Há algum tempo o noticiário internacional foi tomado por manchetes trazendo os reveses sofridos pela Rússia no conflito contra a Ucrânia: perda de território, de tropas e de equipamentos. Mas, ainda que a invasão não tenha dado o resultado imediato que Moscou esperava, parar a máquina de guerra de Vladimir Putin não tem sido fácil.
Mas a Europa está disposta a tentar de novo. Para isso vai lançar mão de uma conhecida estratégia: as sanções.
Evitando a qualquer custo entrar em combate em solo contra os russos, a União Europeia (UE) anunciou nesta quinta-feira (13) que se prepara para lançar seu décimo primeiro pacote de medidas econômicas e financeiras contra Putin.
“Nossas informações são de que as sanções estão funcionando e faremos mais, mas precisamos analisar a implementação completa”, disse Mairead McGuinness, comissária da UE para estabilidade financeira, serviços financeiros e união dos mercados de capitais.
“O que a Rússia está perdendo é o financiamento e as tecnologias para reinventar sua máquina de guerra, e eles estão tendo problemas no campo de batalha”, acrescentou.
Como das outras vezes, a ideia da nova rodada de sanções da Europa é garantir que a Rússia tenha cada vez menos dinheiro para manter suas tropas nas trincheiras, forçando a rendição ou um acordo de paz com a Ucrânia.
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Sanções terão um plus
As sanções contra Putin terão um plus: não serão apenas financeiras. As medidas punitivas virão acompanhadas de mecanismo que garanta que sejam implementadas com eficácia, evitando que países encontrem brechas para burlar as proibições.
“Temos que garantir que eles não encontrem maneiras de contornar nossas sanções”, disse McGuinness. “Eu enfatizo repetidamente que quanto mais profundas forem nossas sanções, mais impactantes elas serão”, acrescentou.
A comissária alertou que é importante não subestimar os esforços que a Rússia fará com seus parceiros globais para tentar burlar as sanções.
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Os aliados de Putin
No final do ano passado, o Departamento do Tesouro dos EUA publicou uma lista de países que ajudam a Rússia a contornar as sanções, incluindo Armênia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão.
McGuinness disse que o bloco estava focado em atingir indivíduos e entidades.
“Estamos mudando nossa legislação para examinar os indivíduos envolvidos na intervenção de sanções”, disse McGuinness. “Certamente, quando se trata de pessoas ou entidades que estão infringindo a lei, veremos que é quando agimos.”
Alguns países, incluindo a Estônia e a França, pediram à UE que sancione os oligarcas da Moldávia e da Geórgia que supostamente trabalham para ajudar a Rússia a desestabilizar a Ucrânia.
*Com informações da CNBC