O Dia do Trabalhador de 2023 terá novos motivos para celebração. A partir de 1º de maio, o salário mínimo passará por um novo reajuste, com o piso passando de R$ 1.302 para R$ 1.320, segundo fontes informaram à Reuters e ao Broadcast.
A possibilidade já havia sido levantada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no último domingo (12) e agora foi confirmada pelo Ministério da Fazenda.
Segundo o Broadcast, o anúncio oficial do reajuste acordado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Marinho e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve acontecer nos próximos dias.
Além do novo salário mínimo, o governo deve divulgar um pacote econômico que contará com a revisão da tabela de Imposto de Renda e o programa de renegociação de dívidas batizado de Desenrola.
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Reajuste do salário mínimo
Vale lembrar que o salário mínimo recentemente passou por um aumento proposto ainda no governo de Jair Bolsonaro. Em medida provisória, o ex-presidente havia aprovado uma alta do piso de R$ 1.212 para R$ 1.302, que passou a valer no início de 2023.
Porém, o presidente Lula solicitou à equipe econômica um reajuste salarial maior — e um espaço no Orçamento para incluir essa medida —, na intenção de conceder um aumento real à população.
Em termos simplificados, o aumento real no valor significa que o ganho dos trabalhadores está acima da inflação do período, garantindo o poder de compra dos brasileiros.
Para negociar o novo valor, o governo teve que revisar os gastos deste ano para abrir margem para que o reajuste seja concedido, incluindo a reavaliação dos beneficiários do programa Bolsa Família.
Segundo cálculos da equipe econômica, o aumento do piso salarial deve custar ao governo até R$ 5 bilhões ao ano.
“O salário mínimo está mais fácil de acomodar. Se for dar um aumento em maio para chegar a 1.320 reais, que seria o desejo de todos, seria mais ou menos 5 bilhões de reais”, disse uma das fontes à Reuters.
A posição de Fernando Haddad
A nova medida também ressalta a mudança de posicionamento de Fernando Haddad.
Até pouco tempo, o ministro da Fazenda afirmava que os recursos para elevar outra vez o salário mínimo haviam se esgotado e defendia que o reajuste proposto pelo governo Bolsonaro representava um aumento acima da inflação, de aproximadamente 1,4%.
Desse modo, segundo Haddad, o governo já teria cumprido com a promessa de dar ganho real aos trabalhadores e continuaria com o compromisso nos próximos três anos.
*Com informações de Reuters e Broadcast