Disney quer Bob Iger no comando por mais tempo — enquanto Hollywood se prepara para greve dupla de atores e roteiristas
Desde o início de maio, os chãos de Hollywood sofrem tremores devido à greve dos roteiristas — e uma potencial paralisação dos atores deve causar novos abalos

Enquanto Hollywood se prepara para novos abalos no entretenimento com uma potencial greve dos atores, a Disney decidiu estender o reinado de Bob Iger nos castelos encantados da Flórida.
O CEO foi contratado para um mandato de apenas dois anos, mas concordou em atuar na função pelo dobro de tempo, até 2026.
Segundo o comunicado, a extensão do comando de Iger dá continuidade à liderança durante a “transformação em curso da empresa”.
Vale lembrar que o executivo foi recontratado depois que a dona do Mickey passou a entregar resultados financeiros cada vez mais abaixo das expectativas do mercado sob o comando de Bob Chapek.
De acordo com a empresa, a permanência do CEO no controle dá mais tempo para a gigante do entretenimento executar um plano de transição para a sucessão do executivo, “que continua sendo uma prioridade para o conselho”.
“Bob mais uma vez colocou a Disney no caminho estratégico certo para a criação contínua de valor e, para garantir a conclusão bem-sucedida dessa transformação e, ao mesmo tempo, permitir tempo suficiente para posicionar um novo CEO para o sucesso a longo prazo, o Conselho determinou que está no interesse dos acionistas em estender seu mandato”, disse Mark G. Parker, presidente da The Walt Disney Company.
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De acordo com nota de Bob Iger, o CEO analisou praticamente todas as facetas dos negócios para entender as oportunidades e os desafios enfrentados no ambiente econômico mais amplo e nas mudanças na indústria.
“No meu primeiro dia de volta, começamos a tomar decisões importantes e às vezes difíceis para resolver alguns problemas estruturais e de eficiência existentes”, escreveu Iger.
“Há mais a realizar antes que esse trabalho transformador seja concluído e, como quero garantir que a Disney esteja fortemente posicionada quando meu sucessor assumir o comando, concordei com o pedido do Conselho de permanecer como CEO por mais dois anos.”
O retorno de Bob Iger à Disney
Robert ‘Bob’ Iger voltou à chefia da Disney em novembro de 2022, depois de ter atuado como CEO e presidente do conglomerado por 15 anos, entre 2005 e 2020, e depois como presidente executivo e presidente do conselho até 2021.
O executivo retornou à gigante do entretenimento após a perda de popularidade do até então CEO Bob Chapek. A intenção era que Iger ficasse à frente da Disney por dois anos, até 2024, para “definir a direção estratégica para um crescimento renovado”.
Chapek foi nomeado CEO da empresa em fevereiro de 2020. Depois de ver a empresa entregar um balanço aquém das expectativas, o executivo planejou um congelamento de contratações, cortes de custos e demissões em toda a empresa.
As medidas iam na contramão da chefia do antigo presidente-executivo, Bob Iger. Em março de 2020, os executivos se desentenderam — e Chapek decidiu distanciar-se de Iger nas decisões sobre o futuro da companhia.
Para além dos terrenos mágicos de Orlando
Desde o início de maio, os chãos de Hollywood sofrem tremores devido à greve dos roteiristas — e uma potencial paralisação dos atores deve causar novos abalos sísmicos na Calçada da Fama.
Dezenas de milhares de atores de Hollywood se preparam para greve nesta quinta-feira depois que as negociações entre o sindicato SAG-AFTRA e gigantes do streaming foram interrompidas.
O sindicato representa 160 mil atores, além de dançarinos, DJs, cantores, dublês, dubladores e outros profissionais de mídia, e conta com o apoio de celebridades como Meryl Streep e Jennifer Lawrence.
Vale destacar que os roteiristas estão em greve há vários meses devido a diferenças salariais e condições de trabalho em estúdios de gigantes do streaming, como Disney, Netflix e Paramount.
Essa é a primeira vez em mais de 60 anos — isto é, desde 1960 — que Hollywood não sofre um "golpe duplo" de atores e roteiristas.
A paralisação simultânea pode resultar em uma paralisação de quase todas as produções de cinema e TV dos Estados Unidos.
Além disso, espera-se que a greve dupla de roteiristas e atores cause sérias perturbações na indústria, com efeitos em cascata para outros trabalhadores e para a economia de Los Angeles.
Se os membros do SAG-AFTRA entrarem em greve, qualquer produção de filme, série ou TV que ainda não tenha sido interrompida pela greve dos roteiristas será encerrada.
Os pedidos antes da greve dos atores de Hollywood
O SAG-AFTRA concordou com uma extensão das negociações com os principais estúdios, mas não conseguiu chegar a um acordo sobre questões sobre salários residuais e o uso de inteligência artificial.
Depois do fim do prazo, encerrado à meia-noite desta quarta-feira (12), o comitê de negociação do sindicato votou unanimemente para recomendar a greve dos atores ao seu conselho.
Os atores buscavam uma divisão mais justa dos lucros nas empresas de streaming e uma garantia de que inteligência artificial não seria usada para substituir as funções desempenhadas pelos atores.
Entre os pedidos, também estavam melhores salários, condições de trabalho e benefícios de saúde e aposentadoria.
"Não estamos confiantes de que os empregadores tenham qualquer intenção de negociar um acordo", disse o comitê após o fim do prazo. "O tempo está se esgotando.”
Por sua vez, o grupo que representa os estúdios, a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), disse estar "decepcionado" com o fracasso das negociações.
A AMPTP representa companhias como Amazon, Apple, Disney, NBCUniversal, Netflix, Paramount, Sony e Warner Bros. Discovery.
“Ao fazer isso, [o sindicato] rejeitou nossa oferta de aumentos históricos e residuais, limites substancialmente mais altos para pensões e contribuições de saúde, proteções de audição, períodos de opção de série reduzidos, uma proposta inovadora de IA que protege as semelhanças digitais dos atores e muito mais."
Até Oppenheimer impactado pela greve dos atores
A greve dos atores também pode se estender para o Reino Unido e outros países onde membros do sindicato interino atuam em sets de filmagem.
Com isso, celebridades estariam impedidas de promover alguns dos maiores lançamentos do ano — inclusive Oppenheimer.
Segundo a revista Variety, a première do filme foi antecipada em uma hora para que estrelas do elenco como Robert Downey Jr, Emily Blunt e Matt Damon pudessem comparecer sem quebrar o prazo do sindicato para uma decisão sobre greve.
Uma paralisação ainda pode excluí-los da grande estreia do filme nos Estados Unidos na segunda-feira.
Outros grandes eventos de cinema e TV, como a Comic-Con em San Diego, também podem ser limitados.
Por sua vez, a greve também pode atrasar a premiação do Emmy até o ano que vem.
*Com informações de BBC, CNBC e The Guardian
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