Rodolfo Amstalden: O último leitor
Na transição, Haddad era tido como apenas outro dentre tantos inimigos do mercado. Hoje fica claro que temos um ministro da Fazenda devidamente letrado.

"Minha mãe diz que ler é pensar" - Sofia disse.
"Não que nós lemos e depois pensamos,
mas sim que pensamos em alguma coisa e
depois acabamos lendo isso em um livro,
como se tivesse sido escrito por nós mesmos."
(Alvo Noturno - Ricardo Piglia)
Paulo Guedes afirma ter lido a Teoria Geral de Keynes três vezes, “no original”, antes mesmo de chegar a Chicago.
Já o presidente Lula parece não perder tempo com banalidades: “livros de Economia estão superados”.
Entre ler três vezes e não ler nenhuma, continuo sonhando com um político que tenha lido Keynes uma única vez, e entendido o que leu.
Pode ser na versão traduzida para o Português, ou na versão em quadrinhos. O que importa mesmo é entender a parada.
A despeito de seu G maiúsculo para os Gastos do Governo, Keynes era um grande fã da responsabilidade fiscal.
Leia Também
Ele não era nada vingativo. Ao contrário, foi um dos primeiros a alertar sobre as punições extremas contra a Alemanha depois da 1ª Guerra.
Ainda mais importante do que isso, ele respeitava as reações do mercado como um guia prático – embora nem sempre lúcido – para julgar as decisões de política econômica.
Keynes era um exímio investidor, e ganhou dinheiro de verdade na Bolsa de Londres, sem vergonha de ser feliz.
Poderia ter ensinado algumas lições preciosas aos ditos "keynesianos" que o sucederam de maneira não autorizada. Mas, se não ensinou em vida, ainda pode ensinar depois de morto.
Nos últimos 50 anos, o mainstream do conhecimento econômico tornou-se bastante acessível a todos nós, de Keynes a Friedman, de Volcker a Bernanke.
Está aí para quem deseja aprender.
Dizem as más línguas que Haddad assumiu a Fazenda sabendo menos que os calouros de Economia da UFRJ.
- Já sabe como declarar seus investimentos no Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro elaborou um guia exclusivo onde você confere as particularidades de cada ativo para não errar em nada na hora de se acertar com a Receita. Clique aqui para baixar o material gratuito.
Dizem as boas línguas que ele tem demonstrado um grande interesse, bom senso e – coisa raríssima – gosta de trabalhar; nisso se parece com o Meirelles.
Sabemos das brigas & disputas dentro partido, do fogo amigo contra Haddad, mas é difícil concordar com uma precificação de mercado que considera esse cenário pior do que o da transição.
Na transição, Haddad era tido como apenas outro dentre tantos inimigos do mercado, meio estilo Mercadante.
Hoje fica claro que temos um ministro da Fazenda devidamente letrado, capaz de entender o que lê.
Se as opiniões dele vão predominar, veremos.
Seu arcabouço fiscal ficou para abril.
É uma derrota se pensarmos que não convenceu ainda a todos, perdeu o timing do Copom de março.
É uma vitória se lembrarmos que, até pouco tempo atrás, não havia qualquer coisa parecida com uma nova regra fiscal.
Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell
Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa
Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar
Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?
Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)
Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas
Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã
Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo
É tempo de festa junina para os FIIs
Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado
Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã
Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil
Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos
É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente.
Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã
Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos
Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar
Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?
Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego
Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra
Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF
Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7
Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros
Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina
Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?
Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas
17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar
Desdobramentos do conflito que começou na sexta-feira (13) segue ditando o humor dos mercados, em semana de Super Quarta
Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal
Mercados globais operam em queda, com ouro e petróleo em alta com aumento da aversão ao risco
Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?
Se fosse para colocar o meu suado dinheirinho na fabricante do Labubu ou na mineradora, escolho aquela cujas ações, no longo prazo, acompanham o fundamento da empresa
Novo pacote, velhos vícios: arrecadar, arrecadar, arrecadar
O episódio do IOF não é a raiz do problema, mas apenas mais uma manifestação dos sintomas de uma doença crônica
Bradesco acerta na hora de virar o disco, governo insiste no aumento de impostos e o que mais embala o ritmo dos mercados hoje
Investidores avaliam as medidas econômicas publicadas pelo governo na noite de quarta e aguardam detalhes do acordo entre EUA e China
Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua
Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio
Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria
Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências