🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Stanley Druckenmiller alerta investidores para crise nos EUA; entenda o que um dos maiores traders da atualidade espera para 2024

Stanley Druckenmiller aponta risco sobre situação fiscal dos EUA há mais de dez anos e prevê “quebradeira” para a economia

7 de novembro de 2023
15:01 - atualizado às 14:47
Dólar desfocado mostrando a inflação dos Estados Unidos
Imagem: Shutterstock

Stanley Druckenmiller é um dos investidores mais bem-sucedidos da nossa geração.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele é conhecido por ter administrado um fundo de George Soros, onde - com a ajuda desse megainvestidor - fez um trade memorável.

Ele lucrou cerca de 1 bilhão de dólares em poucos dias, e fez Soros passar a ser conhecido como o “homem que quebrou o Banco da Inglaterra” - escrevemos sobre esse trade aqui.

Em 1986, abriu sua própria gestora, a Duquesne Capital Management, e entregou 30% de retorno ao ano desde a fundação - chegando a administrar 12 bilhões de dólares.

Então, Druckenmiller converteu o fundo e a gestora em seu family office em 2010. Hoje, ele administra seu próprio dinheiro na Duquesne Family Office.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Num cenário atual tão incerto de taxas de juros americanas em patamares não vistos em mais de uma década e grandes tensões geopolíticas no mundo, Stanley Druckenmiller foi entrevistado na semana passada.

Leia Também

A entrevista foi feita por ninguém menos que Paul Tudor Jones - outro trader lendário do mundo da gestão de investimentos - e Druckenmiller pôde discorrer sobre o mundo e sobre suas maiores convicções no momento.

Quando ele para pra falar, nós paramos para ouvir e o resultado é esse resumo que fizemos dos principais tópicos abordados na conversa que você pode conferir abaixo:

O grave problema fiscal americano

Um dos grandes receios de mercado que tem contribuído para a alta dos juros das treasuries americanas é a situação fiscal dos Estados Unidos, com endividamento e déficits crescentes. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Druckenmiller alerta sobre esse risco há mais de dez anos, quando ele percebeu que sua geração de “baby boomers” iria se aposentar entre os anos de 2020 e 2035, sobrando menos pessoas produzindo e pagando impostos.

Para ele, inevitavelmente que sem nenhuma reforma relevante, quando mais pessoas recebem benefícios do governo sendo bancadas por menos pessoas, o déficit público deveria aumentar.  

O que ele não previu e só contribuiu para piorar a situação foi a falta de disciplina fiscal nos governos Trump - em que o déficit público passou de um trilhão de dólares - e Biden - no qual o déficit mais que triplicou após os generosos estímulos depois da pandemia. 

“Os EUA só estão conseguindo financiar esses gastos porque a sua moeda, o dólar, continua sendo a reserva de valor internacional", explica o investidor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"[...] As grandes ofertas de treasuries americanos para buscar esse financiamento, somada a uma inflação galopante levaram  os juros aos patamares que estamos vendo hoje”, revela.

VEJA TAMBÉM: Onde investir em novembro: ações, dividendos, FIIs, BDRs, criptomoedas - Veja indicações gratuitas

O que esperar para a frente

“Os efeitos dos juros mais altos ainda não foram sentidos na economia, pois quando os juros estavam próximos de zero as empresas e famílias se financiaram com dívidas de baixo custo e vencimento longo", afirmou.

"Ou seja, vai levar um tempo até o custo de suas dívidas aumentar (quando elas tiverem que se refinanciar)".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Por outro lado, o Tesouro americano foi o único que não aproveitou os períodos de bonança para se financiar a baixo custo, numa das maiores tragédias de gestão do Tesouro”, completou Druckenmiller.

Apesar desse efeito diluído no tempo, a alta de juros é assustadora: se em 2033 toda a dívida pública fosse financiada com os juros de hoje, só o pagamento dos juros seria equivalente a 4,5% do PIB americano.

Em 2043, este percentual subiria para 7% do PIB, mais que todas as despesas discricionárias do governo.

Para que os EUA mantenham sua credibilidade, esses números mostram a urgência de uma ampla reforma fiscal no país.

Além disso, boa parte das empresas deve se refinanciar com juros mais altos até 2026, as novas hipotecas das famílias estão sendo financiadas a uma taxa de 8%, contra uma média atual de 3,6%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Stanley Druckenmiller recomenda que o investidor se prepare, pois acredita que no próximo ano terá “quebradeira” na economia, e se não em 2024, então em 2025.

O impacto das eleições nos EUA

As eleições para a presidência do país aumentam ainda mais os riscos.

Druckenmiller acredita que, caso Trump seja o vencedor, os gastos públicos vão acelerar ainda mais e um “fantoche” do presidente deve comandar o Fed, instituição que o republicano enxerga com desdém. 

Neste cenário, ele não descarta uma inflação próxima de 10%, a qual poderia carregar consequências terríveis no mundo todo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caso o vencedor seja outro republicano ou Biden, o estímulo fiscal vai ser menor e a conta vai ser paga com alguma recessão, o que pode inclusive trazer a deflação.

Como Druckenmiller está se posicionando neste cenário

Diferentemente dos acadêmicos que estão caracterizando a subida de juros como um prêmio de risco, ele acha que o movimento recente foi apenas uma normalização.

Isso porque as pessoas continuam acostumadas com os tempos de Quantitative Easing (programa de afrouxamento monetário após 2008) e uma inflação de 2%. 

“Taxas de juros na casa 5% eram perfeitamente normais antes do QE. Se a inflação se estabelecer acima disso em 3%, é razoável imaginar juros entre 5% e 6%”, explicou Druckenmiller.   

Em relação à bolsa, ele está pessimista. O S&P500 está negociando a um múltiplo de 20x preço/lucro, comparado a uma média histórica antes do QE de 15x.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, a assimetria de estar comprado no mercado de ações não é boa, dado que elas não estão baratas.

Além disso, ainda há riscos relevantes no horizonte: irresponsabilidade fiscal, problemas na cadeia de suprimentos e a pior situação geopolítica que Druckenmiller viu na sua vida - ele não duvida de uma terceira guerra mundial.

Como ele acredita que algo deve quebrar com os juros mais altos, ele está ‘aplicado’ em títulos de 2 anos apostando que o juros curtos vão cair.

Mas está ‘tomado’ em títulos de 30 anos por ter essa visão estrutural negativa de longo prazo para a economia americana - acreditando que os juros longos ficaram altos por mais tempo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O impacto da avaliação de Druckenmiller para o investidor nacional

Para o investidor brasileiro, é interessante ouvir que países como os EUA têm problemas como os que vemos no Brasil, ainda mais quando abordados por um investidor americano deste calibre.

É importante se preparar sempre para o pior cenário.

É por isso que na Carteira Market Makers focamos em comprar empresas baratas com balanços saudáveis e fundamentos sólidos de longo prazo, das quais queremos ser sócios e enxergamos elevada margem de segurança, faça chuva ou faça sol.

Um abraço,
Matheus Soares

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

A Vale brilhou em 2025, mas se o alerta dessas mineradoras estiver certo, VALE3 pode ser um dos destaques da década

19 de dezembro de 2025 - 6:08

Se as projeções da Rio Tinto estiverem corretas, a virada da década pode começar a mostrar uma mudança estrutural no balanço entre oferta e demanda, e os preços do minério já parecem ter começado a precificar isso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As vantagens da holding familiar para organizar a herança, a inflação nos EUA e o que mais afeta os mercados hoje

18 de dezembro de 2025 - 8:55

Pagar menos impostos e dividir os bens ainda em vida são algumas vantagens de organizar o patrimônio em uma holding. E não é só para os ricaços: veja os custos, as diferenças e se faz sentido para você

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…

17 de dezembro de 2025 - 20:00

Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje

17 de dezembro de 2025 - 8:38

Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

16 de dezembro de 2025 - 8:23

Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?

16 de dezembro de 2025 - 7:13

Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg

15 de dezembro de 2025 - 19:55

O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje

15 de dezembro de 2025 - 7:47

O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026

VISÃO 360

Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

14 de dezembro de 2025 - 8:00

Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações

12 de dezembro de 2025 - 8:26

Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas

SEXTOU COM O RUY

Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas

12 de dezembro de 2025 - 6:07

O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje

11 de dezembro de 2025 - 8:23

A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…

10 de dezembro de 2025 - 19:46

Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje

10 de dezembro de 2025 - 8:10

Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar