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ETF de dividendos é uma boa? Por que o NDIV11, do Nubank, parece um bom começo, mas deixa a desejar

NDIV11 baseia-se apenas em dividendos passados e não é tão bom quanto uma equipe dedicada a analisar as perspectivas de distribuição futuras de cada empresa

13 de outubro de 2023
6:54 - atualizado às 15:40
Sede do Nubank
Nubank acaba de lançar ETF de dividendos. - Imagem: Divulgação

Já pensou como seria fácil poder entrar no homebroker, colocar um código de apenas 6 dígitos e comprar de uma vez só todas as melhores pagadoras de dividendos da bolsa?

Pois saiba que na semana passada começou a ser negociado o NDIV11, o ETF Smart Dividendos B3 criado pelo Nubank, com o objetivo de reunir as melhores pagadoras de dividendos do Ibovespa.

A proposta é bastante tentadora, afinal de contas, quem não gostaria de ter acesso a uma seleção com as melhores pagadoras de dividendos com apenas um clique?

Mas será que vale a pena investir no NDIV11? Será que ele realmente escolhe as empresas com maior capacidade de distribuição?

É um bom começo

Você tem vontade de investir em empresas pagadoras de dividendos, mas não tem a menor ideia de por onde começar?

Confiar nos gurus de investimentos do YouTube que não têm certificação seria uma péssima ideia, mas você não tem acesso à carteira de investimentos de corretoras.

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Além disso, você não tem tempo de fazer um MBA de Finanças para aprender a procurar ações por conta própria.

Neste contexto, o ETF Smart Dividendos B3 é um bom começo, porque realmente traz algumas ótimas empresas pagadoras de dividendos.

Por exemplo, a Telefônica Brasil - Vivo (VIVT3) é a ação com maior peso dentro do ETF Smart Dividendos.

Na Empiricus, a Vivo é uma das nossas empresas favoritas quando o assunto é dividendos, e ela inclusive faz parte da série Vacas Leiteiras.

No entanto, existem outras ações dentro do NDIV11 que não gostamos nem um pouco.

É uma fórmula, não uma análise

O problema é que as ações são escolhidas com base em uma fórmula que seleciona as maiores pagadoras de dividendos dos últimos anos.

Qual é o problema dessa abordagem?

Ao fazer isso, o ETF está comprando as melhores pagadoras dividendos do passado, mas não necessariamente as ações que pagarão os melhores dividendos dali em diante.

ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? Analistas da Empiricus Research revelam suas principais recomendações para o mês em entrevista completa para o Youtube do Seu Dinheiro. Assista agora:

Por exemplo, a Marfrig (MRFG3) se aproveitou de condições e margens muito propícias durante a pandemia para distribuir dividend yields de cerca de 30% em 2021 e 2022. Isso a fez merecer uma posição dentro do ETF.

No entanto, as perspectivas para o setor pioraram muito desde então, e os dividendos daqui para frente devem ser muito mais baixos. 

Isso nem deveria ser uma grande surpresa. Ao observar a tabela abaixo, vemos que a Marfrig nunca foi uma boa pagadora de dividendos. Inclusive, ela ficou sem distribuí-los por quase dez anos, entre 2011 e 2019, como podemos ver na tabela abaixo. 

Fonte: Marfrig.

Antes de continuar, eu quero deixar claro que a Marfrig é de longe o pior nome da seleção do NDIV11, e apesar de ter algumas ações ali dentro que não inspiram muita confiança em mim, suas perspectivas de distribuição são mais positivas do que MRFG3.

Seja como for, esse exemplo deixa claro o perigo de se investir com base em dividendos passados sem levar em consideração o que vai acontecer no futuro.

Esse método de seleção não é baseado em uma análise, mas sim em uma fórmula de Excel tão simples quanto perigosa.

E ainda deixa de lado boas oportunidades

Como você já deve ter percebido, esse tipo de seleção baseada no passado também exclui aquelas empresas que, por algum motivo, não conseguiram distribuir grandes dividendos nos últimos anos, mas que devem começar a se destacar daqui para a frente.

A Alupar (ALUP11) é um exemplo. Diante da necessidade de grandes investimentos na construção de novas linhas de transmissão, a companhia não distribuiu muitos dividendos nos últimos anos.

Mas esses novos projetos estão começando a entrar em operação, o que significa que a capacidade de distribuição vai aumentar também.

Sinto muito, mas você não vai conseguir encontrar esse tipo de insight em fórmulas de Excel.

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Nós sabemos disso porque estudamos a empresa a fundo, conhecemos os planos de investimento e temos modelos que apontam para uma menor necessidade de investimentos, maior geração de caixa e capacidade de distribuição de dividendos nos próximos anos.

Como eu disse, o ETF Smart Dividendos é um bom começo para o investidor que ainda não sabe muito bem como começar a escolher suas ações.

Mas o método de seleção do NDIV11 é puramente baseado no passado e nunca será tão bom quanto uma equipe dedicada a analisar as perspectivas de distribuição futuras de cada empresa.

Nós não gostamos de Vivo e Alupar apenas pelo passado. Nós gostamos delas porque vemos muito potencial futuro, assim como para todas as outras empresas que compõem a série Vacas Leiteiras.

Um grande abraço e até a próxima semana!

Ruy

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