Rodolfo Amstalden: Estamos ansiosos para mudar de assunto
Nos últimos 12 meses, debatemos apenas política e fiscal. Quando podemos voltar a falar de empresas, a Americanas vira tema dominante

Fazia um bom tempo que não falávamos de empresas.
Passamos os últimos doze meses debatendo política e rombos fiscais, tanto no pré quanto no pós eleições.
Para o investidor de Bolsa, isso costuma ser um mau sinal - assim como, para o torcedor, é um mau sinal quando o juiz, o bandeirinha ou o cartola roubam o protagonismo que cabe aos jogadores e, eventualmente, ao técnico.
Mas veja só que azar: justo quando estávamos prontos para voltar a falar de empresas, fomos obrigados a falar da empresa errada, pelo motivo errado.
Poderíamos começar o ano abrindo a pauta sobre mais uma rodada de resultados resilientes de Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11), imprimindo RSPLs consistentemente acima de 20%, faça chuva ou faça sol.
Poderíamos nos impressionar (mais uma vez) com a capacidade infinita de Arezzo (ARZZ3) e Weg (WEGE3) superarem consenso, ou com os múltiplos relativamente baratos (para um high quality) de Equatorial (EQTL3) e Localiza (RENT3).
Leia Também
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Com alguma sorte, poderíamos até mesmo congratular Jean Paul Prates por deixar a Petrobras (PETR4) gerar caixa em paz, para o bem de todos e felicidade geral da nação…
Todavia, acabamos calados pela recuperação judicial da Americanas (AMER3), permeada por graves indícios de fraude, que seguem sob investigação.
Americanas arranha imagem do mercado
Ou seja, vamos passar um bom tempo ainda dominados por esse assunto incômodo, que não só destrói a marca da empresa e mancha a sonhática reputação do 3G (reversão à média?), como também atrapalha a própria imagem do mercado de capitais.
Porque não foram só os detentores de AMER3 que perderam dinheiro.
Ocorreu, na verdade, uma socialização das perdas, respingando - em maior ou menor grau - sobre acionistas e cotistas a graus de separação do epicentro do problema.
A percepção sistêmica de risco aumentou, e não vai se normalizar tão cedo.
Felizmente, a máxima talebiana da antifragilidade nos faz lembrar que as dores sistêmicas são sempre curadas, em detrimento das falências intrínsecas.
A cada ano, vários restaurantes quebram, alguns sobrevivem e - como resultado geral - estamos comendo e bebendo muito melhor do que 30 anos atrás.
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores