China vigiada: a tática que Taiwan aprendeu com a Ucrânia e que coloca Pequim em xeque
O governo taiwanês recrutou empresas especializadas na tentativa de se aproximar da capacidade de seu adversário poderoso

A guerra entre Rússia e Ucrânia está sendo observada não só pelos efeitos que pode trazer para a economia mundial, mas também por países que têm conflitos batendo à sua porta — como é o caso de Taiwan.
Depois que a Ucrânia implantou drones para compensar com sucesso as vantagens da Rússia no campo de batalha, os líderes de Taiwan tomaram nota.
Só que a ilha tinha um problema: estava muito atrás de seu adversário mais poderoso: a China. Por isso, o governo taiwanês recrutou empresas especializadas em drones comerciais na tentativa de se aproximar da capacidade da China.
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O abismo entre China e Taiwan
A lacuna entre China e Taiwan em relação aos drones é gritante. Atualmente, Taiwan tem quatro tipos de drones e uma frota de centenas desses equipamentos, de acordo com duas fontes com conhecimento direto do assunto ouvidos pela Reuters.
Do outro lado do Estreito de Taiwan, a China tem um arsenal de mais de 50 tipos diferentes de drones, estimados em dezenas de milhares, de acordo com analistas de defesa.
Esses drones chineses variam de aeronaves de vigilância de longo alcance movidas a jato até pequenos quadricópteros implantados por tropas terrestres.
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Taiwan quer virar o jogo
Mas Taiwan quer virar esse jogo. O governo já colocou em andamento um plano para fabricar mais de 3.200 drones militares até meados de 2024, incluindo mini-drones que pesam menos de dois quilos, bem como equipamentos de vigilância maiores, com alcance de 150 quilômetros.
Para acelerar a produção, Taiwan está recrutando pela primeira vez empresas privadas na fase de pesquisa e desenvolvimento de um programa de armas. Pelo menos nove empresas privadas se juntaram ao esforço.
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A corrida tecnológica
A tentativa de Taiwan de produzir drones em massa faz parte de uma intensificação da rivalidade militar que está dividindo a Ásia, iniciando uma corrida para aproveitar as tecnologias emergentes com potencial para fornecer um impulso decisivo no poder de fogo.
De um lado estão os EUA e seus aliados, incluindo Taiwan, Austrália, Japão e Coreia do Sul, que querem preservar o domínio norte-americano na região. Do outro, uma China cada vez mais assertiva, determinada a obter o controle sobre a ilha governada democraticamente e substituir Washington como a principal potência regional.
Nesta corrida armamentista de alta tecnologia, pesquisadores militares e civis de ambos os lados estão lutando para assumir a liderança em vários campos, incluindo inteligência artificial, armas autônomas, semicondutores avançados, voo hipersônico, computação quântica e guerra cibernética.
*Com informações da Reuters
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