Outro patamar: com tesourada na Selic, remuneração de título prefixado cai a 1 dígito no Tesouro Direto
Depois de dois anos acima dos 10% ao ano, retorno do Tesouro Prefixado começa a ficar inferior a esse patamar psicológico
O corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic pelo Banco Central ontem e a sinalização de pelo menos mais duas reduções de igual magnitude nas próximas reuniões de juros já começa a surtir efeito no Tesouro Direto.
Nesta quinta-feira (03), o título prefixado de prazo mais curto disponível para compra, o Tesouro Prefixado 2026, já aparece no site do programa oferecendo rentabilidade de apenas um dígito até o seu vencimento.
Quem adquirir esse papel hoje, receberá 9,95% ao ano caso o carregue até o vencimento. Os demais prefixados ainda estão pagando juros de dois dígitos a quem os comprar hoje.
| Título | Rentabilidade |
| Tesouro Prefixado 2026 | 9,95% ao ano |
| Tesouro Prefixado 2029 | 10,51% ao ano |
| Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2033 | 10,65% ao ano |
Os prefixados vinham oferecendo rentabilidades acima de 10% ao ano há cerca de dois anos, um reflexo do ciclo de aperto monetário que levou a Selic a 13,75%.
Mas agora, com a perspectiva de cortes à frente – e com um alívio maior que o esperado sinalizado pelo Banco Central –, a promessa de remuneração já começa a cair abaixo desse "patamar psicológico".
As rentabilidades menores também já começam a ser vistas nos títulos atrelados à inflação. Até ontem, todos os papéis Tesouro IPCA+ ainda estavam pagando mais de 5% ao ano mais IPCA para novos investimentos; hoje, o título mais curto, o Tesouro IPCA+ 2029, já está oferecendo um percentual inferior a esse patamar: 4,98% + IPCA.
Leia Também
Selic pode cair abaixo de 12,00% ainda neste ano
O corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic na noite de ontem, reduzindo-a para 13,25% ao ano, era a aposta mais otimista do mercado, pois parte dos investidores ainda achava que o BC ia cortar os juros em apenas 0,25 ponto percentual.
Não só o cenário de maior alívio se concretizou, como também o comunicado da autoridade monetária indicou que a Selic pode cair abaixo do que o mercado esperava até o fim do ano.
O comunicado do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) sugeriu que pode haver mais de um corte de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões, o que levaria a Selic a, pelo menos, 12,25%.
Mas como o colegiado tem ainda três encontros até dezembro, os economistas, que antes esperavam uma Selic de 12,00% no fim de 2023, já começaram a revisar suas projeções para 11,75%, prevendo cortes de 0,50 ponto em todas as três reuniões.
- Sua carteira de investimentos está adequada para o 2º semestre do ano? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e totalmente gratuito com indicações de ativos para os próximos seis meses. Confira na íntegra, clicando aqui.
Rentabilidade mais baixa nos prefixados vale apenas para os novos investimentos
Importante lembrar que o retorno mais baixo dos prefixados e títulos indexados à inflação vale apenas para os novos investimentos, isto é, para quem comprar esses papéis por agora.
Quem adquiriu títulos lá atrás, com remunerações elevadas, tem aquele retorno garantido até o vencimento, caso não se desfaça do título antecipadamente.
Vale frisar, porém, que as taxas pagas atualmente pelos títulos públicos ainda estão elevadas e têm a possibilidade de cair mais. Assim, mesmo quem adquirir esses papéis agora estará travando, até o vencimento, uma rentabilidade que ainda pode ser considerada historicamente alta.
Caso as taxas recuem mais, esses papéis ainda têm chance de valorização. Quem adquiriu títulos Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+ no fim do ciclo de aperto monetário, com taxas mais altas, vem assistindo a uma formidável valorização dos seus papéis, que chega, em alguns casos, a cerca de 20% no acumulado do ano.
Renda fixa para novembro: CRAs da Minerva e CDB que paga IPCA + 8,8% são as estrelas das recomendações do mês
BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam aproveitar as rentabilidades enquanto a taxa de juros segue em 15% ao ano
Onda de resgates em fundos de infraestrutura vem aí? Sparta vê oportunidade nos ativos isentos de IR listados em bolsa
Queda inesperada de demanda acende alerta para os fundos abertos, porém é oportunidade para fundos fechados na visão da gestora
A maré virou: fundos de infraestrutura isentos de IR se deparam com raro mês negativo, e gestor vê possível onda de resgates
Queda inesperada de demanda por debêntures incentivadas abriu spreads e derrubou os preços dos papéis, mas movimento não tem a ver com crise de crédito
Ficou mais fácil: B3 passa a mostrar posições em renda fixa de diferentes corretoras na área do investidor
Funcionalidade facilita o acompanhamento das aplicações, refletindo o interesse crescente por renda fixa em meio à Selic elevada
Novo “efeito Americanas”? Títulos de dívida de Ambipar, Braskem e Raízen despencam e acendem alerta no mercado de crédito
As três gigantes enfrentam desafios distintos, mas o estresse simultâneo nos seus títulos de dívida reacendeu o temor de um contágio similar ao que ocorreu quando a Americanas descobriu uma fraude bilionária em 2023
Tesouro IPCA+ com taxa de 8%: quanto rendem R$ 10 mil aplicados no título do Tesouro Direto em diferentes prazos
Juro real no título indexado à inflação é histórico e pode mais que triplicar o patrimônio em prazos mais longos
Tesouro Direto: Tesouro IPCA+ com taxa a 8% é oportunidade ou armadilha?
Prêmio pago no título público está nas máximas históricas, mas existem algumas condições para conseguir esse retorno total no final
Até o estrangeiro se curvou à renda fixa do Brasil: captação no exterior até setembro é a maior em 10 anos
Captação no mercado externo neste ano já soma US$ 29,5 bilhões até setembro, segundo a Anbima
Com renda fixa em alta, B3 lança índice que acompanha desempenho do Tesouro Selic
Indicador mede o desempenho das LFTs e reforça a consolidação da renda fixa entre investidores; Nubank estreia primeiro produto atrelado ao índice
Fim da ‘corrida aos isentos’: gestores de crédito ficam mais pessimistas com as debêntures incentivadas com isenção de IR garantida
Nova pesquisa da Empiricus mostra que os gestores estão pessimistas em relação aos retornos e às emissões nos próximos meses
Renda fixa recomendada para outubro paga IPCA + 8,5% e 101% do CDI — confira as opções de debêntures isentas, CDB e LCA
BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente
LCI, LCA, FII e fiagro mantêm isenção de imposto de renda; veja as novas mudanças na MP 1.303/25, que deve ser votada até amanhã (8)
Tributação de LCIs e LCAs em 7,5% chegou a ser aventada, mantendo-se isentos os demais investimentos incentivados. Agora, todas as isenções foram mantidas
Problemas de Ambipar (AMBP3) e Braskem (BRKM5) podem contaminar títulos de dívida de outras empresas, indica Fitch
Eventos de crédito envolvendo essas duas empresas, que podem estar em vias de entrar em recuperação judicial, podem aumentar a aversão a risco de investidores de renda fixa corporativa, avalia agência de rating
Tesouro Direto: retorno do Tesouro IPCA+ supera 8% mais inflação nesta quinta (2); o que empurrou a taxa para cima?
Trata-se de um retorno recorde para o título de 2029, que sugere uma reação negativa do mercado a uma nova proposta de gratuidade do transporte público pelo governo Lula
Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro
Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA
Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê
A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo
Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord
Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano
Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora
Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe
Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência
Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho
