Inflação persistente, juros altos e recessão — nada disso preocupa os investidores endinheirados. Saiba o que está tirando o sono dos ricaços nos EUA
Pesquisa da Janus Handerson Investor mostra que 69% da Geração Silenciosa (75 anos ou mais) e 37% dos Millennials (25 a 40 anos) estão muito preocupados com um evento em 2024; descubra qual

Alta de juros nos EUA, inflação persistente, risco de recessão na maior economia do mundo — essas questões vêm dominando o noticiário financeiro neste ano, mas não é nenhuma delas que tira o sono dos investidores mais abastados, e sim a eleição presidencial norte-americana prevista para 2024.
Segundo pesquisa da Janus Handerson Investors, feita com mil investidores com US$ 250 mil ou mais em ativos financeiros, 49% deles estão muito preocupados com o impacto que a eleição presidencial dos EUA terá nas finanças.
A inflação persistente, por sua vez, causa grande preocupação em apenas 35% deles, seguida pelo risco de recessão (29%), aumento das taxas de juros (27%) e desempenho fraco do mercado de ações (20%).
Não é surpreendente que os investidores estejam temerosos às vésperas de um ano eleitoral potencialmente conturbado e com um cenário incerto de taxas de juros e economia.
Nesse sentido, os membros da chamada Geração Silenciosa (75 anos ou mais) se mostram mais preocupados com a eleição presidencial dos EUA de 2024 do que os Millennials (25 a 40 anos). Enquanto 69% da população mais velha se mostra inquieta diante da eleição, apenas 37% dos jovens compartilham desse sentimento.
Para o Chefe do Grupo de Consultoria Especializada da Janus Henderson Investors, Matt Sommer, mesmo que os investidores estejam com um pé atrás em relação à eleição dos EUA, historicamente, os resultados não têm sido motivo para pular fora dos mercados de capitais.
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"De fato, olhando para o S&P 500 de 1937 a 2022, o retorno anual médio foi de 9,9% nos anos de eleição presidencial e de 12,5% nos anos sem eleição", disse Sommer.
Gestão ativa ganha espaço entre os investidores
De acordo com a pesquisa, a demanda por gestão ativa e educação financeira tem crescido à medida que os investidores têm sentido que investir se tornou mais desafiador (71%) e que o custo de vida está subindo mais rapidamente do que seus investimentos e renda (61%).
Dos entrevistados que possuem fundos mútuos ou ETFs, 66% visam fundos ativos em seu portfólio. Em contrapartida, apenas 17% preferem ter principalmente fundos passivos.
Essa predileção pela gestão ativa está ligada à presença de um consultor financeiro. Em comparação aos 18% dos investidores que não possuem um consultor financeiro, 34% dos que contam com o auxílio de um consultor preferem fundos ativos.
"Com a perspectiva de taxas de juros mais altas por mais tempo lançando uma sombra sobre o crescimento econômico futuro, os investidores estão cada vez mais se voltando para a gestão ativa para mitigar riscos em suas carteiras e diferenciar entre boas e más empresas à medida que custos de capital mais altos criam novos desafios competitivos", afirmou Sommer.
A pesquisa constatou ainda que o apetite dos investidores para melhorar seu conhecimento financeiro é forte independentemente da geração, 86% dos investidores estão muito ou ao menos um pouco interessados em aumentar seu conhecimento financeiro.
Proximidade com os clientes
A pesquisa mostrou ainda que 65% dos investidores que trabalham com um consultor financeiro se mostram muito satisfeitos com a qualidade do relacionamento, 33% estão um pouco satisfeitos e somente 2% estão insatisfeitos.
Entre as formas com que os investidores se comunicaram com os seus assessores nos últimos seis meses, telefone é a mais usual (68%), seguida por pessoalmente (54%) e e-mail (53%).
Videoconferência é utilizada apenas por 28% dos investidores, no entanto, 52% afirmam que se sentiriam confortáveis usando a tecnologia para entrar em contato com o seu assessor financeiro.
"À medida que a videoconferência se torna mais enraizada em nossas vidas cotidianas, as barreiras geográficas estão diminuindo, proporcionando aos assessores a oportunidade de acessar um círculo muito mais amplo de amigos, familiares, empreendedores e profissionais bem-sucedidos como clientes em potencial ou fontes de indicação", disse Sommer.
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