Retorno de 30% em um trimestre: o que Putin e a Rússia têm a ver com a disparada do mercado de dívida da Ucrânia?
Dados da Bloomberg mostram que US$ 3,2 bilhões em notas de agosto de 2041 subiram para 40 centavos de dólar esta semana, de 27 centavos no final de março

Se o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não imaginava que a invasão da Ucrânia duraria mais de um ano, mais difícil ainda é acreditar que o chefe do Kremlin cogitou dar uma forcinha para a economia e, consequentemente, para o mercado de dívida de Kiev — mas foi o que aconteceu.
Dezesseis meses após o início da guerra, a dívida ucraniana é agora uma das opções mais quentes de investimento em mercados emergentes.
E isso só é possível porque os contratempos de Putin estão elevando as perspectivas econômicas de Kiev.
Prova é que os títulos soberanos em dólar da Ucrânia tiveram um retorno de mais de 30% no segundo trimestre deste ano, superando outros mercados emergentes, segundo dados da Bloomberg.
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Rússia x Wagner: o impulso do motim
Além da contraofensiva, as perspectivas para a Ucrânia também melhoraram depois do motim fracassado do Grupo Wagner no fim de semana.
O Kremlin desarmou a crise por enquanto, mas o bando de mercenários de Yevgeny Prigozhin abalou a confiança na capacidade de Putin de continuar sua guerra contra a Ucrânia — para não mencionar seu poder.
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Essa desconfiança pode ser medida pelos números do mercado de dívida ucraniano. Dados da Bloomberg mostram que US$ 3,2 bilhões em notas de agosto de 2041 subiram para 40 centavos de dólar esta semana, de 27 centavos no final de março.
- Leia também: Quem é o Wagner Group, o grupo de mercenários que lutou pela Rússia e agora desafia Putin
A esperança na economia da Ucrânia
As perspectivas para a economia da Ucrânia melhoraram recentemente. No mês passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão de crescimento do país neste ano para uma faixa de 1% a 3% — acima da faixa anterior de contração de 3% a 1%.
"Espera-se uma recuperação mais forte à medida que a economia se adapta progressivamente às condições de guerra", disse o FMI na ocasião.
A melhora nas projeções ocorreu ao final das ondas de ataques russos à infraestrutura da Ucrânia, disse o FMI na revisão de um programa de empréstimos de US$ 15,6 bilhões para Kiev.
*Com informações da Bloomberg e do Markets Insider
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