Ação de farmacêutica dobra de valor em um dia — e tudo por causa de um acordo bilionário nos EUA
O desempenho robusto dos papéis vem na esteira do anúncio de que a RayzeBio seria comprada pela Bristol Myers por US$ 4,1 bilhões
Enquanto os mercados financeiros voltam a girar as engrenagens após o Natal, o noticiário corporativo esquenta nos Estados Unidos — e tudo por causa de um acordo bilionário no setor de saúde.
Uma ação dobrou de valor durante o pregão desta terça-feira (26) na bolsa de valores norte-americana Nasdaq. A farmacêutica RayzeBio subia 100,85% em Wall Street por volta das 16h, negociada a US$ 61,40.
O desempenho robusto dos papéis vem na esteira do anúncio de que a empresa de “medicamentos radiofarmacêuticos” seria comprada pela Bristol Myers por US$ 4,1 bilhões em dinheiro — equivalente a algo próximo de R$ 19,77 bilhões, nas cotações atuais.
O montante equivale a US$ 62,50 por ação — um prêmio de 104% em relação ao último fechamento —, levando o valor patrimonial de mercado da companhia a US$ 3,6 bilhões. Atualmente, a empresa é avaliada em US$ 3,67 bilhões.
- MELHORES INVESTIMENTOS PARA 2024: Receba o guia completo e gratuito do Seu Dinheiro, com recomendações das maiores casas de análise, bancos e corretoras do Brasil.
Quem são as farmacêuticas envolvidas no negócio bilionário
A RayzeBio é uma farmacêutica líder no segmento de terapia radiofarmacêutica (RPT) para tratar diversos tipos de câncer — e possui um pipeline de programas de desenvolvimento de medicamentos potencialmente pioneiros e melhores da classe de remédios.
Os atuais programas da farmacêutica têm como alvo o tratamento de tumores sólidos, incluindo tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos, câncer do pulmão de pequenas células, carcinoma hepatocelular e outros tipos de câncer.
Leia Também
A companhia está concluindo a construção de uma fábrica interna de última geração em Indiana, nos Estados Unidos, e a produção de medicamentos deverá começar no primeiro semestre de 2024.
“A presença bem estabelecida da Bristol Myers Squibb em oncologia e a profunda experiência no desenvolvimento, comercialização e fabricação de tratamentos em escala global fazem dela o parceiro ideal para a RayzeBio neste momento importante da nossa evolução, Ken Song, MD, CEO e presidente do conselho de administração da RayzeBio.
O objetivo da Bristol Myers com a fusão é reforçar seu negócio de medicamentos contra o câncer.
“Esta transação melhora nosso portfólio cada vez mais diversificado de oncologia, trazendo uma plataforma e um pipeline diferenciados, e fortalece ainda mais nossas oportunidades de crescimento na segunda metade da década e além”, disse o CEO da Bristol Myers Squibb, Christopher Boerner.
“A terapia radiofarmacêutica já está transformando o tratamento do câncer e a RayzeBio está na vanguarda do pioneirismo na aplicação desta nova modalidade. Esperamos apoiar e acelerar os programas pré-clínicos e clínicos da RayzeBio e avançar sua plataforma radiofarmacêutica altamente inovadora.”
Vale destacar que esse é o segundo acordo bilionário da Bristol Myers fechado só nesta semana. Na última sexta-feira (22), a companhia anunciou a compra da desenvolvedora de medicamentos para esquizofrenia Karuna Therapeutics por US$ 14 bilhões.
Os detalhes da compra bilionária
Com o negócio bilionário, a RayzeBio se fundirá com a Bristol Myers.
“Espera-se que a transação seja tratada como uma combinação de negócios e dilua o lucro diluído por ação não-GAAP da Bristol Myers Squibb em aproximadamente US$ 0,13 em 2024”, escreveu a companhia.
De acordo com comunicado à imprensa, a Bristol Myers vai iniciar imediatamente uma oferta pública para adquirir todas as ações ordinárias em circulação da RayzeBio.
O negócio já foi aprovado por unanimidade pelos conselhos de administração da Bristol Myers Squibb e da RayzeBio.
“O Conselho de Administração da RayzeBio recomenda por unanimidade que os acionistas da RayzeBio ofereçam suas ações na oferta pública”, disse a empresa.
A expectativa é que a fusão seja concluída no primeiro semestre de 2024, mas o negócio ainda está sujeito a condições habituais de fechamento, como a oferta pela maioria das ações ordinárias em circulação da RayzeBio.
“Após o fechamento bem-sucedido da oferta pública, a Bristol Myers Squibb adquirirá todas as ações restantes da RayzeBio que não forem oferecidas na oferta pública por meio de uma fusão em segunda etapa ao mesmo preço de US$ 62,50 por ação.”
Segundo a empresa, a Bristol Myers espera financiar a aquisição principalmente com novas emissões de dívida.
*Com informações de CNBC.
Lojas Renner (LREN3) sobe mais de 2% e bancão diz que é a hora de comprar chegou; saiba quanto a ação pode render na sua carteira
O Morgan Stanley deixou de adotar uma posição neutra com relação aos papéis da varejista e agora recomenda a compra; o banco também ajustou o preço-alvo de LREN3
Cruzeiro do Sul (CSED3) e Yudqs (YDUQ3) vão abrir mais de 100 vagas para curso de Medicina no RS e no Pará — ações reagem na B3
As novas vagas representam 6% do portfólio de cada uma das companhias; veja quais faculdades serão contempladas e se vale a pena comprar os papéis
Fundo imobiliário salta mais de 7% na B3 após vitória contra a Receita e evitar multa milionária
O Fisco cobrava quatro tipos de tributos do fundo imobiliário em questão — IRPJ, CSLL, PIS, COFINS —, além de uma multa
B3 volta atrás em revisão do Novo Mercado e desiste de emitir alerta para empresas envolvidas em desastres ambientais e acidente fatal com trabalhador
Em nova proposta para o Novo Mercado, a B3 também desistiu de colocar em revisão o selo do Novo Mercado de empresa com problemas
Um início à moda antiga: Ibovespa reage a serviços em meio ao começo da temporada de balanços nos EUA
Enquanto os números dos serviços saem por aqui, mercado também repercute inflação na porta das fábricas nos EUA
Eneva (ENEV3) levanta R$ 3,2 bilhões em oferta subsequente de ações na B3; veja os detalhes do follow-on
Oferta da Eneva saiu a R$ 14 por ação e foi destinada exclusivamente a investidores profissionais
IPO da Moove cancelado: o que esse episódio ensina para os investidores sobre a compra e a venda de ações?
Se tem uma lição que podemos aprender com a Cosan, controladora da Moove, é que este não é o momento de vender ativos
A ação da Vale (VALE3) voltou a ser uma oportunidade de ganho? Saiba o que muda com o novo CEO no comando
O Goldman Sachs avaliou a sucessão na mineradora após dez dias sob nova gestão e diz se é uma boa opção adquirir os papéis neste momento
BB Asset e JGP unem forças e lançam gestora focada em investimentos sustentáveis; Régia Capital nasce com patrimônio de R$ 5 bilhões
Com produtos de crédito líquido e estruturado, ações, private equity e agronegócio, a estimativa da Régia é atingir R$ 7 bilhões em ativos sob gestão até o fim deste ano
Não está fácil para a Kora Saúde (KRSA3): empresa anuncia reperfilamento de dívidas e convoca assembleia para debenturistas
Se você é titular de debêntures (títulos de dívida) emitidos pela Kora Saúde (KRSA3), fique ligado: companhia convocou assembleia geral para negociação de dívidas
Um “empurrãozinho” para o mercado de ações: China lança mecanismo de swap de 500 bilhões de yuans
Medida vai permitir que empresas de valores mobiliários, fundos e seguros obtenham ativos líquidos para suas compras de ações
Um dos maiores fundos imobiliários da B3 quer captar até R$ 2,5 bilhões na bolsa; saiba mais sobre a oferta do KNCR11
Com mais de 370 mil cotistas e um patrimônio líquido de R$ 7 bilhões, o Kinea Rendimentos Imobiliários já é um dos três maiores fundos imobiliários de papel do Brasil
Crise climática faz pressão nas ações da Rumo (RAIL3) — mas BofA revela por que você ainda deveria estar animado com a gigante de logística
Os analistas mantiveram recomendação de compra para RAIL3, mas reduziram o preço-alvo de R$ 33 para R$ 31 para os próximos 12 meses
Ações da Isa CTEEP (TRPL4) saltam mais de 5% após decisão do STJ de suspender processo de cobrança da Fazenda de São Paulo
“A tentativa de conciliação amigável não significa prejuízo aos direitos da companhia e não altera qualquer decisão judicial vigente ou o atual fluxo de pagamentos”, afirmou a empresa
Dasa (DASA3) fecha venda do negócio de corretagem e consultoria de seguros por até R$ 255 milhões
Com a operação, a Dasa Empresas será transferida para os fundadores originais do Grupo Case Benefícios e Seguros
Vamos ao que interessa: Depois de perder o suporte de 130 mil pontos, Ibovespa tenta recuperação em dia de inflação nos EUA
Além dos números da inflação ao consumidor norte-americano, o Ibovespa também reage hoje aos dados do varejo no Brasil
Em busca de dividendos ou de ganho de capital? Monte uma carteira de investimentos personalizada para o seu perfil de investidor
O que é importante saber na hora de montar uma carteira de investimentos? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar o portfólio ‘ideal’
Mercado Livre (MELI34) tem “bilhões de dólares para conquistar” com receita de mídia nos próximos cinco anos, diz diretor
Na avaliação de Mario Meirelles, diretor sênior do Mercado Ads Brasil, a parceria com players externos, como o Disney+, será essencial para o crescimento da divisão de publicidade
Na nova ‘corrida do ouro’ do varejo, Mercado Livre larga na frente no ‘retail media’, mas as concorrentes brasileiras prometem reagir
O mercado de publicidade é visto como uma nova fonte de receita para o varejo — mas as brasileiras encontram-se ainda muitos passos atrás na busca por território no mercado local
O Brasil está arriscado demais até para quem é grande? Por que a Cosan (CSAN3) desistiu do IPO da Moove, mantendo a seca de ofertas de ações
Na época da divulgação da operação, a unidade de negócios de lubrificantes informou que mirava uma cotação entre US$ 14,50 e US$ 17,50 na oferta, que seria precificada nesta quarta-feira (09)