Rodolfo Amstalden: A disputa entre renda fixa e renda variável é covarde — só não sei quem ganha
O sujeito simples e sensato que vendeu tudo o que tinha em Bolsa americana em dezembro de 2022 para se dedicar à renda fixa pós-fixada acabou perdendo um rali de +9% para o S&P 500 e de +22% para o Nasdaq 100

A tentação de fazer timing de mercado – ou timing entre mercados — se mostra perigosa mesmo diante de uma disputa aparentemente covarde em prol da renda fixa e em detrimento da renda variável.
Em tese, o investidor propenso ao timing pensará: "Vou deixar o grosso do meu dinheiro aqui na renda fixa, com alto rendimento e boa liquidez e, quando o ambiente de Bolsa melhorar, eu volto para a renda variável".
É um raciocínio simples, sensato e (quase) à prova de falhas.
O curioso é que as brechas aparecem mesmo em cenários de retornos esperados muito díspares, pois (em linguagem técnica) o afastamento extremado da média-variância de retorno entre classes de ativos costuma ser compensado pelos momentos estatísticos de ordem maior, como a assimetria e a curtose.
Porém, enquanto a média-variância é intuitivamente percebida por todos, a assimetria-curtose se manifesta de maneira velada, surpreendente e revolucionária.
Para entendermos os efeitos práticos dessa estranha competição, nem precisamos ir tão longe.
Leia Também
Como a Super Quarta mexe com os seus investimentos, e o que mais move os mercados nesta quarta-feira (17)
Para qual montanha fugir, Super Quarta e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (16)
Nos EUA, os quatro primeiros meses de 2023 cravaram a ressurreição dos money market funds e Treasury Bills, rendendo hoje entre 4% e 5% ao ano, sem levantar a bunda da cadeira.
Mas o sujeito simples e sensato que vendeu tudo o que tinha em Bolsa americana em dezembro de 2022 para se dedicar à renda fixa pós-fixada acabou perdendo um rali de +9% para o S&P 500 e de +22% para o Nasdaq 100, durante o primeiro quadrimestre.
- Já sabe como declarar seus investimentos no Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro elaborou um guia exclusivo onde você confere as particularidades de cada ativo para não errar em nada na hora de se acertar com a Receita. Clique aqui para baixar o material gratuito.
Como diz o Stuhlberger, shortear S&P é um dos atalhos para ir direto ao inferno.
E quanto a trocar Ibovespa pelo CDI?
Embora esse seja um embate pretensamente natimorto com a Selic rodando a 13,75% ao ano, lembre-se: quanto maior a desigualdade da média-variância, maior a energia potencial armazenada na assimetria-curtose.
No primeiro quadrimestre de 2023, o Ibovespa caiu 5%, ponto final.
Contudo, nos vinte dias corridos de 23 de março a 12 de abril, o índice disparou 10%.
Em vinte dias de Bolsa brasileira, é possível fazer quase um ano inteiro de CDI.
Obviamente, não são quaisquer janelas de vinte dias, trata-se de um recorte raro e cuidadosamente selecionado.
Ainda assim, esse recorte provocativo traz uma amostra do risco de não participar da recuperação quando ela vier de verdade.
Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)
Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa
Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted
A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026
Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)
Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores
Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)
Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA
A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional
Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.
Felipe Miranda: Tarcisiômetro
O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.
A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)
Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada
Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham
Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando
Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)
Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump
Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?
Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.
BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação
As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário
O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje
Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA
Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo
Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse
A ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje
Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA
Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados
Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump
Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?
Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.
Tony Volpon: Powell Pivot 3.0
Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana
Seu cachorrinho tem plano de saúde? A nova empreitada da Petz (PETZ3), os melhores investimentos do mês e a semana dos mercados
Entrevistamos a diretora financeira da rede de pet shops para entender a estratégia por trás da entrada no segmento de plano de saúde animal; após recorde do Ibovespa na sexta-feira (29), mercados aguardam julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começa na terça (2)
O importante é aprender a levantar: uma seleção de fundos imobiliários (FIIs) para capturar a retomada do mercado
Com a perspectiva de queda de juros à frente, a Empiricus indica cinco FIIs para investir; confira
Uma ação que pode valorizar com a megaoperação de ontem, e o que deve mover os mercados hoje
Fortes emoções voltam a circular no mercado após o presidente Lula autorizar o uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA