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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

MARKET MAKERS #40

Limite para gastos é principal trunfo do arcabouço fiscal, o resto é “bobagem”, diz Kapitalo

No episódio #40 do Market Makers, três gestores e sócios da Kapitalo, Bruno Cordeiro, Carlos Woelz e Nuno Sampaio, contam as projeções para o cenário doméstico

Camille Lima
Camille Lima
14 de abril de 2023
18:21 - atualizado às 18:28
Carlos Woelz, sócio-fundador da Kapitalo Investimentos
Carlos Woelz, sócio-fundador da Kapitalo Investimentos - Imagem: Divulgação/Santander

O arcabouço fiscal e as intensas brigas entre o governo Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foram foco dos noticiários da economia nos últimos meses. A incerteza no campo doméstico ainda afetou as visões do mercado financeiro para investimentos na bolsa de valores brasileira, a B3.

Isso porque há muito ruído envolvendo o cenário local — e muitos motivos para ficar pessimista para além do curto prazo, segundo a Kapitalo Investimentos.

Fundada em 2009, a Kapitalo é atualmente uma das principais gestoras independentes do Brasil, com R$ 30 bilhões em ativos sob gestão espalhados em 13 estratégias diferentes, e foi a protagonista do episódio #40 do Market Makers.

A nova edição do bate-papo conta com a presença dos três gestores e sócios da empresa, Bruno Cordeiro, Carlos Woelz e Nuno Sampaio.

Um dos fundadores da Kapitalo, Carlos Woelz hoje comanda quatro estratégias, incluindo gestão macroeconômica de Brasil e internacional. Na visão do gestor, existem pontos positivos e negativos acerca da regra fiscal proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Eu acho que o teto de gastos no nível que foi anunciado é muito bom, em 2,5% [de crescimento ao ano]. Acho que o mercado tem muito medo de uma explosão de gastos, então qualquer tipo de teto é muito bom, então eu entendo porque o mercado está reagindo de maneira relativamente positiva à restrição”, afirma Woelz.

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Porém, exceto pela limitação do crescimento dos gastos ao ano, o sócio da Kapitalovê um tremor fiscal e medidas que teriam efeito apenas no longo prazo. “O resto do arcabouço fiscal é meio bobagem”, disse Carlos. As regras fiscais no Brasil não duram muito tempo.”

“Eu acho que não vale nada o arcabouço se, na primeira desaceleração [econômica], ele vai ser rasgado. [...] Acredito que o teto de gasto é mais um piso de gastos do que um teto de gastos. Qualquer chacoalho [da economia], vai ter regra por fora.” 

Para Bruno Cordeiro, a redução dos juros e a velocidade dos cortes vai depender da “reação do governo, que a gente não sabe quão histérico vai ficar ao enxergar uma desaceleração [econômica]”.

Confira aqui a conversa na íntegra:

O Brasil e o arcabouço fiscal

Enquanto isso, o gestor Nuno Sampaio, que cuida da área de macroeconomia internacional enxerga o cenário atual em um momento “pró-cíclico”.

“Se as condições, tanto globais quanto internas, forem boas, aumenta a chance do arcabouço fiscal ser preservado, diminui a pressão por gastos e a gente tem uma chance maior de navegar e chegar na próxima eleição numa fotografia boa. Mas, se o cenário for ruim, aí é o contrário. As chances da gente chegar numa fotografia não é tão boa.”

Na visão de Woelz, no ano passado, o mercado erradamente percebia o crédito privado como sem risco. “Houve uma captação absurda para instrumentos privados no segundo semestre do ano passado”.

“Agora, com a Americanas, as pessoas viram o risco que tinha e agora eu acho até que estão superestimando o risco, na margem. A conversa mudou totalmente de lado, de um lado de ‘não tem risco nenhum’ para ‘a Americanas muda tudo’”, afirma.

Em conversa com os apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago, o sócio da Kapitalo avaliou ainda a possibilidade de uma recessão brasileira. “Discutir uma desaceleração no Brasil é mais do que uma necessidade, é uma obrigação.”

Woelz é pessimista na avaliação do Brasil e acredita que “a gente vai reagir a esse cenário, em termos de políticas, de maneira bem ruim”.

Porém, apesar da visão mais negativa para a cena doméstica, Woelz enxerga o Brasil “muito barato”.

“A bolsa brasileira está numa das pouquíssimas vezes que, como a gente teve um aumento muito significativo de juro real, tem prêmio em relação à renda fixa”, conta. “Hoje, o valor esperado de você comprar a bolsa brasileira é um dos maiores que eu já vi.”

Quer saber o porquê de o gestor não estar comprado em bolsa brasileira apesar do desconto? Veja aqui a conversa completa:

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