A hora das small caps chegou? Ações de empresas menores da B3 estão baratas, mas nem todas vão brilhar; veja as favoritas dos analistas
Diante da necessidade de crédito mais barato para expandir, empresas do segmento small caps ainda vão demorar para decolar, mas a queda das ações abriu boas oportunidades; confira as indicações
A bolsa brasileira esteve longe de seus melhores momentos em 2022. Mas se o Ibovespa — principal índice de ações da B3 — ainda conseguiu se salvar com uma pequena alta de 4,69%, o mesmo não se pode dizer das small caps.
Isso porque o índice que reúne as empresas menores da bolsa amargou uma queda da ordem de 15% no ano passado. Diante da desvalorização dos papéis, sempre surge a pergunta: é hora de comprar ou no fundo do poço pode ter um alçapão?
De modo geral as small caps estão baratas, de acordo com os especialistas com quem conversei. Mas isso não significa que está na hora de sair investindo em qualquer ação, mesmo que os preços baixos causem a ilusão de que o estrago não será grande.
Até porque o mar macroeconômico não está para peixe, ainda mais peixes menores como as small caps da bolsa.
VEJA TAMBÉM - A Oi (OIBR3) vai falir? Rombo gigantesco descoberto de novo! Entenda
Juros altos: um duro concorrente para as small caps
Os números podem ser explicados de maneira bem simples: além de concorrer com a renda fixa — e uma Selic de 13,75% torna a concorrência bastante desleal —, essas empresas também precisam ter acesso a crédito barato para crescer. Quanto mais altos os juros, mais difícil para elas avançarem.
- Não sabe onde colocar seu dinheiro em meio a tantas incertezas? Aqui você pode conferir um material exclusivo e gratuito que reúne os investimentos mais promissores e resilientes que devem estar na sua carteira em 2023. CLIQUE PARA CONHECER
"O principal ponto de virada para as small caps está nos juros. Caso o Banco Central reconheça que a pressão inflacionária não vai ganhar tração e que pode começar um ciclo de cortes, aí sim esses papéis podem retomar um ciclo de crescimento", afirma Gabriela Joubert, analista-chefe do Banco Inter.
Leia Também
Diante disso, muitos gestores e analistas preferem ficar longe do setor pelo menos por enquanto. A falta de um horizonte de juros mais baixos deixa mais difícil a tarefa de avaliar a capacidade dessas empresas de atravessar esse período. Logo, é melhor ficar de fora do que perder dinheiro.
"Em termos de preço, a bolsa está barata em qualquer segmento, mas eu prefiro ser cauteloso e, se for o caso, comprar ativos depois a preços mais caros. Pelo menos terei maior clareza de outros aspectos, como o fiscal", afirma Edoardo Biancheri, gestor de ações da Garde.
Quem também prefere adotar cautela neste momento é Werner Roger, sócio-fundador e CIO da Trígono Capital. Ele ainda enxerga oportunidades pontuais em companhias de menor capitalização, mas explica que a pouca liquidez acaba exigindo mais resistência do investidor.
"O custo de oportunidade aumentou, então é preciso saber em qual empresa você vai investir", diz o sócio da Trigono, cujo fundo de small caps Flagship 60 obteve retorno de 6,34% em 2022, com cinco anos consecutivos de resultados positivos e acima do índice SMLL, seu benchmark de referência. Para comparação, a queda do referencial de mercado foi de 15% no ano passado.
Desde seu início, o fundo da gestora tem 233,9% de ganho acumulado, contra 14,6% do SMLL.
De olho na liquidez
E, mais do preço, é preciso também ter conhecimento sobre a liquidez de um ativo, afirma Richard Camargo, analista da Empiricus Research. Caso contrário, você corre o risco de ficar com uma ação ruim nas mãos.
"Quando falamos em empresas de menor capitalização é preciso ter um mercado líquido, senão a pessoa não consegue sair. Tem gestora com posição há mais de 10 anos e não porque há convicção, mas por não conseguir vender", alerta.
O analista também aponta que neste momento de câmbio apreciado e juros que em algum momento terão de iniciar a trajetória de queda, as small caps estão, em geral, com preços bem baixos.
“Elas estão destruídas e amassadas, mas se vão andar ou não, isso depende muito mais do ambiente macroeconômico. Se tivermos um ano bom na bolsa em geral, ele tende a ser bom para as small caps também.”
O que comprar entre as small caps
Se você se inspirou pela frase acima e acha que vale a pena pagar por esse custo de oportunidade, dá sim para fazer algumas escolhas.
Na Trígono Capital, por exemplo, a regra é avaliar empresas com menor exposição aos juros e de preferência expostas ao dólar, um caminho de proteção.
Entre os nomes favoritos da gestora estão a Tupy (TUPY3), que tem boa parte de suas receitas vindas do exterior; além de Metal Leve (LEVE3) e Schulz (SHUL4), ambas voltadas para o setor automotivo e que podem aproveitar o crescimento do segmento de veículos pesados e a renovação de frota.
A equipe de gestão da casa também mantém no radar empresas dos setores de logística, infraestrutura e agrícola, citando a Kepler Weber (KEPL3) como exemplo.
Em sua carta mensal mais recente, a Trígono também cita a Ferbasa (FESA4) e a Unipar (UNIP6) como outras de suas escolhas, acreditando que ambas serão beneficiadas pela demanda aquecida em suas áreas de atuação.
Outros dois nomes citados com frequência no mercado são Petz (PETZ3) e Cury Construtora (CURY3).
No caso da varejista de produtos para animais de estimação, o mercado acredita que ela terá aumento de vendas neste ano, além de um histórico de resiliência.
Em relatório recente, o Bradesco BBI elegeu PETZ3 como um dos papéis para ficar de olho na bolsa, comentando que a empresa está exposta ao “melhor subsetor" de consumo.
Já a Cury chamou atenção do mercado diante dos bons números operacionais e seu forte crescimento, com destaque para a velocidade de vendas e a geração de caixa. A empresa, voltada para o público de menor renda, também deve se beneficiar da retomada de programas de habitação no Brasil, algo dado como certo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as recomendações da Empiricus Research estão nomes como Vivara (VIVA3), que possui uma boa gestão de caixa, bom faturamento e vem ganhando um espaço relevante no mercado com a marca Life by Vivara. Hoje, a empresa é muito elogiada pelos resultados consistentes, suas vantagens competitivas e ganho de escala.
Carteira para fevereiro
Já o BTG Pactual, em sua carteira de recomendações para small caps (BTG SMLL) do mês de fevereiro, recomenda 3R Petroleum (RRRP3), Cury, Santos Brasil (STBP3) e Porto (PSSA3). Foram adicionadas nesta edição Vamos (VAMO3), Smart Fit (SMFT3) e São Martinho (SMTO3).
Para os analistas, a 3R possui fundamentos sólidos e riscos de execução bem equilibrados, justificando a recomendação. No caso da Santos Brasil, o BTG se diz otimista com a empresa e seu forte momento operacional, com bom ambiente de preços e valuation atrativo.
Já a Porto, apesar da pressão vista nos últimos meses, tende a ter resultados melhores nos cálculos da equipe, com melhora da sinistralidade.
No caso da Smart Fit, a recomendação é baseada no posicionamento da rede de academias, que deve aumentar sua participação em toda a América Latina, com ganho de escala e uma tese de investimentos sólida.
Por fim, o BTG também vê uma história mais positiva para a São Martinho nos próximos meses, com diluição dos preços fixos, enquanto os preços dos fertilizantes também recuaram significativamente. Os níveis atuais dos preços do petróleo e do açúcar também ajudam a empresa, que negocia em um mínimo histórico de 6,5x EV/EBIT 2023/24.
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
