Bandeira branca, amor: trégua de Lula com o Banco Central vai mesmo durar?
O presidente baixou o tom das críticas ao BC e ainda ganhou defensores da proposta de aumento da inflação no mercado financeiro. A paz com a Faria Lima vai durar?

Já que estamos em ritmo de Carnaval, nada melhor que evocar uma marchinha, imortalizada na voz de Dalva de Oliveira, para introduzir o tema do podcast Touros e Ursos desta semana. Afinal, Lula enfim ergueu uma bandeira branca de paz ao Banco Central, após sucessivos ataques à autoridade monetária?
O presidente baixou o tom das críticas nos últimos dias, embora não tenha deixado as alfinetadas totalmente de lado. Já o presidente do BC, Roberto Campos Neto, fez acenos ao governo e se mostrou disposto a ir ao Congresso “quantas vezes fosse necessário” para esclarecer como a autarquia define a meta para a taxa Selic.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também sinalizou a tentativa de criar pontes com o mercado financeiro ao falar para uma plateia composta por banqueiros e gestores de grandes fundos em evento promovido pelo BTG Pactual, onde o governo acabou ganhando aliados improváveis para a tese de que a meta de inflação poderia sim aumentar um pouco.
Uma elevação da meta liberaria o BC para baixar a Selic, cujo patamar atual tanto incomoda Lula, mas também a Faria Lima e empresários, sobretudo aqueles que se veem estrangulados por dívidas caras.
Apesar disso, o tema ainda não foi tratado pelo órgão responsável, o Conselho Monetário Nacional (CMN). A entidade, hoje composta por Haddad, Campos Neto e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, teve sua primeira reunião do ano nesta semana, mas o encontro serviu apenas como aproximação inicial para alinhamento entre os integrantes.
Esse diálogo entre governo e mercado representa de fato uma trégua? E ela será duradoura? Eu e Vinícius Pinheiro debatemos isso na mais recente edição do podcast e escolhemos, claro, nossos Touros e Ursos da semana. Para ouvir o programa na íntegra, basta acessar este link.
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