O roxinho mais brilhante? Bank of America eleva preço-alvo para a ação do Nubank — mas riscos inibem melhora da recomendação
A melhora das estimativas é atribuída ao lucro acima do esperado pelo BofA no primeiro semestre deste ano

Um dos bancos “mais queridinhos” dos brasileiros, o Nubank vem colecionando revisões entre os analistas de mercado. Agora foi a vez do Bank of America (BofA).
O banco norte-americano elevou o preço-alvo da ação do Nubank de US$ 8,30 para US$ 8,50. Isso representa um potencial de valorização de 16,6% em relação ao fechamento da última segunda-feira (18).
A revisão também trouxe mudanças para cima nas estimativas de lucro líquido: para US$ 1 bilhão em 2023; US$ 1,9 bilhão em 2024 e; US$ 3,2 bilhões em 2025.
Essa melhora da visão sobre a dona do cartão roxinho é atribuída ao lucro acima do esperado pelo BofA no primeiro semestre deste ano — ainda que a qualidade dos ativos tenha piorado, mas com uma margem financeira melhor do que a projetada pelo banco.
A recomendação neutra para os papéis negociados na bolsa de Nova York foi mantida.
A “ajudinha” do PIX e dos cartões de crédito
A introdução de novos produtos no leque de serviços oferecidos pelo Nubank foi um dos motivos para a revisão positiva das estimativas do BofA, dado o crescimento das receitas do banco digital.
Leia Também
Em destaque, a carteira de crédito — composta por produtos em que incidem juros — cresceu de 18% há um ano para 29% do total no final do primeiro semestre. Entre esses novos produtos financeiros estão:
- Financiamento Pix (transações Pix em mais de uma parcela),
- Financiamento de contas parceladas por meio do cartão de crédito e
- Boleto bancário, também disponível para a modalidade de parcelamento.
“Incluindo os empréstimos pessoais, o segmento gerador de juros da carteira consolidada representa agora 42% da carteira de empréstimos, contra 35% há um ano”, escrevem os analistas Mario Perry e Flavio Yoshida, que assinam o relatório.
LEIA TAMBÉM: Nubank passa Itaú e se torna o principal banco de 1 em cada 4 brasileiros; ação pode subir até 30%, diz JP Morgan
Nubank: os riscos no horizonte
O “fantasma” do mercado financeiro não pode ser descartado. A inadimplência mantém-se como um fator de atenção também para o BofA.
Isso porque, se por um lado os produtos de crédito podem aumentar as receitas do banco, por outro, ele poderá ter um “impacto adverso na qualidade dos ativos”.
“Tais produtos poderiam comprometer as finanças dos clientes da Nu e, portanto, a sua capacidade de pagar essas dívidas. As famílias do sistema gastam agora mais de 25% do seu rendimento no pagamento da dívida, contra cerca de 20% antes da pandemia.”
Além da inadimplência, a concentração da receita nos cartões de crédito pode ser um problema. Na visão do BofA, a expansão desses produtos seguiu na direção oposta aos esforços de diversificação de receitas desde o IPO em dezembro de 2021.
Os juros nos cartões de crédito representaram 40% da receita financeira no segundo trimestre deste ano — o que torna o banco digital mais “vulnerável” em meio a riscos regulatórios relacionados aos juros rotativos — como a aprovação do limite de 100% ao ano na Câmara dos Deputados no início de setembro.
Segundo as estimativas do BofA, um limite entre 8% e 10% nas taxas mensais de juros do crédito rotativo poderia reduzir o lucro por ação de 8% a 20% no lucro no final de 2024.
Por fim, os analistas destacam que o Nubank segue operando com taxa de empréstimos altas — e a sustentabilidade desse nível pode ser posta em xeque em meio aos esforços para a expansão de produtos com taxas mais baixas, como o empréstimo consignado.
Nada de novo sob o sol
O crescimento das receitas com a forte expansão da carteira de crédito não é um esforço exclusivo do Nubank e muito menos inédito no mercado financeiro.
O relatório do BofA compara o desempenho do banco digital brasileiro com o modelo de negócios de um concorrente nas terras mexicanas: o Gentera.
No início da década de 2010, a carteira de crédito do banco rendeu mais de 60% para as receitas da companhia, o que sustentou um ROE acima de 40% e um valuation superior a 4,0x o valor contábil por vários anos.
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período