GP Investments (GPIV33) propõe aquisição do total de ações da BR Properties (BRPR3) por valor cerca de 140% maior
Gestora de private equity propôs uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) por até 100% dos papéis da administradora de propriedades imobiliárias, que está em processo de redução de capital

Em processo de redução de capital após vender boa parte do seu portfólio para a Brookfield, a BR Properties (BRPR3) pode estar prestes a ser adquirida por uma quantia cerca de 140% maior do que seu valor de mercado atual.
A GP Investments (GPIV33), empresa de private equity fundada pelo empresário Jorge Paulo Lemann, acaba de anunciar uma proposta de Oferta Pública de Aquisição (OPA) por até 100% das ações BRPR3, a um valor de R$ 1,60 por ação, pago em dinheiro.
- Essa ação é a ‘queridinha’ dos analistas para 2023: com papéis baratos e grandes perspectivas de crescimento, é a melhor opção para buscar bons lucros na bolsa este ano. CONFIRA AQUI O TICKER.
A oferta está condicionada à aprovação da redução de capital a ser deliberada em assembleia geral convocada para o dia 24 de janeiro deste ano.
Na última sexta-feira (13), a ação da BR Properties - que vem se valorizando em razão da redução de capital, pela qual restituirá parte do investimento dos seus acionistas - fechou cotada em R$ 6,07.
Mas, após a referida redução no capital, o estimado é que seu preço seja ajustado para R$ 0,66, o que faz com que o preço da oferta da GP represente um prêmio de 142,42%. Em entrevista ao Brazil Journal, o CEO da gestora, Antonio Bonchristiano, disse que os ativos da BR Properties estão subavaliados, o que justifica o valor ofertado.
Os fatos relevantes divulgados pela BR Properties e pela GP para anunciar a OPA confirmam que o preço da oferta, de R$ 1,60, já leva em consideração o impacto da redução de capital e é anterior ao grupamento de ações, na proporção de 40 para 1, que será deliberado na mesma assembleia do dia 24.
Leia Também
Os documentos explicam que a OPA foi acordada entre a GP Investments, por meio da sua subsidiária GPIC, e a THB, sociedade controlada indiretamente por um fundo soberano dos Emirados Árabes, o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA).
A THB é hoje a controladora indireta da BR Properties, pois se trata da principal cotista do fundo GP Capital Partners VI, gerido pela própria GP, que hoje controla a companhia imobiliária, com quase 62% das ações.
No acordo, a GP se compromete a lançar a OPA pelas ações da BR Properties, enquanto a THB se compromete a fazer com que o fundo GP Capital Partners VI venda os seus papéis BRPR3 no contexto da oferta.
Passo a passo para a realização da OPA da BR Properties (BRPR3)
Após a aprovação da redução de capital da BR Properties na assembleia do dia 24, a segunda condição para a realização da OPA, estabelecida no acordo entre a GP e a THB, é a convocação de uma nova assembleia para deliberar sobre a exclusão da cláusula de poison pill do estatuto da companhia (que coíbe a aquisição de participação relevante) e a saída da empresa do Novo Mercado, segmento mais alto de governança corporativa da B3.
O controlador não votará nesta segunda assembleia. A deliberação ficará toda por conta dos minoritários e do segundo acionista mais relevante da empresa, a gestora Vista Capital, que hoje tem cerca de 10% das ações BRPR3.
Caso a BR Properties permaneça no Novo Mercado, a OPA atingirá apenas 74,5% dos papéis, de modo a cumprir o free float mínimo de 25%, obrigatório para este segmento de governança. Caso todos os acionistas queiram vender suas ações, haverá rateio.
Já se a saída do Novo Mercado for aprovada, a oferta pode se estender a 100% das ações BRPR3. Nesse caso, o valor total da oferta será de R$ 742 milhões. Em qualquer uma das hipóteses o valor e as condições de pagamento são os mesmos, e os recursos sairão do caixa da GP.
O futuro da BR Properties
Após vender cerca de 80% do seu portfólio imobiliário para a Brookfield em maio de 2022 por quase R$ 6 bilhões, a BR Properties decidiu reduzir o capital em aproximadamente R$ 2,5 bilhões.
A companhia considera que, diante do cenário macroeconômico difícil para o mercado imobiliário, faltam boas oportunidades de alocação de capital, o que torna o valor excessivo neste momento.
Hoje, a carteira da BR Properties ainda conta com galpões logísticos, além de um fundo imobiliário de escritórios recém-criado, o BRPR Corporate Offices Fundo de Investimento Imobiliário (BROF11).
O processo de redução de capital será feito por meio da distribuição de caixa aos acionistas no valor de R$ 1,27 bilhão, além de cotas do BROF11.
Concluída essa operação, a companhia diminuirá bastante de tamanho, o que faz com que a OPA seja uma alternativa de saída do investimento para os atuais acionistas. Após a oferta, é possível que a BR Properties eventualmente feche o capital e saia da bolsa.
- Este outro investimento de Jorge Paulo Lemann está passando por sérios problemas. Veja quais os próximos passos para as Americanas após a descoberta do rombo bilionário em seu balanço, no Podcast Touros e Ursos com a participação do analista da Empiricus, Fernando Ferrer:
MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa
Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente
A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal
A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão
A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa
O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano
Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista
A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano
Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar
A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3
Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado
A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple
Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25
Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida
Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano
O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda
Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda
De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre
Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal