Bolsas de Nova York terminam a sessão em queda após inflação nos EUA; dólar e petróleo fecham em alta
A inflação nos Estados Unidos ditou o ritmo do pregão lá fora após o CPI superar as projeções e elevar o temor dos investidores de uma inflação persistente nos EUA

Com a bolsa brasileira fechada pelo feriado, os investidores mantiveram os olhos nos mercados internacionais e na agenda econômica do exterior nesta quinta-feira (12). A inflação nos Estados Unidos ditou o ritmo do pregão lá fora.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA superou as projeções e elevou o temor dos investidores de uma inflação persistente na terra do Tio Sam.
O índice subiu 0,4% em setembro em relação ao mês anterior, mas mostrou desaceleração na comparação mensal. Projeções compiladas pelo Broadcast indicavam que o CPI deveria registrar um avanço de 0,3% no período.
Já o núcleo do CPI, que tem maior poder de influência na decisão de política monetária pois exclui itens mais voláteis do cálculo da inflação, veio dentro do previsto, com alta de 0,3% em setembro.
Vale lembrar que o indicador não é a métrica preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para a inflação, mas superou as expectativas em setembro e traz sinais mais sólidos do que pode acontecer nos últimos dois encontros do BC norte-americano de 2023.
A inflação mais forte que o esperado também impulsionou os Treasurys, os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, e o dólar.
Leia Também
A moeda norte-americana se fortaleceu hoje. O índice DXY, indicador que compara o dólar com uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,71%.
Os índices de Wall Street fecharam em queda nesta quinta-feira (12), pressionados pela maior cautela do mercado após os dados de inflação nos EUA e pela alta dos títulos da dívida do governo norte-americano.
Confira como fecharam as bolsas de valores dos Estados Unidos nesta quinta-feira:
- Dow Jones: -0,51%
- S&P 500: -0,62%
- Nasdaq: -0,63%
Já o EWZ, fundo de índice (ETF) de ações brasileiras listado em Nova York, encerrou o pregão desta quinta-feira em forte queda de 2,05%.
Vale ressaltar que, por ser o principal ETF brasileiro negociado nos EUA, o indicador é considerado um termômetro de como a bolsa local deve digerir os dados de inflação no pregão de amanhã, quando as negociações na B3 serão retomadas.
- ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? Analistas da Empiricus Research revelam suas principais recomendações para o mês em entrevista completa para o Youtube do Seu Dinheiro. Assista agora:
Para além de Wall Street
As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira em altas superiores a 1% — com destaque para os avanços de 1,93% do índice Hang Seng em Hong Kong e de 1,75% do japonês Nikkei.
O desempenho foi influenciado pela expectativa de que o Federal Reserve mantenha os juros dos Estados Unidos no patamar atual, entre 5,25% e 5,50%, em novembro.
Já os índices europeus também repercutiram a divulgação da ata do Banco Central Europeu (BCE).
O documento revela que a decisão entre manter ou elevar os juros no bloco econômico foi apertada, mas a avaliação foi de que não subir as taxas poderia sinalizar uma preocupação maior com a economia do que com a inflação.
As bolsas de valores de Londres e Milão subiram 0,32% e 0,26%, respectivamente, enquanto Frankfurt recuou 0,23% e Paris caiu 0,37% hoje.
Além da inflação nos EUA, o petróleo
A inflação nos Estados Unidos não foi a única protagonista do pregão desta quinta-feira (12). O petróleo também roubou os holofotes hoje devido ao temor de menor oferta de petróleo causada pelos conflitos em Israel.
Isso porque a guerra entre Israel e Hamas levantou questões sobre uma potencial crise no fornecimento de petróleo e um consequente aumento dos preços dos combustíveis se a instabilidade geopolítica se espalhar para os países vizinhos que também exportam a commodity.
O petróleo do tipo Brent, considerado referência no mercado internacional, fechou em alta de 0,65%, negociado a US$ 86,38 o barril.
Por sua vez, os contratos futuros da commodity do tipo WTI fecharam próximos da estabilidade, em leve alta de 0,01%, a US$ 83,50 o barril.
Em relatório mensal, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que a forte escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio deixou os mercados em alerta, uma vez que a região é responsável por um terço do comércio marítimo de petróleo.
"Embora não tenha havido impacto direto na oferta física, os mercados permanecem na expectativa à medida que a crise se desenrola", afirmou a AIE, nesta quinta-feira.
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período