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Conheça o investidor por trás do short em IRB (IRBR3)

A gestora de Guilherme Aché, Squadra, publicou uma carta, em 2020, apontando “inconsistências” no balanço do IRB

11 de maio de 2023
15:41 - atualizado às 12:38
Imagem de um celular com o logo do IRB (IRBR3) sendo exibido na tela | Ibovespa
Imagem de um celular com o logo do IRB (IRBR3) exibido na tela - Imagem: Shutterstock

Muitos investidores ouviram falar de Guilherme Aché pela primeira vez em 2020 quando sua gestora, Squadra, publicou uma carta de 184 páginas apontando uma série de “inconsistências” no balanço do IRB (IRBR3).

Mas Aché está no mercado desde 1991 e coleciona um histórico de investimentos que incluem multiplicações milionárias e uma perda inesquecível.

Formado em economia pela Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, Aché sempre teve ligação com dinheiro e muita vontade de construir alguma coisa.

Seu primeiro emprego foi num pequeno banco, Performance, especializado em títulos públicos. Após o Performance, foi trabalhar num banco internacional, Montreal Bank, analisando empresas.

Não ficou muito tempo no Performance, pois foi chamado para um processo de entrevistas no Pactual, um dos principais bancos de investimento do país naquela época.

Conseguiu uma das poucas vagas e aos vinte anos estava trabalhando no departamento de análise do Pactual. Três anos depois, tornou-se chefe da área de análise de ações do banco.

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Naquele tempo, o Pactual crescia de forma acelerada e tinha quatro sócios experientes e um pessoal mais jovem como o próprio Aché.

Apesar do ambiente pouco amigável e muito competitivo, a vivência no Pactual era muito rica e o contexto proporcionava grandes aprendizados, pois o Brasil passava por um período de grandes sustos na economia, o que implicava enormes impactos nas empresas.

Enquanto estava no Pactual, Aché enfrentou:

  • Plano Collor;
  • Crise do México em 1994;
  • Crise asiática em 1997;
  • Crise russa em 1998;
  • Crise brasileira em 1999.

O mundo era volátil e o Brasil mais ainda.

Aché e as ações do Banco Nacional

Ainda no Pactual, Aché fez um dos investimentos mais marcantes da sua trajetória: recomendou a compra das ações do Banco Nacional.

Pouco tempo depois, o Nacional quebrou junto com vários outros bancos que estavam acostumados a ganhar dinheiro em função da instabilidade da economia e não conseguiram se reinventar após o Plano Real.

O Banco Nacional virou pó e o Pactual perdeu 100% do investimento.

Apesar disso, Aché não foi demitido do Pactual e acredita que isso só aconteceu porque na época não existia nenhum outro analista para colocar em seu lugar.

Em 1998, Aché saiu do Pactual com uma proposta para se tornar um dos sócios da gestora JGP, fundada por Paulo Guedes e André Jakurski (ex-sócios fundadores do Pactual).

Naquela época, a JGP tinha um viés forte de operar no curto prazo e contava com a habilidade única do Jakurski à frente da mesa de operações.

A especialidade de Guilherme Aché

Mas essa nunca foi a especialidade do Aché. 

Seu forte sempre foi investir olhando os fundamentos das empresas e com um horizonte de mais de longo prazo. Por isso, era um dos grandes responsáveis pela volatilidade dos fundos da JGP, por que fazia posições grandes e que estavam mais sujeitas aos altos e baixos da bolsa.

Mas nem sempre conseguia convencer os sócios a investir assim e em alguns casos precisava ceder ao estilo mais curto-prazista. Esse “embate” cobrou seu preço num investimento que Aché fez entre 2001 e 2002.

Com o início do ciclo de alta de preços das commodities no mercado internacional, Aché decidiu investir na siderúrgica CSN e comprou, através da JGP, 5% da empresa por um valor total aproximado de US$ 50 milhões.

Em poucos meses a ação subiu 70% e logo embolsaram o lucro.

O call de Aché se demonstrou acertado, mas vender tão rápido “custou” caro: alguns anos depois essa fatia de 5% chegou a valer mais de US$ 1 bilhão.

Se no Pactual aprendeu a importância de evitar os erros capitais, aqueles que fazem o investidor perder tudo, na JGP entendeu a importância de analisar a fundo o risco das operações, porque a grande preocupação da gestora era não perder dinheiro (preservar capital).

A Squadra e o IRB Brasil (IRBR3)

Em 2007, Aché já era o terceiro maior sócio da JGP, mas achava que já tinha atingido o limite, não tinha mais pra onde crescer ali.

Com a confiança de que poderia atrair uma boa equipe, no final de 2007, montou sua própria gestora: Squadra Investimentos.

Investindo em ações e tocando também um private equity, Aché acredita que ter um processo de investimentos não é mais um diferencial, pois isso já virou commodity.

Além de conhecer a fundo as empresas, analisar os números e conversar com profissionais que tocam os negócios, o que faz a diferença é ter disciplina para executar o processo.

Em resumo, Aché acredita que seu trabalho é estudar, investir em bons negócios por um preço justo e não vender após qualquer sacudida no mercado.

Aos mais curiosos e que desejam entender quais eram as inconsistências encontradas por Aché e seu time no IRB, deixo aqui os links das três cartas da Squadra sobre o caso:

Carta 1: resumo da análise (fev/20)

Carta 1.2: detalhes da análise (fev/20)

Carta 2: rebatendo o IRB

Forte abraço,
Josué Guedes

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