Em viagem à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se empenhado em trazer investimentos para os leilões de transmissão de energia marcados para este ano. Ou seja, empresas como a Taesa (TAEE11), Eletrobras (ELET3) e Alupar (ALUP11) podem ter a vida mais dura para arrematar os contratos, que podem somar R$ 50 bilhões.
Em seu primeiro compromisso do dia, Lula reuniu-se em Pequim com o presidente da empresa de energia elétrica State Grid, Zhang Zhigang.
Lula reforçou a importância dos investimentos chineses no Brasil, e a expectativa é de que a companhia participe de leilões de transmissão de energia. O primeiro deles deve acontecer em junho. A State Grid controla a CPFL no Brasil, além de 19 concessionárias e linhas de transmissão em 14 Estados.
Na China, a State Grid está presente em 88% do território do país e presta serviços para mais de 1 bilhão de pessoas.
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Ações da Taesa
Nesta semana, as ações da Taesa reagiram em queda na B3 à notícia de que a companhia prepara uma oferta de ações que pode atingir R$ 2 bilhões. Isso porque há o receio de uma diluição na base acionária da empresa, uma das principais pagadoras de dividendos da bolsa.
O objetivo seria justamente reforçar o balanço para participar dos próximos leilões de transmissão. A Taesa não confirmou a informação sobre a oferta de ações, mas já manifestou interesse em entrar nos leilões.
A Taesa, aliás, não é a única empresa de olho nos contratos. A recém-privatizada Eletrobras também já colocou os leilões de transmissão como uma das prioridades do ano.
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Energias renováveis
De volta ao encontro de Lula com a State Grid, o presidente ressaltou ainda o foco do governo brasileiro em investimentos em energias renováveis e na ampliação da rede de transmissão, integrando projetos de geração éolica e solar com a rede convencional.
"Nós não queremos ser vendedores de empresas. Nós queremos construir, com parcerias, as coisas que precisam ser feitas no Brasil", afirmou Lula ao executivo chinês, de acordo com um comunicado oficial.
O encontro também contou com ministros e governadores que integram a comitiva brasileira.
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*Com informações do Estadão Conteúdo