Nova recuperação judicial e balanços fracos pesam, mas resultado e dividendos da Petrobras (PETR4) sustentam alta do Ibovespa; confira os destaques do dia
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo

Quem vê o resultado do Ibovespa nesta sexta-feira (12) — uma leve alta de 0,19%, aos 108.463 pontos — pode achar que o dia foi morno e, por isso, o índice acionário fechou o pregão próximo do ‘zero a zero’.
Mas, na verdade, o cenário do dia foi mais parecido com um cabo de guerra que quase terminou em empate. Em uma ponta, o IPCA de abril entrou em campo logo cedo com potencial para azedar os negócios.
O principal índice de inflação brasileiro avançou 0,61% em abril. Apesar da desaceleração — a alta havia sido de 0,71% em março —, o dado ainda veio acima das expectativas e frustrou quem esperava um arrefecimento digno de chamar a atenção do Banco Central e aliviar a pressão sobre a Selic.
Além disso, uma notícia que saiu logo cedo mostrou que a onda de empresas em dificuldades financeiras está longe de acabar. Com R$ 11 bilhões em dívidas, a Light (LIGT3) entrou com um pedido de recuperação judicial pela manhã.
O movimento já era esperado desde que a empresa obteve no mês passado medida cautelar que a protege contra os seus credores. Ainda assim, provocou uma queda de mais de 17% nos papéis da companhia carioca.
O noticiário corporativo também foi fonte de outros estresses para o mercado acionário. Com a temporada de balanços se aproximando do fim, diversas empresas divulgaram os números entre ontem e hoje, e nem todos agradaram.
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Mas, para a sorte do Ibovespa, uma empresa de peso para o índice alegrou o mercado — e não foi pouco. Além dos indicadores financeiros sólidos, a Petrobras (PETR4) surpreendeu os acionistas com a notícia de que irá distribuir R$ 24,6 bilhões em dividendos.
As ações da estatal reagiram em forte alta e ajudaram o Ibovespa a fechar no azul o último pregão de uma semana na qual o avanço acumulado do índice chegou a 3,11%.
Já o dólar à vista recuou. Com os juros futuros consolidando as expectativas de queda da Selic já no segundo semestre e o forte fluxo estrangeiro em busca de ativos de commodities, a moeda norte-americana desceu 0,27%, para R$ 4,9234. Na semana, a queda foi de 0,41%.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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A PONTA NEGATIVA DA B3
Resultado do 1T23 corta JBS (JBSS3) na carne, ações chegam a cair 10% e o pior ainda pode estar por vir. O desempenho de todas as unidades do frigorífico foi fraco entre janeiro e março e a perspectiva é de um caminho tortuoso até o final do ano.
BALANÇO BEM RECEBIDO
Cogna (COGN3) deixa os fantasmas para trás e consolida recuperação no primeiro trimestre. Os ganhos podem parecer mais tímidos do que os mais de 20% registrados pela Yduqs na ressaca do balanço, mas vale lembrar que a empresa já havia pegado carona com a concorrente nos últimos dias.
RETORNO TRIUNFAL
Fundo imobiliário Bresco Logística (BRCO11) vende imóvel por bolada milionária e anuncia dividendos extraordinários para os cotistas. A transação gerará um lucro de R$ 142,8 milhões, com margem bruta de 44% e ganho de R$ 9,66 por cota.
SALVE-SE QUEM PUDER
Dia de fúria no mercado de criptomoedas: bitcoin cai para nível crítico de preços e ethereum sai do ar por quase meia hora. A Beacon Chain — a blockchain do ETH com validação pelo mecanismo de prova de participação — teve um erro inesperado e parou de finalizar os blocos aprovados pela rede.
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