Putin deu a bênção: Brasil consegue convencer a Rússia da posição de Lula sobre a guerra
A missão, que parecia impossível, foi desempenhada pelo chanceler Mauro Vieira durante encontro do G-20 em Nova Délhi, na Índia

Convencer Vladimir Putin não é uma tarefa das mais fáceis. Conhecido por suas posições firmes, o presidente russo é ainda mais fechado quando o assunto é a guerra na Ucrânia. Mas o Brasil concluiu nesta quinta-feira (2) uma missão que parecia impossível.
E não é exagero dizer isso: o Itamaraty também convenceu os EUA sobre o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governo brasileiro em relação ao conflito no leste europeu.
O personagem principal dessa missão impossível não foi Ethan Hunt (Tom Cruise) e sim Mauro Vieira. O chanceler aproveitou a reunião de cúpula de ministros das Relações Exteriores do G-20, realizada em Nova Delhi, na Índia, para explicar que o Brasil quer a paz, mas não pretende se alinhar com nenhum dos lados nas trincheiras.
De acordo com os presentes na cúpula, a reação tanto da Rússia como dos EUA à posição do Brasil foi positiva, especialmente em um cenário de divisões tão profundas que fez o encontro do G-20 terminar sem que os países conseguissem concordar com o texto de um comunicado conjunto.
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Guerra? Não, obrigado
Para convencer Rússia e EUA da posição brasileira na guerra, Viera se reuniu com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken; com o chanceler russo, Sergei Lavrov; e com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang.
Os encontros aconteceram depois que, na semana passada, o Brasil votou contra a invasão russa na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
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Hoje, tanto Blinken como Lavrov disseram ao chanceler brasileiro que entendiam a posição brasileira, apesar de não concordarem com ela.
Contou em favor do Brasil o fato de ter se negado a vender munição para a Ucrânia usar nos tanques alemães que estão sendo enviados para Kiev se defender da invasão russa.
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Lavrov vem aí… Lula vai pra lá?
A reunião entre Vieira e Lavrov durou 45 minutos, que foram usados principalmente para explicar, ponto a ponto, a posição de cada país em relação à guerra.
Foi nesse encontro que o ministro russo confirmou que virá a Brasília em abril — uma visita que deve desagradar os EUA.
Enquanto Lavrov vem ao Brasil, Lula foi convidado para ir à Ucrânia pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski — ambos conversaram hoje por vídeo.
De acordo com auxiliares do Palácio do Planalto, Lula teria sinalizado que aceitaria o convite em momento oportuno.
No final de janeiro, Lula defendeu a criação de um grupo de países para negociar o fim do conflito. "Temos que criar outro organismo, da mesma forma que criamos o G-20 quando ocorreu a crise [econômica] de 2008", disse Lula na ocasião.
*Com informações da CNN e da Reuters
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