A Cemig está mal avaliada? Ações CMIG4 estão entre as maiores altas do Ibovespa e este analista diz se chegou a hora de comprar
As ações preferenciais da Cemig, estatal de energia de Minas Gerais, tiveram sua recomendação elevada e têm potencial de subir cerca de 29% até 2024
A Companhia Estatal de Energia de Minas Gerais, a Cemig (CMIG4), tem chamado a atenção no noticiário principalmente em função da possível privatização, sempre prometida pelo governador mineiro Romeu Zema. Mas, para o JP Morgan, mesmo sem considerar essa possibilidade, os papéis da empresa estão sendo mal precificados pelos agentes do mercado e é hora de comprar.
O banco elevou a recomendação para as ações preferenciais da empresa de neutro para compra, destacando que a Cemig está em um bom momento e tem potencial para entregar melhores resultados financeiros.
As projeções do JP Morgan para o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cemig entre 2023 e 2025 estão entre 5% e 9% acima da média das estimativas do mercado. A expectativa do banco para o lucro por ação também está 16% acima do consenso.
Para reforçar a tese de que as ações estão mal precificadas e têm potencial, o banco ainda usou um indicador chamado Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR, na sigla em inglês) — uma taxa de desconto hipotética, calculada a partir de uma projeção de fluxo de caixa — que costuma ser usada por investidores para indicar se um projeto ou ação vale a pena ou não.
De acordo com o banco, a TIR da Cemig é de 12,2%, uma taxa mais alta do que a média do segmento de energia, que é de 11,6%.
Entre os motivos para o JP Morgan enxergar esse potencial estão:
Leia Também
- a conclusão da revisão tarifária da distribuição em maio;
- ganhos comerciais projetados no negócio de geração e transmissão;
- números mais positivos vindos da Gasmig, a companhia de distribuição de gás mineira, que pertence à Cemig;
- a continuidade de um programa de eficiência na companhia;
- planos de vendas de ativos em curso;
- a melhoria da alocação de capital.
Mais um fator positivo citado é que a Cemig não está exposta ao risco de renovação de concessões pelo governo, “diferentemente de outras companhias integradas do setor, como a Copel”, afirmaram os analistas em relatório.
Ações da Cemig podem subir 29%
Além de elevar a recomendação para a Cemig, o JP Morgan prevê um preço-alvo mais alto para a companhia em 2024, de R$ 16,00, ante preço-alvo de R$ 14,50 ao fim de 2023.
Na terça-feira (29), as ações da Cemig fecharam cotadas a R$ 12,42, o que significa que o potencial de valorização dos papéis é de quase 29% até o ano que vem.
Em torno de 13h12, os papéis preferenciais subiam quase 3%, a R$ 12,74, figurando entre as maiores altas do Ibovespa no pregão de hoje, reagindo bem à elevação de recomendação.
- VEJA TAMBÉM: Essa estratégia tem potencial de gerar até US$ 500 dólares por semana na sua conta; conheça agora
Privatização sai ou não sai?
Apesar de não considerar a possível privatização da Cemig na tese e nos modelos, o JP Morgan também citou que há muita incerteza se vai ser feita e quando.
O governador Zema já deixou claro que quer vender estatais, como a Cemig e a Copasa, e enviou recentemente uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para a Assembleia do Estado de Minas Gerais para eliminar a necessidade de referendo no caso de privatização no estado.
Porém, o momento da aprovação é incerto. A fim de mudar a constituição estadual, 3/5 ou 60% dos deputados estaduais precisam aprovar o projeto.
Outros veículos de imprensa têm afirmado que o governo mineiro espera terminar as privatizações até 2026.
“Não sabemos neste momento quais empresas seriam privatizadas e em que ordem. Prevemos uma alta volatilidade nos fluxos de notícias, em um processo semelhante ao de privatização em curso da Sabesp [companhia de água de São Paulo]”, disseram os analistas.
“Dado que não incluímos a probabilidade de privatização em nossos modelos, vemos a Cemig mais atraente do que Copasa apenas por questão de avaliação e catalisadores internos”, acrescentaram.
SEU DINHEIRO EXPLICA — Dá para pagar uma faculdade de medicina com o Tesouro Educa+? Fizemos as contas para você!
Enquanto a Cemig deve ir bem, a Alupar…
O JP Morgan também mudou sua avaliação sobre a Alupar (ALUP11), mas no sentido oposto ao da Cemig, rebaixando a recomendação de compra para neutro.
Os analistas do banco alegam que a transmissão é atualmente o segmento que menos preferem dentro do setor das concessionárias de energia elétrica, já que o crescimento é limitado e dependente de leilões de energia.
“Mesmo que a Alupar ganhe blocos nos próximos leilões de transmissão, não acreditamos que a criação de valor seria significativa o suficiente para mover esse ponteiro”, disseram.
Outra avaliação, é que a Alupar está atrás de outros pares em termos de dividendos, um fator chave para investir em ações de transmissão.
As empresas preferidas do JP Morgan em energia atualmente são a Copel (CPLE11) e a Auren Energia (AURE3). Já as últimas na fila são AES Brasil, Light, ISA CTEEP e Taesa.
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem