Por que as ações do Carrefour (CRFB3) caem após receber R$ 1 bi de volta pela compra do BIG?
Como o fato relevante divulgado na noite de ontem trouxe poucos detalhes sobre quais seriam os problemas encontrados pelo Carrefour e que levaram a Advent a aceitar o expressivo desconto de R$ 1 bilhão, os analistas temem o pior.

Na noite de ontem (11), o Carrefour Brasil (CRFB3 surpreendeu o mercado ao anunciar que irá receber de volta parte do dinheiro pago na aquisição do grupo BIG.
A transação original foi fechada no valor de R$ 7,5 bilhões, mas o valor foi ajustado para baixo, sendo concluída a R$ 7 bilhões. Agora, o Carrefour irá receber de volta a bagatela de R$ 1 bilhão — um desconto de 14% com relação ao preço original.
O “estorno” será feito em etapas. Os antigos donos do BIG transferiram uma parcela de R$ 350 milhões e outros R$ 550 milhões serão quitados até o fim de maio de 2024, ajustados pelo CDI.
Na época, a compra foi considerada um grande movimento estratégico para o Carrefour, afinal, o grupo BIG é dono de diversas bandeiras de supermercado e atacarejo — o próprio BIG (antigo Walmart Brasil), Sam's Club e Maxxi Atacado. Com a aquisição, o Carrefour Brasil (CRFB3) passou a deter mais de mil lojas no país e cerca de 150 mil empregados.
Mas porque as ações reagem em queda?
O que inicialmente pode parecer um reforço de caixa na verdade pode se transformar em um problema de confiança para o Carrefour — e as ações CRFB3 mostram isso ao reagir em queda nesta quarta-feira (12), recuando quase 3%. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
Bom, o fato relevante divulgado na noite de ontem trouxe poucos detalhes sobre quais seriam os problemas encontrados pelo Carrefour e que levaram a Advent a aceitar o expressivo desconto de R$ 1 bilhão.
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Os analistas do Santander Brasil, por exemplo, destacam que apesar de positiva, o anúncio pode ter algum impacto negativo para o Carrefour — isso porque diversos agentes de mercado possuem dúvidas sobre a capacidade operacional do BIG após os últimos resultados trimestrais e a confirmação de problemas desconhecidos em sua estrutura devem pesar ainda mais sobre o cenário mais pessimista.
Para o Itaú BBA, a declaração da empresa de que o desconto não está relacionado com a performance operacional do BIG serve de alívio, mas ainda existe pouca visibilidade sobre quais seriam as obrigações não cumpridas que levaram ao reembolso — o que, no fim, dificulta a previsibilidade sobre o destino do dinheiro por parte do Carrefour.
A falta de detalhes sobre os verdadeiros motivos para o ajuste no preço também preocupam os analistas do J.P Morgan, já que os ruídos atrapalham uma leitura clara do cenário.
Embora o Carrefour tenha decidido não dar detalhes, há rumores na imprensa que pesam sobre o cenário.
De acordo com o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os problemas entre o Carrefour e a Advent começaram apenas dois meses após a conclusão da aquisição, com os franceses até mesmo acusando o fundo de fraude — com a descoberta de problemas trabalhistas, tributários e de crédito que somavam cerca de R$ 3 bilhões.
O R$ 1 bilhão recebido de volta então, partem de um acordo entre as partes para remediar o problema — que poderia ser muito maior.
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