A redenção da bolsa: Ibovespa é o melhor investimento de novembro, com alta de mais de 12%, à frente até do bitcoin; veja ranking
Títulos públicos prefixados completam o pódio, enquanto dólar e ouro aparecem na lanterna; confira os melhores e piores investimentos do mês
Depois de roerem bastante as unhas enquanto assistiam ao desenrolar da política monetária americana, os investidores, tanto no Brasil como no exterior, puderam finalmente suspirar aliviados em novembro.
A inflação nos Estados Unidos deu sinais de trégua, sugerindo que o trabalho do Federal Reserve, o banco central norte-americano, estava finalmente concluído.
Embora o Fed ainda mantenha um tom cauteloso, a expectativa do mercado agora é de que não haja nova altas de juros no atual ciclo de aperto monetário. As apostas majoritárias, inclusive, são de que o banco central dos EUA poderia começar a cortar as taxas já no primeiro semestre de 2024.
Com isso, os juros dos principais títulos do Tesouro americano, os Treasurys, viram um forte alívio em ao longo deste mês, depois de terem chegado a bater a casa dos 5% ao ano.
Isso abriu o apetite ao risco dos investidores, que foram às compras, não apenas em Wall Street, como por aqui também. E, depois de oscilar entre os 110 mil e os 120 mil pontos por meses, o Ibovespa desencantou e terminou novembro perto das máximas do ano, aos 127.331 pontos, uma alta de nada menos que 12,54% no mês.
O principal índice de ações da bolsa brasileiro conseguiu vencer até o mesmo o bitcoin, que vem em boa fase com a perspectiva da aprovação dos fundos de índice (ETFs) de criptomoedas com preço à vista (spot) nos EUA e avanços na regulação.
Leia Também
O principal criptoativo do mundo ficou em segundo lugar no ranking de melhores investimentos de novembro, com alta de 6,54% em reais, aos R$ 185.922,53, e 8,93% em dólar, aos US$ 37.752,30.
Veja a seguir o ranking completo:
Os melhores investimentos de novembro
| Investimento | Rentabilidade no mês | Rentabilidade no ano |
| Ibovespa | 12,54% | 16,04% |
| Bitcoin | 6,54% | 112,77% |
| Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2033 | 3,82% | 22,01% |
| Tesouro Prefixado 2029 | 3,08% | 23,51% |
| Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)* | 2,40% | 8,63% |
| Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | 1,66% | 10,39% |
| Tesouro Prefixado 2026 | 1,56% | 17,54% |
| Tesouro IPCA+ 2029 | 1,03% | - |
| CDI* | 0,92% | 11,99% |
| Tesouro Selic 2026 | 0,91% | - |
| Tesouro Selic 2029 | 0,90% | - |
| IFIX | 0,66% | 10,79% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 | 0,60% | 14,57% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2032 | 0,59% | 12,84% |
| Poupança nova** | 0,55% | 7,42% |
| Poupança antiga** | 0,55% | 7,42% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040 | 0,53% | 13,81% |
| Tesouro IPCA+ 2035 | 0,29% | 13,74% |
| Tesouro IPCA+ 2045 | 0,13% | 17,83% |
| Dólar PTAX | -2,40% | -5,40% |
| Dólar à vista | -2,50% | -6,91% |
| Ouro | -2,85% | -5,03% |
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Inflação mais controlada e queda nos juros americanos favorecem ativos de risco
No início de novembro, a divulgação do índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) do mês de outubro trouxe otimismo aos mercados. O indicador veio estável, abaixo da previsão de alta de 0,1%. No ano, subiu 3,2%, menos que a projeção de 3,3%.
O núcleo do índice também mostrou alívio, com alta de 0,2% na comparação mensal e 4% em termos anuais, abaixo das previsões de 0,3% e 4,1%, respectivamente.
O dado trouxe alívio aos juros dos Treasurys, cuja alta vinha castigando os ativos de risco nos meses anteriores. Com isso, as ações encontraram espaço para se valorizar, e os juros futuros também puderam recuar aqui no Brasil.
ITAÚ, BRADESCO, SANTANDER E BANCO DO BRASIL: EM QUAL 'BANCÃO' BRASILEIRO INVESTIR APÓS O 3T23?
Mas o CPI não é o dado de inflação preferido do Fed. No último dia do mês foi divulgado o índice de preços de gastos pessoais de outubro (PCE, na sigla em inglês), que baliza as decisões do banco central americano.
E o dado coroou o otimismo dos mercados, vindo em linha com as expectativas dos investidores e injetando ainda mais otimismo nas bolsas.
Na renda variável, isso se traduziu não apenas nos ganhos do Ibovespa, como também em um avanço, embora um pouco mais modesto, dos fundos imobiliários. Em Wall Street, o índice Dow Jones terminou o mês em alta de 6,79%, enquanto o S&P 500 avançou 10,95% e o Nasdaq teve ganho de 12,14%.
Melhores desempenhos do Ibovespa em novembro
| Empresa | Código | Variação |
| Magazine Luiza | MGLU3 | 51,88% |
| Marfrig | MRFG3 | 50,46% |
| CSN | CSNA3 | 46,35% |
| CSN Mineração | CMIN3 | 43,20% |
| BRF | BRFS3 | 37,39% |
| Cogna | COGN3 | 34,58% |
| Lojas Renner | LREN3 | 33,52% |
| Totvs | TOTS3 | 31,61% |
| Azul | AZUL4 | 31,13% |
| Natura | NTCO3 | 29,33% |
Piores desempenhos do Ibovespa em novembro
| Empresa | Código | Variação |
| 3R Petroleum | RRRP3 | -7,58% |
| Pão de Açúcar | PCAR3 | -7,46% |
| São Martinho | SMTO3 | -6,57% |
| Cemig | CMIG4 | -5,71% |
| PetroRecôncavo | RECV3 | -4,53% |
| Minerva | BEEF3 | -4,10% |
| PRIO | PRIO3 | -3,71% |
| Raízen | RAIZ4 | 0,55% |
| BB Seguridade | BBSE3 | 1,76% |
| Gerdau | GGBR4 | 2,34% |
Na renda fixa, esse movimento de alívio nos juros americanos favoreceu principalmente os títulos públicos prefixados, que ocupam a terceira posição no ranking dos melhores investimentos do mês.
Com a inflação brasileira já bastante controlada, eles estavam em melhores condições que os títulos indexados ao IPCA para se beneficiar do alívio dos juros futuros.
Mesmo assim, como você pode ver na tabela, os títulos públicos indexados à inflação (Tesouro IPCA+) e os títulos de dívida privada (debêntures) também se valorizaram no mês.
Lembre-se de que títulos de renda fixa prefixados e indexados à inflação tendem a se valorizar quando os juros futuros caem (e consequentemente as suas remunerações) e a se desvalorizar quando os juros futuros sobem.
No que diz respeito aos juros, no lado doméstico, a balança fiscal pendeu mais para o lado favorável que para o desfavorável.
Embora tenha havido ruídos em torno da manutenção ou não da meta de déficit fiscal zero no ano que vem, dois avanços importantes foram feitos em novembro: a muito aguardada aprovação da reforma tributária pelo Senado e a aprovação, pelo Congresso, das mudanças na tributação de fundos exclusivos e offshores, apelidada de "taxação dos super-ricos", com vistas a aumentar a arrecadação.
Dólar e ouro em queda
Com o alívio nos juros americanos, o dólar teve espaço para se desvalorizar tanto perante o real quanto ante seus pares mais fortes, num movimento global. Com isso, a moeda americana terminou novembro em queda de 2,50%, a R$ 4,9152, na cotação à vista, e em baixa de 2,40%, a R$ 4,9355, na cotação PTAX.
Nesse contexto, o ouro até teve espaço para se valorizar internacionalmente, uma vez que o metal precioso ganha atratividade em tempos de incertezas geopolíticas e conflitos globais, mas também de juros americanos mais baixos, uma vez que a commodity em si não paga rendimentos.
Porém, o enfraquecimento do dólar acabou levando o desempenho do ouro em reais a ficar negativo em novembro, uma vez que o metal é cotado na moeda americana.
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores
Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania
Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano
No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027
