferência nesta quinta-feira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A alegria de um banqueiro central seria o silêncio

22 de janeiro de 2025 - 20:30

Estamos nos aproximando da perigosa zona de dominância fiscal; ninguém sabe onde fica a fronteira exatamente, mas, marchando à frente de olhos vendados, são crescentes as chances de nos enroscarmos em uma cerca de arame farpado

MERCADOS HOJE

Dólar abaixo de R$ 6: moeda americana renova série de mínimas graças a Trump — mas outro motivo também ajuda na queda

22 de janeiro de 2025 - 13:08

Enquanto isso, o Ibovespa vira e passa a operar em baixa, mas consegue se manter acima dos 123 mil pontos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o sonho acaba: Ibovespa fica a reboque de Wall Street em dia de agenda fraca

22 de janeiro de 2025 - 8:22

Investidores monitoram Fórum Econômico Mundial, decisões de Donald Trump e temporada de balanços nos EUA e na Europa

SIMULAÇÃO

Deixando R$ 100 mil na mesa: abrir mão da liquidez diária na renda fixa conservadora pode render até 40% a mais no longo prazo

22 de janeiro de 2025 - 7:12

Simulação do banco Inter com CDBs mostra quanto é possível ganhar a mais, no longo prazo, ao se optar por ativos sem liquidez imediata, ainda que de prazos curtos

REPORTAGEM ESPECIAL

O fim do ‘sonho grande’ da Cosan (CSAN3): o futuro da empresa após o fracasso do investimento na Vale e com a Selic em 15%

22 de janeiro de 2025 - 6:09

A holding de Rubens Ometto ainda enfrenta desafios significativos mesmo após zerar a participação na Vale. Entenda quais são as perspectivas para as finanças e as ações CSAN3 neste ano

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Efeito Trump na bolsa e no dólar: Nova York sobe de carona na posse; Ibovespa acompanha, fica acima de 123 mil pontos e câmbio perde força

21 de janeiro de 2025 - 12:34

Depois de passar boa parte da manhã em alta, a moeda norte-americana reverteu o sinal e passou a cair ante o real

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Metralhadora giratória: Ibovespa reage às primeiras medidas de Trump com volta do pregão em Nova York

21 de janeiro de 2025 - 8:18

Investidores ainda tentam mensurar os efeitos do retorno de Trump à Casa Branca agora que a retórica começa a se converter em ações práticas

PERSPECTIVAS

O Bradesco (BBDC4) vai atravessar a correnteza? Para o BTG, recuperação será um processo demorado. Saiba se vale a pena comprar a ação agora

20 de janeiro de 2025 - 19:01

Em meio ao aumento da Selic, os analistas esperam um posicionamento ainda mais cauteloso do Bradesco, com a desaceleração do crescimento dos empréstimos em 2025

DEPOIS DA POSSE

Trump e Lula podem ter algo em comum: veja o que pode aliviar a fúria do republicano e tirar o Brasil da mira dos EUA

20 de janeiro de 2025 - 8:15

Em entrevista ao Seu Dinheiro, o cientista político e presidente da Eurasia, Ian Bremmer, aponta quais serão os pontos nevrálgicos da relação do Brasil de Lula com o governo de Trump 2.0

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025

20 de janeiro de 2025 - 7:48

Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: reunião do CMN e prévia da inflação se destacam no Brasil, na semana em que Trump retorna à Casa Branca

20 de janeiro de 2025 - 7:01

A semana ainda reserva política monetária no Japão e indicadores econômicos europeus e dos Estados Unidos.

SD ENTREVISTA

Trump 2.0 será “imparável em uma extensão que nunca vimos antes”, diz presidente da Eurasia

20 de janeiro de 2025 - 6:03

O republicano toma posse nesta segunda-feira (20). O Seu Dinheiro conversou com o cientista político e presidente da Eurasia, Ian Bremmer, sobre essa volta à Casa Branca, e ele deu pistas do que vem por aí.

NO DETALHE

Donald Trump volta à Casa Branca nesta segunda-feira; confira os preparativos e como acompanhar a posse do presidente dos EUA

19 de janeiro de 2025 - 18:54

A cerimônia de posse de Donald Trump contará com apresentações, discursos e a presença de líderes internacionais. Porém, até lá, o republicano participa de diversos outros eventos

SOB PRESSÃO

Banco Central fará primeira intervenção no dólar em 2025 no dia da posse de Donald Trump nos EUA

19 de janeiro de 2025 - 15:37

Banco Central venderá US$ 2 bilhões nesta segunda-feira (20) em dois leilões de linha; entenda como e quando ocorrem as operações

REFORMA TRIBUTÁRIA

Fundos Imobiliários e Fiagros serão taxados? Entenda o impasse gerado pelo veto de Lula na reforma tributária

19 de janeiro de 2025 - 10:04

A lei complementar da reforma tributária trouxe a possibilidade da taxação dos fundos; entidades de investidores criticaram a medida, que pode afetar os fundos imobiliários e Fiagros

SALDO NEGATIVO

A polêmica continua: 67% da população acredita que Pix ainda pode ser taxado – e a culpa da confusão é do governo, indica pesquisa Quaest

18 de janeiro de 2025 - 15:21

De acordo com o diretor da Quaest, a confusão sobre taxação do Pix gerou desconfiança da população em relação ao governo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Entre a paciência e a ansiedade: Ibovespa se prepara para posse de Trump enquanto investidores reagem a PIB da China

17 de janeiro de 2025 - 8:15

Bolsas internacionais amanhecem em leve alta depois de resultado melhor que o esperado da economia chinesa no quarto trimestre de 2024

UM CENÁRIO DIFÍCIL

HLOG11 tem resultado negativo em dezembro e conclui venda de galpão por R$ 52 milhões – mas cotistas não vão ver o dinheiro pingar na conta

16 de janeiro de 2025 - 15:11

Segundo relatório gerencial de dezembro, o fundo imobiliário HLOG11 sofreu com a alta da taxa Selic, porém vacância do fundo segue baixa

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Onde investir 2025: Alta dos juros abre oportunidades para comprar fundos imobiliários com desconto; veja indicações de FIIs para este ano

16 de janeiro de 2025 - 14:00

Caio Araujo, analista da Empiricus Research; Mauro Dahruj, gestor da Hedge Investimentos; e Ricardo Vieira, responsável pelo setor de Real Estate do Pátria, avaliam o cenário para os fundos imobiliários em 2025 e dizem onde investir nesse mercado

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar