RESUMO DO DIA: O Ibovespa fechou a sexta-feira (27) em queda de 1,63%, aos 112.316 pontos. O desempenho apagou a maior parte dos ganhos que vinham sendo registrados ao longo da semana, mas o saldo dos últimos cinco dias ainda foi uma leve alta de 0,25%
Hoje pesaram para o índice o desempenho negativo de duas gigantes. A primeira delas é a Petrobras (PETR4), novamente penalizada pela aprovação do candidato do presidente Lula (PT), Jean Paul Prates, para a presidência.
A segunda é a Vale (VALE3), que recuou em meio a um movimento de realização de lucros dos investidores. Veja tudo o que movimentou o dia abaixo.
O pódio negativo do Ibovespa foi ocupado pelos frigoríficos nesta sexta-feira (27). O setor recuou em bloco com os temores de recessão global e arrefecimento da demanda pela carne.
Veja as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BRFS3 | BRF ON | R$ 7,77 | -5,24% |
MRVE3 | MRV ON | R$ 6,82 | -3,67% |
SMTO3 | São Martinho | R$ 24,20 | -3,39% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 8,03 | -3,25% |
ELET3 | Eletrobras ON | R$ 41,30 | -3,23% |
Já a ponta oposta foi novamente ocupada pelo Magazine Luiza (MGLU3), que segue sendo beneficiado pelo ajuste de posições no varejo após a descoberta do rombo contábil bilionário na Americanas (AMER3).
Confira as maiores altas do índice:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,53 | 5,84% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 5,14 | 5,76% |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 4,60 | 3,60% |
CASH3 | Meliuz ON | R$ 1,10 | 2,80% |
PETZ3 | Petz ON | R$ 6,50 | 1,72% |
No exterior, os investidores seguem repercutindo os balanços trimestrais e também o avanço da inflação (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Com o indicador dentro do esperado pelos analistas, as bolsas norte-americanas fecharam a sexta-feira em alta.
Confira o desempenho dos principais índices de Wall Street:
- Dow Jones: +0,07%
- S&P 500: +0,25%
- Nasdaq: +0,95%
O dólar encerrou a sexta-feira (27) em alta. A moeda norte-americana subiu 0,74% hoje, cotada em R$ 5,1120.
O Magazine Luiza (MGLU3) sobe 6,08%, a R$ 4,54. Com a alta, a varejista zerou as perdas do mês e passa a acumular alta de 2,02% em janeiro.
O Ibovespa opera em queda de 1,38%, aos 112.597 pontos. As possíveis mudanças na política da Petrobras (PETR4) derrubam as ações da companhia, e, em consequência, puxa a bolsa.
Enquanto isso, as bolsas em Nova York operam em tom positivo, com expectativas de uma alta nos juros básico menor, de 25 pontos-base, na próxima reunião do Federal Reserve. O encontro acontece em 1º de fevereiro. Confira:
- Dow Jones: +0,27%;
- S&P 500: +0,42%;
- Nasdaq: +1,12%.
O Bank of America melhorou a recomendação para a Taesa de venda para compra e aumentou o preço-alvo das ações TAEE11, que passou de R$ 37 para R$ 39 em 12 meses — um potencial de valorização de 8% com relação ao fechamento de quinta-feira (26).
O banco cita o valuation e a correlação nula entre a Taesa e o Produto Interno Bruto (PIB) e receitas fixas indexadas à inflação — que favorecem a empresa em um ambiente de incerteza macroeconômica — como os principais motivos para a mudança.
Apesar desse quadro, o Bank of America fez um alerta sobre o pagamento de dividendos da Taesa: a estratégia de alocação de capital da empresa pode comprometer a distribuição de proventos.
Ou seja, caso a companhia coloque em marcha investimentos muito volumosos nos próximos anos, a distribuição de dividendos pode ser impactada negativamente.
Confira as maiores altas do Ibovespa por volta das 14h55:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,45 | 3,97% |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 4,60 | 3,60% |
PETZ3 | Petz ON | R$ 6,52 | 2,03% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 4,96 | 2,06% |
RDOR3 | Rede D'Or ON | R$ 30,26 | 1,92% |
Veja também as ações do índice que mais recuam hoje:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BRFS3 | BRF ON | R$ 7,88 | -3,90% |
SMTO3 | São Martinho | R$ 24,10 | -3,79% |
CIEL3 | Cielo ON | R$ 5,12 | -3,21% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 8,04 | -3,13% |
DXCO3 | Dexco ON | R$ 7,04 | -3,03% |
As bolsas europeis fecharam a sexta-feira (27) em leve alta. Confira abaixo o desempenho das principais praças do continente:
- DAX (Alemanha): +0,11%
- FTSE 100 (Inglaterra): +0,05%
- CAC 40 (França): +0,02%
A ação da Weg (WEGE3) é frequentemente apontada como uma das queridinhas da bolsa brasileira. Mesmo quando analistas a consideram próxima do limite de valorização, fazem questão de apontar como ela pode ser útil na defesa do patrimônio e mantêm a recomendação de compra.
Em grande medida, isso ocorre por causa da atuação da Weg na vanguarda das inovações no campo das fontes renováveis de energia, o que garante à empresa catarinense mercado não apenas no Brasil, mas também no exterior.
De um ano para cá, WEGE3 acumula alta de pouco mais de 15% na B3. No pregão de ontem, a ação fechou a R$ 38,21. Na avaliação da equipe do Credit Suisse, porém, há espaço para que WEGE3 avance mais de 20% nos próximos meses.
O banco de investimentos atualizou hoje seu preço-alvo para o papel de R$ 41 para R$ 46.
O balanço da Cielo (CIEL3), divulgado ontem após o fechamento da bolsa, foi bem recebido pelos analistas, de maneira geral.
Alguns destacaram que os resultados vieram acima do esperado, mas paira uma dúvida quanto à capacidade da ação se valorizar além do que ela já subiu. Nesta sexta-feira, o papel lidera as quedas no Ibovespa, recuando mais de 3%. No ano passado, CIEL3 acumulou rentabilidade de 140%.
No resultado publicado ontem, a Cielo informou lucro líquido recorrente de R$ 1,5 bilhão no ano passado inteiro, um avanço de 78,6% em relação a 2021. No último trimestre de 2022, o lucro foi de R$ 490,1 milhões, 63,3% maior do que o mesmo período do ano anterior.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também avançou 42,6% em 2022, para R$ 3,8 bilhões, indicando que a Cielo está gerando caixa. No quarto trimestre, o Ebitda cresceu 40% em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 914,7 milhões no resultado consolidado.
Com os papéis da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3), duas gigantes da bolsa brasileira, pesando nos negócios, o Ibovespa aprofundou as perdas que já vinham sendo registradas nesta sexta-feira (27).
Por volta das 12h55, o índice operava em queda de 1,77%, aos 112.161 pontos.
O recuo é mais acentuado do que observado nas bolsas norte-americanas, que, após abrirem o dia em alta, operam mistas. Confira as cotações em Wall Street:
- Dow Jones: -0,32%
- S&P 500: -0,26%
- Nasdaq: +0,02%
O dólar à vista, por sua vez, apresenta leve alta hoje. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia 0,37%, a R$ 5,093
Em dia de volatilidade no exterior e incertezas no ambiente doméstico, o Ibovespa opera em queda de 1,18%, aos 112.831 pontos.
Entre os destaques do dia está Petrobras (PETR4), que cai mais de 1,30% na expectativa de indicações para a diretoria da estatal após a posse de Jean Paul Prates no comando da companhia. Além disso, seguem no radar as possíveis mudanças nas políticas de preços dos combustíveis e a paralisação do programa de desinvestimento.
Por conta disso, a alta de 1,31% do petróleo não é suficiente para dar fôlego aos papéis da Petrobras.
Na ponta positiva, o destaque é a SLC Agrícola (SLCE3), com alta de 1,39%. A companhia avança com o dólar e com as expectativas de aumento na produtividade na próxima safra e na reabertura da China.
No exterior, os investidores seguem repercutindo os balanços trimestrais e o avanço da inflação (PCE, na sigla em inglês) conforme o esperado. Confira o desempenho das bolsas em NY:
- Dow Jones: +0,37%;
- S&P 500: +0,34%;
- Nasdaq: +0,50%.
O dólar à vista sobe 0,12%, a R$ 5,0720.
O CME Group mostra uma modesta queda na chance de uma elevação de juros em 25 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em sua decisão da próxima quarta-feira, mas há pouco ela ainda era de 99,1%. Ontem, estava em 99,6%.
A pequena mudança aconteceu após a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida do Fed, pelo Departamento do Comércio nesta manhã (27).
As leituras do núcleo do PCE vieram em linha com o esperado, enquanto o índice cheio subiu 0,1% em dezembro ante novembro. A renda pessoal avançou conforme previsto, mas houve queda nos gastos com consumo em dezembro.
*Broadcast; Estadão Conteúdo
As bolsas americanas abriram em tom negativo, ainda que dados sobre a inflação tenham elevado a expectativa de uma alta menor dos juros básicos na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), no dia 1º.
Confira a abertura das bolsas americanas:
- Dow Jones: -0,01%;
- S&P 500: -0,24%;
- Nasdaq: -0,35%.
O Ibovespa opera em queda de 1,16%, aos 112.850 pontos, com o recuo moderado dos índices futuros em Nova York e cautela interna.
No cenário doméstico, os investidores acompanham os desdobramentos da recuperação judicial da Americanas (AMER3) e a "briga" com os bancos credores. Além disso, as atenções voltam-se ao impacto do rombo da varejista nos balanços trimestrais, que começaram a ser divulgados ontem.
Petrobras (PETR4) segue no radar, na expectativa da nomeação dos diretores da companhia por Jean Paul Prates, presidente da estatal.
O dólar à vista tem leve alta de 0,08%, cotado a R$ 5,0698.
O Ibovespa cai 0,56%, aos 113.543 pontos.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
SLCE3 | SLC Agrícola | R$ 51,86 | 2,90% |
PRIO3 | PetroRio ON | R$ 43,55 | 2,86% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,37 | 2,10% |
TAEE11 | Taesa units | R$ 36,79 | 2,02% |
RDOR3 | Rede D'Or ON | R$ 30,13 | 1,48% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CIEL3 | Cielo ON | R$ 5,12 | -3,21% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 7,73 | -2,64% |
EMBR3 | Embraer ON | R$ 16,31 | -2,22% |
WEGE3 | Weg ON | R$ 37,40 | -2,12% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 14,44 | -2,10% |
Mesmo com o avanço de mais de 1% do petróleo, as ações de Petrobras (PETR3;PETR4) caem no Ibovespa.
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 29,42 | -0,51% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 26,07 | -0,50% |
Após a aprovação de Jean Paul Prates à presidência da companhia, os investidores aguardam indicações do novo CEO para os cargos da diretoria.
Soma-se a isso, o temor de interferência do governo nas políticas da Petrobras, como mudança na formação de preços dos combustíveis e a suspensão do programa de desinvestimento da estatal.
A reação ao PCE, que veio em linha com o esperado, foi tímida nos índices futuros de Nova York, no pré-mercado, que ainda seguem em tom negativo:
- Dow Jones futuro: -0,04%;
- S&P 500 futuro: -0,39%;
- Nasdaq futuro: -0,59%.
Por aqui, o Ibovespa reduziu a queda após a divulgação do dado. A bolsa brasileira cai 0,48%, aos 113.627 pontos.
O Índice de Preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,1% em dezembro de 2022 ante novembro.
Na comparação anual, a inflação avançou 5,0% em dezembro.
Já o núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e combustíveis, registrou alta de 0,3% em dezembro ante o mês anterior, em linha com as projeções do mercado. Na comparação anual, o índice avançou 4,4%, também conforme as expectativas.
Com o "Risco Americanas" no radar, as ações da Cielo (CIEL3) retomam as negociações com queda de 3,59%, a R$ 5,10.
Os papéis da Cielo (CIEL3) entraram em leilão há pouco, por oscilação máxima permitida, após queda de 3,97%, a R$ 5,08 nos primeiros instantes do pregãi.
Os investidores reagem ao balanço da companhia divulgado ontem (26), depois do fechamento dos mercados. Apesar dos bons resultados, os acionistas seguem cautelosos com o "risco Americanas", ainda que a varejista não esteja entre os maiores clientes da companhia de pagamentos.
A Cielo registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,5 bilhão no ano passado inteiro, um avanço de 78,6% em relação a 2021. No último trimestre de 2022, o lucro foi de R$ 490,1 milhões, 63,3% maior do que o mesmo período do ano anterior.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também avançou 42,6% em 2022, para R$ 3,8 bilhões, indicando que a Cielo está gerando caixa. No quarto trimestre, o Ebitda cresceu 40% em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 914,7 milhões no resultado consolidado.
Já a receita operacional líquida ficou acumulada em R$ 10,7 bilhões em 2022, uma redução de 8,5% em relação a 2021.
O Ibovespa abre em queda de 0,18%, aos 113.967 pontos e acompanha o tom negativo dos mercados americanos.
No mesmo horário, o dólar à vista opera em leve alta de 0,05%, a R$ 5,0684.
Apesar da volatilidade dos mercados futuros de Nova York, os ADRs de Vale e Petrobras acompanham o avanço das commodities, no pré-mercado.
Os papéis de Petrobras sobem 0,17%, a US$ 11,68 e as ações de Vale avança 0,16%, a US$ 19,33.
O PIBÃO AMERICANO
Lá fora, os mercados asiáticos subiram novamente nesta sexta-feira, uma vez que os temores sobre uma possível recessão na economia dos EUA foram atenuados por dados mostrando que ela cresceu mais do que o esperado em 2022, aumentando o tom amplamente otimista nos pregões este ano.
Ainda há no radar para hoje os dados de inflação americana pelo PCE (indicador tradicionalmente querido pelo Fed), que pode balizar a decisão de política monetária na próxima semana.
Também há internacionalmente um otimismo com o ressurgimento econômico da China após quase três anos de restrições contra a Covid-19. Os volumes na Ásia, contudo, ainda estão afetados devido à China ainda estar fechada para o Ano Novo Lunar.
A Europa sobe nesta manhã, enquanto os futuros americanos caem, corrigindo a alta de ontem e digerindo a ansiedade pelos dados de inflação e resultados corporativos. No Brasil, houve um pouco de tensão interna por conta de fatores políticos.
A ver…
00:46 — Os ruídos de uma reforma tributária
Por aqui, estivemos surfando de maneira geral nos últimos dias um certo otimismo para países emergentes, que fortalecem nossas ações e nossa moeda.
Apesar do erro grotesco na apresentação do fluxo estrangeiro por parte do BC, que revisou o dado para uma saída líquida de US$ 3,2 bilhões no ano passado (bem diferente da estimativa anterior, que contava com uma entrada de mais de US$ 9 bilhões), ainda há força na tese de entrada de dinheiro gringo em 2023, reforçada pela reabertura chinesa e na sua importância para as moedas de países emergentes, bem como para o mercado de commodities. Um dólar abaixo de R$ 5,00 não é impossível.
Depende, é claro, das bobagens que o governo possa falar ou fazer. Ontem, tivemos a oficialização do nome de Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras pelo Conselho da companhia. Apesar de não ser novidade, a consumação do fato não caiu bem no mercado por conta de outros ruídos políticos envolvendo os rumos da companhia.
Enquanto isso, duas frentes de debate são desenhadas em Brasília. A primeira comandada por Haddad, que montou uma dedicada à reforma tributária (quer fazer ainda no primeiro ano, além do novo arcabouço fiscal). E a segunda comandada por Lula, que negocia a reposição de perdas do ICMS com os governadores.
01:50 — O crescimento americano
Ontem, nos EUA, tivemos a informação de que o PIB americano cresceu a uma taxa de 2,9% no quarto trimestre, abaixo do resultado de 3,2% no terceiro trimestre, mas acima da estimativa de consenso de 2,3%. Foi outro exemplo de investidores avaliando o equilíbrio entre boas e más notícias.
Por um lado, a economia dos EUA permanece forte e não parece prestes a entrar em recessão, mesmo que seja amplamente esperada ainda este ano ou em 2024. Por outro lado, o robusto desempenho do PIB também levanta a questão de quão agressivo o Federal Reserve será enquanto tenta reduzir ainda mais a inflação.
Na semana que vem, o Comitê Federal de Mercado Aberto, que define a política de taxas, deve se reunir na terça e quarta-feira para considerar seu próximo aumento de taxa, possivelmente 25 pontos-base. Até aqui, há pouca substância para mudar o plano do Fed de apertar e manter as taxas em território suficientemente restritivo.
02:38 — Mais emoção para o mercado americano
O calendário internacional ainda conta com mais emoção nos EUA. Teremos ao longo do dia os dados de renda e gastos de dezembro, além da medida de inflação, o deflator PCE. A desaceleração da inflação deve minimizar a queda nos gastos reais, e o crescimento da renda parece ser consistente com a meta de inflação do Fed olhando para a variação mensal.
Ao mesmo tempo, o PCE, que já foi o indicador favorito do Fed, deve voltar a ganhar relevância, depois da autoridade monetária ter equivocadamente ancorado a expectativa do mercado no IPC nos últimos meses.
Espera-se que a renda pessoal suba 0,2% na comparação mensal, frente a um ganho de 0,4% em novembro, enquanto os gastos devem cair 0,1%, após subirem 0,1% anteriormente.
Enquanto isso, o índice de preços de gastos de consumo pessoal deve aumentar 4,4% na comparação anual, três décimos de ponto percentual a menos que em novembro. Fora isso, ainda teremos o índice de sentimento do consumidor dos EUA e alguns resultados corporativos de grandes nomes, como American Express, Charter Communications, Chevron e HCA Healthcare.
03:31 — Mais tensão no mercado de semicondutores
Além dos EUA, o Japão e os Países Baixos também estão trabalhando para restringir o acesso da China a máquinas de semicondutores. A segregação reforça a tendência de desglobalização da nova década, ou ao menos uma desaceleração considerável da globalização que vivemos durante os últimos 30 anos, desde a queda do muro de Berlim.
Em outras palavras, é provável que o nacionalismo econômico continue durante esta nova revolução industrial, dividindo o mundo em polos mais regionalizados.
Os movimentos recentes viram países retratando grupos estrangeiros como o inimigo. Um ponto central nesta etapa será o acesso às diferentes tecnologias, bem como a forma com elas são usadas. Tanto a capacidade de fabricação como a possibilidade de implementação serão profundamente acompanhadas.
Neste momento, em relação aos semicondutores, os EUA estão bem na frente, com o apoio de Taiwan e da Europa, colocando a China em uma posição bem desfavorável.
04:16 — Uma outra interpretação sobre a reabertura chinesa
Para aqueles que comemoram a reabertura da China como salvadora dos problemas do comércio global em 2023, há quem avalie a situação de uma outra forma. Depois de registrar uma expansão de cerca de 6,7% em 2022, o crescimento do comércio global deve avançar a um ritmo mais modesto de 1,6% este ano.
Temos que observar que as importações de bens entre EUA, Japão, Zona do Euro, China e Brasil, já estão mostrando uma queda acentuada desde o final de 2022, já que a reabertura chinesa é principalmente benéfica para serviços e demanda interna.
Em outras palavras, a perspectiva comercial marginalmente mais pessimista é uma história bastante simples de desaceleração do crescimento.
Assim, com a reabertura da China, o transbordamento positivo para o resto do mundo não seria comparável à história, como aconteceu no início dos anos 2000.
Ao mesmo tempo, se quisermos olhar para o copo meio cheio, a menor demanda global está desempenhando um papel fundamental na redução dos gargalos da cadeia de suprimentos, o que tira pressão inflacionária e ajuda as autoridades monetárias a relaxar o tom do aperto dos juros.
A Esh Capital voltou a aumentar a aposta dentro da batalha societária que trava contra o empresário Nelson Tanure na Gafisa (GFSA3).
A gestora de Vladimir Timerman comprou mais ações e aumentou a participação na incorporadora para aproximadamente 15,8%, de acordo com comunicado da Gafisa. Vale lembrar que, dias antes, a Esh havia vendido papéis da incorporadora.
A divulgação de aumento ou redução de posições relevantes em empresas abertas faz parte das normas do mercado de capitais. Junto com a participação, o detentor das ações precisa indicar o objetivo do investimento.
No caso da Esh, as intenções estão claras. Em meio à disputa com Tanure, a gestora pediu a convocação de uma assembleia de acionistas para decidir sobre a "suspensão do exercício dos direitos políticos de acionistas".
Com a alta do dólar e o avanço das commodities, os juros futuros (DIs) abriram com viés de alta nesta sexta-feira. Acompanhe:
NOME | ULT | FEC |
DI Jan/24 | 13,52% | 13,51% |
DI Jan/25 | 12,76% | 12,75% |
DI Jan/26 | 12,67% | 12,66% |
DI Jan/27 | 12,73% | 12,72% |
Já faz duas semanas que o noticiário de economia se concentra em um único caso, bastante emblemático: o rombo de R$ 20 bilhões encontrado na Americanas (AMER3).
Mais do que mera curiosidade em cima de um escândalo dessa magnitude, o que o mercado tem feito é o exercício clássico de quando buscamos elaborar um assunto de difícil compreensão: falamos sobre ele à exaustão, repassamos todos os fatos, tentamos encontrar algo que ainda não foi visto.
Mas, por mais que exista esse esforço, é difícil dar conta de tudo e enxergar tudo o que aconteceu. Com a Americanas não é diferente e sobram perguntas diante de um caso que parece inacreditável se considerado o valor das dívidas e das inconsistências, a reputação de seus acionistas de referência e o tamanho da empresa.
Nos últimos dias conversei com fontes de mercado e advogados e trago a seguir algumas das muitas perguntas sobre o rombo contábil na varejista que até o momento seguem sem resposta.
Em dia de volatilidade nos mercados, com investidores repercutindo balanços trimestrais, as commodities operam em alta.
O petróleo tipo Brent sobe 1,30%, a US$ 88,62 o barril.
Já o minério de ferro negociado em Cingapura avançou 0,76%, com a tonelada a US$ 126,55. Vale lembrar que as negociações em Dalian, na China, seguem suspensas em razão do feriado de Ano Novo Lunar.
O Ibovespa futuro abriu o último pregão da semana em alta de 0,21%, aos 114.950 pontos. Já o dólar à vista sobe 0,14%, negociado a R$ 5,0814.
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis de Wiz Soluções e Corretagem de Seguros (WIZS3).
WIZS3: [Entrada] R$ 7.34; [Alvo parcial] R$ 7.56; [Alvo] R$ 7.93; [Stop] R$ 6.95
Recomendo a entrada na operação em R$ 7.34, um alvo parcial em R$ 7.57 e o alvo principal em R$ 7.93, objetivando ganhos de 8.0%.
O stop deve ser colocado em R$ 6.95, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.
- FGV: Confiança na indústria em janeiro (8h)
- Banco Central: Estoque de crédito, crédito livre, juro médio, inadimplência média (9h30)
- Governo Federal: Presidente Lula se encontra com governadores dos estados e do DF (9h30)
- Estados Unidos: PCE e núcleo do PCE (10h30)
- Tesouro Nacional: Resultado primário do governo central de dezembro e em 2022 (13h30)
- Tesouro Nacional: Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, concede coletiva sobre resultado primário (14h)
- Aneel define bandeira tarifária para fevereiro
Balanços do dia
Antes da abertura:
- EUA: American Express
- EUA: Chevron
Os índices futuros de Nova York amanheceram em queda nesta sexta-feira.
O movimento antecede a divulgação do PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos Estados Unidos.
O PCE é o indicador favorito dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para mensurar os rumos da inflação no país.
A próxima reunião de política monetária do Fed está marcada para a semana que vem.
Veja:
- Dow Jones futuro: -0,09%;
- S&P 500 futuro: -0,30%;
- Nasdaq futuro: -0,54%.
As principais bolsas de valores da Europa abriram em leve alta nesta sexta-feira.
O tom é discretamente positivo enquanto os investidores preparam-se para as primeiras decisões de política monetária dos principais bancos centrais do hemisfério norte em 2023.
Os dirigentes do Fed, do BCE, do Banco da Inglaterra e do Brasil promoverão suas respectivas reuniões na semana que vem.
Veja:
- Frankfurt: -0,02;
- Londres: +0,04%;
- Paris: +0,06%;
As principais bolsas de valores da Ásia fecharam em leve alta nesta sexta-feira.
Os investidores repercutiram a alta da véspera em Wall Street em meio a sinais de que a economia dos Estados Unidos e os lucros de suas empresas estão mais fortes do que se imaginava.
A bolsa de Tóquio avançou 0,07%, a de Seul subiu 0,62% e a de Hong Kong registrou alta de 0,54%.
As bolsas de Xangai e Taiwan continuam fechadas por causa das celebrações do ano-novo lunar na região.
Os negócios nesses mercados serão retomados na segunda-feira.