Pode apostar na gelada: BofA eleva recomendação da Ambev (ABEV3) para compra e ações estão entre as maiores altas do Ibovespa
O banco norte-americano estima que os papéis da cervejeira possam chegar aos R$ 17,50, um avanço de cerca de 17% em relação às cotações atuais

A Ambev (ABEV3) recebeu uma boa notícia nesta segunda-feira (10) — o que aumenta ainda mais a expectativa para o happy hour de sexta-feira. Os analistas do Bank of America (BofA) elevaram a recomendação dos papéis da empresa de bebidas, de neutro para compra, com direito a ajuste para cima no preço-alvo.
O banco norte-americano projeta que os papéis ABEV3 têm potencial para atingir os R$ 17,50, um avanço de cerca de 17% em relação às cotações atuais — as ações da companhia sobem 1% nesta tarde, a R$ 15,00, e aparecem entre as maiores altas do Ibovespa hoje.
O dia, porém, não é dos melhores para a bolsa brasileira. O Ibovespa recua 0,61%, aos 118.179 pontos, de olho na economia chinesa e queda das commodities.
Diversos fatores, locais e externos, devem contribuir para a valorização das ações da Ambev no médio prazo, segundo o BofA. E, como resultado, a companhia deve ter um desempenho de encher o copo — digo, os olhos.
A margem EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na tradução do inglês) da divisão cervejeira deve bater o recorde de 2019 e chegar aos 37,1% em 2024, segundo estimativas do banco.
A queda no preço dos insumos, a crescente força do real contra seus pares internacionais e a melhora das vendas de produtos premium devem ajudar os números da Ambev. O relatório do BofA destaca que a estratégia da empresa no desenvolvimento de um portfólio mais robusto e novos canais de venda devem impactar positivamente a receita.
Leia Também
VEJA TAMBÉM - DÓLAR ABAIXO DOS R$ 4,50? O QUE ESPERAR DO CÂMBIO E SELIC NA RETA FINAL DE 2023
Tudo por uma gelada
O BofA estima que o EBITDA consolidado para 2024 deve aumentar 19% em relação ao resultado deste ano — e a divisão de cervejas brasileiras deve contribuir com 80% da expansão desta linha.
O principal fator por trás desse otimismo não está particularmente ligado ao aumento das vendas; a razão número um é o corte de custos, que devem cair 8,7% por hectolitro em relação a 2023.
Esse corte se deve principalmente à perspectiva de redução de 14% no preço das commodities e um real 2% mais forte no próximo ano. O BofA trabalha com um câmbio a R$ 5,00, segundo o relatório.
Ambev: cerveja brasileira e carne argentina?
Apesar de a combinação ser extremamente agradável ao paladar, nossos vizinhos não devem contribuir com os saborosos cortes portenhos, mas sim com um cenário estável — tendo em vista que parte dos insumos para fabricação de cerveja vem do país.
O BofA estima que a Argentina representará cerca de 8% do EBITDA da Ambev, embora o país continue bastante conturbado. Falando especificamente do que pode afetar a empresa, a taxa de juros por lá é um empecilho para os investimentos no país.
Um bom candidato para resolver essa questão, na visão do mercado, é o atual ministro da Economia, Sérgio Massa.
A eleição de Massa poderia gerar um cenário favorável ao corte dos juros por lá e gerar um impacto positivo na Ambev. O banco estima que, para cada ponto percentual ajustado na taxa de juros da Argentina, o fluxo de caixa descontado deve ser alterado em 0,5%.
E com uma taxa de juros de 97% ao ano, há bastante espaço para cortes — isso, é claro, se as coisas caminharem bem.
Água no chope da Ambev
Um dos riscos destacados pelo BofA que pode afetar o resultado da empresa nos próximos anos são o aumento da carga tributária e o fim dos incentivos fiscais à companhia. Estamos falando do fim das isenções, que poderiam reduzir o retorno por ação em 23% em 2024.
Vale lembrar que a reforma tributária, aprovada na Câmara na semana passada, conta com o Imposto Seletivo, chamado também de “imposto do pecado”, que incide sobre itens que fazem mal à saúde e ao meio ambiente. Entre eles, bebidas alcoólicas.
Os efeitos da nova regra para a cobrança de impostos no Brasil só devem começar em 2026, mas ainda existem algumas pontas soltas no texto que podem antecipar esse cenário.
Por fim, a concorrência também não deve ficar parada. Um estudo recente do BofA mostrou que os brasileiros preferem Heineken entre as cervejas vendidas no país.
E, apesar de não haver um sinal de impacto imediato nos negócios da Ambev, a holandesa pode se beneficiar do espaço deixado após a recuperação judicial do grupo Petrópolis.
BTG Pactual (BPAC11) atinge novo lucro recorde no 1T25 e faz rivais comerem poeira na briga por rentabilidade
Lucro recorde, crescimento sólido e rentabilidade em alta: os números do trimestre superam as previsões e reafirmam a força do banco de investimentos
Ibovespa rompe máxima e garante ganhos no mês: o que o investidor pode esperar para a semana na bolsa
Confira também quais foram os vencedores e perdedores dos últimos cinco dias e como foi o comportamento do dólar no período
Ações da Gol (GOLL4) derretem mais de 30% na B3 após aérea propor aumento de capital bilionário
A aérea anunciou nesta manhã que um novo aumento de capital entre R$ 5,32 bilhões e R$ 19,25 bilhões foi aprovado pelo conselho de administração.
“O Itaú nunca esteve tão preparado para enfrentar desafios”, diz CEO do bancão. É hora de comprar as ações ITUB4 após o balanço forte do 1T25?
Para Milton Maluhy Filho,após o resultado trimestral forte, a expressão da vez é um otimismo cauteloso, especialmente diante de um cenário macroeconômico mais apertado, com juros nas alturas e desaceleração da economia em vista
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza
Itaú (ITUB4) tem lucro quase 14% maior, a R$ 11,1 bilhões, e mantém rentabilidade em alta no 1T25
Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio atingiu a marca de 22,5% no primeiro trimestre; veja os destaques
Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?
Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?
Ambev (ABEV3) tem lucro estável no 1º trimestre e anuncia R$ 2 bilhões em dividendos; ações saltam na B3
Lucro no 1T25 foi de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável na comparação anual e em linha com o consenso de mercado
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?
A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Prio (PRIO3) pode se tornar quarta maior produtora de petróleo do Brasil após aquisição de campos
Entre as maiores produtoras de petróleo do Brasil atualmente estão, pela ordem, Petrobras (2,14 milhão bpd), Shell (358,6 mil bdp) e TotalEnergies (139,5 mil bpd)
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Ibovespa deu uma surra no S&P 500 — e o mês de abril pode ter sido apenas o começo
O desempenho do Ibovespa em abril pode ser um indício de que estamos diante de uma mudança estrutural nos mercados internacionais, com implicações bastante positivas para os ativos brasileiros