🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

A disparada das ações da Nvidia é só mais uma bolha de tecnologia (e está tudo bem)

O instinto do mercado em inflar os preços de ativos como os da Nvidia e fazer previsões demasiadamente otimistas é exatamente o mesmo de 20 anos atrás

31 de agosto de 2023
6:19 - atualizado às 18:04
Nvidia é avaliada em mais de US$ 1 trilhão após disparada das ações
Nvidia é avaliada em mais de US$ 1 trilhão após disparada das ações - Imagem: Divulgação

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. De tempos em tempos, bolhas se formam no setor de tecnologia. E está tudo bem…

Aceitar essa dinâmica nada mais é do que compreender o quão cíclico é esse segmento. 

Mas calma, você deve estar se perguntando: todos os anos o investimento em tecnologia cresce. Se o crescimento geral é estável e duradouro, como você pode acusar de cíclico um setor com esse?

Um pouco de história vai nos ajudar.

SEU DINHEIRO EXPLICA — Dá para pagar uma faculdade de medicina com o Tesouro Educa+? Fizemos as contas para você!

Como assim?

Um dos melhores exemplos de setor cíclico é o de commodities. 

Petróleo, minério de ferro, alimentos… para todos esses produtos aceitamos que forças de oferta e demanda se digladiam o tempo inteiro em busca de um equilíbrio.

Leia Também

Qualquer disrupção em um dos lados é capaz de provocar flutuações enormes nos preços dessas commodities e nos resultados das empresas que as produzem. 

Desde a pandemia, por exemplo, os preços do petróleo oscilaram entre US$ 35 negativos (sim, negativos) no auge da pandemia e US$ 120 por volta de fevereiro de 2022.

Talvez — e essa é tão somente uma especulação minha — a natureza “concreta”  das commodities torne muito mais simples entender seus ciclos. 

Afinal, um barril de petróleo vendido no “all time high” é similar ao barril vendido no “all time low”. 

Apesar dos orçamentos de tecnologia crescerem todos os anos, os ciclos aqui se movem em ondas de inovação. Assim, cada vez que o ciclo muda, mudam também os produtos e serviços em que as empresas estão investindo. 

Por exemplo, se pensarmos em termos de hardware, a década de 90 e o início dos anos 2000 foram marcados pelo crescimento exponencial dos servidores. 

Em paralelo a eles, aplicações de software como ERP e bancos de dados também cresceram exponencialmente. 

A "bolha" da Cisco

No final dos anos 90, quando era a empresa mais valiosa do mundo, a Cisco cresceu receitas em 57% (1997), 32% (1998), 43% (1999) e 55% (2000).

Em quatro anos, suas receitas triplicaram.

Nos 20 anos seguintes, porém, a empresa mais quente do mundo sofreria com a estagnação, primeiro com a bolha.com e a desaceleração do segmento de tecnologia e depois, no final da década seguinte, com a ascensão da computação em nuvem.

De repente, havia algo mais novo e mais interessante para se investir. 

O mesmo aconteceu com software

Na medida em que SAP e Oracle dominaram os dois maiores mercados de software do mundo, um novo problema de negócio ganhou a atenção (e o orçamento) das grandes empresas: o Big Data.

O início da década de 2010 foi a febre do Big Data. 

Bilhões de dólares foram empilhados em ferramentas como o Tableau (adquirido pela Salesforce) que prometia entregar aos executivos uma visão 360 de todo o conhecimento disperso por suas organizações. 

O Big Data destravaria novas avenidas de crescimento, tornaria os clientes e funcionários mais felizes e blablabla.

Quando eu entrei na faculdade de economia (no distante ano de 2014), todo mundo fazia cursos de Big Data…

Mas, na prática, o “Big Data” do começo dos anos 2010 era meia dúzia de dashboards coloridos vistos no navegador (e futuramente no celular). Uma versão “chique”  do que as empresas faziam no excel desde a década de 90. 

Os petabytes de dados e mais dados produzidos todos os dias pelas empresas continuaram como diamantes brutos não lapidados.

Ainda assim, muitas empresas levantaram muito dinheiro prometendo lapidá-los.

Por favor, não me entenda mal: o Big Data talvez seja o precursor da inteligência artificial na forma como consumimos hoje, com os modelos transformers e especialmente os modelos de linguagem natural como o ChatGPT.

Em si, porém, o conceito Big Data nunca entregou na prática o que ele prometia no papel.

Agora, chegou a vez da Nvidia.

Sim, provavelmente a Nvidia faz parte de mais uma bolha de tecnologia

Desde 2018, quando recomendamos pela primeira vez as ações da Nvidia, escrevemos sobre como a crescente atuação da empresa no segmento corporativo seria seu verdadeiro upside de longo prazo. 

Naquele momento, a Nvidia era uma empresa de games, com a maior parte das suas receitas vinda da venda das placas de vídeo da família RTX.

Passados cinco anos, a receita de “Data Centers”, que engloba vendas de uma série de hardwares de uso comercial (entre eles, AI), é 4x maior que a venda de GPUs de games. 

O que vemos na indústria é uma corrida do ouro em que os clientes estão comprando todas as GPUs que conseguem. 

Em parte para acelerar o desenvolvimento de seus próprios modelos, em parte para tentar atrasar seus concorrentes no desafio de fazê-lo também. 

No tempo, essa corrida maluca invariavelmente levará o mercado a uma situação sub ótima: em algum momento esse excesso de estocagem se transformará em um problema.

Hoje, não é exagero dizer que as empresas de tecnologia estão fazendo reservas estratégicas de GPUs.

É sempre assim no setor de semicondutores. 

A não ser, claro, que você diga as palavras proibidas do mercado financeiro: dessa vez é diferente!

Dificilmente será

Para 2024, 2025 e 2026, o mercado estima que a receita da Nvidia crescerá 100%, 37% e 24%, respectivamente. 

Isso, aliás, ecoa de uma maneira quase alarmante a história que eu contei acima, sobre a Cisco no início dos anos 2000. 

Claro, o mercado, o momento e o impacto dessa nova tecnologia (AI) são completamente diferentes. 

Entretanto, o instinto do mercado em criar uma bolha ao inflar os preços dos ativos e fazer previsões demasiadamente otimistas é exatamente o mesmo de 20 anos atrás.

  • Nvidia (NVDC34) não está entre as 5 melhores ações internacionais para buscar lucros agora, segundo Richard Camargo. Veja quais são as recomendações do analista da Empiricus Research acessando este relatório gratuito.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje

11 de novembro de 2025 - 8:28

Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

SEXTOU COM O RUY

Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado

31 de outubro de 2025 - 6:07

A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje

30 de outubro de 2025 - 7:34

A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar