Rodolfo Amstalden: Como as políticas monetária e a fiscal do Brasil mexem com a economia?
As forças de compensação da política fiscal e da monetária atuam de modos bem diferentes na economia contemporânea

Agora que o zoom do iPhone aumentou de 3x para 5x, podemos enxergar coisas que não víamos antes. Embora a política fiscal e a política monetária estejam sempre correlacionadas (ainda que negativamente correlacionadas), suas forças de compensação atuam de modos bem diferentes na economia contemporânea.
Quanto à política fiscal, o aumento dos gastos do governo pode ser pacificado por meio de expectativas benevolentes quanto a efeitos multiplicadores, mas não mais pela promessa de cortes proporcionais de gastos no futuro.
Via de regra, as principais economias do mundo têm elevado seus orçamentos públicos como % do PIB ao longo do tempo, sem vontade ou capacidade política de voltar atrás.

Para a política monetária, entretanto, a dinâmica intertemporal é bem diferente.
Veja também: A DINHEIRISTA - Ajudei minha namorada a abrir um negócio e ela me deixou! Quero a grana de volta, o que fazer?
A taxa básica de juros e a política fiscal
A cada vez que a taxa básica de juros sobe, abre-se a possibilidade tangível de que ela possa vir a cair em um horizonte tangível.
Ou seja, ao contrário do que ocorre com a política fiscal, onde predomina a histerese, a política monetária moderna é entendida como impermanente.
Leia Também
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
A impermanência da política monetária não é um fenômeno essencialmente novo, mas acabou acirrado pelas atuações incisivas dos Bancos Centrais na crise do subprime e na pandemia, resumidas pelo célebre "whatever it takes" de Mario Draghi.
Esse acirramento deve-se também não só à postura conveniente dos últimos 15 anos, mas também à própria assimetria em pauta: se o fiscal está sempre rodando no seu limite, sob riscos crescentes de dívida pública, dominância e estouro dos tetos de gastos, cabe apenas à política monetária atuar como alívio diante do próximo grande problema.
Bem, sabemos o que acontece quando todas as responsabilidades recaem apenas sobre um dos membros de um casal, e o divórcio não é uma opção.
Política monetária e atividade econômica
A percepção de impermanência da política monetária acaba tornando-a menos fiel.
Ou seja, precisamos de aumentos maiores de juros, praticados por mais tempo, para diluir a expectativa de que "em breve, estaremos tão frouxos quanto antes".
É o que está acontecendo neste exato momento, lá fora, e ainda no Brasil: higher for longer.

Deixaremos a tarefa formal para os macroeconomistas de verdade, mas isso pode ajudar a explicar por que os índices de atividade insistem em permanecer melhores do que o esperado por uma política monetária "tradicional", das antigas.
É como se o mercado dissesse aos chairmans dos BCs: "Hey dude, entendo que você está fazendo papel de durão, respeito isso, é o seu trabalho. Mas nós dois sabemos onde essa história vai acabar: higher for long, lower for longer.
Governo confirma 2ª edição do “Enem dos concursos” com mais de 3 mil vagas; inscrições acontecem em julho
O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) amplia oferta de vagas federais com foco em democratização, inovação e fortalecimento da máquina pública
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Solana (SOL) no Itaú: banco expande sua oferta de criptomoedas e adiciona 3 novos tokens no app
Além do bitcoin (BTC) e do ethereum (ETH), disponíveis desde 2024, Itaú adiciona XRP, solana (SOL) e USDC ao seu catálogo de investimentos
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Guerra comercial de Trump está prejudicando a economia do Brasil? Metade dos brasileiros acredita que sim, diz pesquisa
A pesquisa também identificou a percepção dos brasileiros sobre a atuação do governo dos Estados Unidos no geral, não apenas em relação às políticas comerciais
Hotel de Minas Gerais é o único do Brasil na lista de melhores novos resorts de 2025; conheça e veja preços das diárias
Seleção da Travel + Leisure contempla 26 hotéis de alto padrão ao redor do mundo
Sobrevivendo a Trump: gestores estão mais otimistas com a Brasil e enxergam Ibovespa em 140 mil pontos no fim do ano
Em pesquisa realizada pelo BTG, gestores aparecem mais animados com o país, mesmo em cenário “perde-perde” com guerra comercial
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como fica a bolsa no feriado? Confira o que abre e fecha na Sexta-feira Santa e no Dia de Tiradentes
Fim de semana se une à data religiosa e ao feriado em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira para desacelerar o ritmo intenso que tem marcado o mercado financeiro nos últimos dias
Taxa das blusinhas versão Trump: Shein e Temu vão subir preços ainda este mês para compensar tarifaço
Por enquanto, apenas os consumidores norte-americanos devem sentir no bolso os efeitos da guerra comercial com a China já na próxima semana — Shein e Temu batem recordes de vendas, impulsionadas mais pelo medo do aumento do que por otimismo