🔴 É HOJE: COPOM DECIDE PATAMAR DA SELIC; SAIBA ONDE INVESTIR DEPOIS DO RESULTADO – INSCREVA-SE

Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
SD ENTREVISTA

A nova cara (e tamanho) dos escritórios: busca por luxo e conforto em prédios menores mostra tendência para fundos imobiliários, indica gestor do PVBI11

Rodrigo Abbud, que é sócio fundador da gestora, diz que companhias de menor porte estão buscando áreas pequenas, mas com características premium, para locação

Larissa Vitória
Larissa Vitória
30 de outubro de 2023
6:43 - atualizado às 9:45
Vista aérea de uma aglomeração de edifícios de escritórios e casas | Fundos imobiliários
Imagem: Unsplash

Quando a pandemia de covid-19 obrigou milhares de empresas a fecharem escritórios e adotarem o home office, parecia que o mercado de lajes corporativas nunca mais seria o mesmo.

A vacância disparou, afetando as receitas de empreendedores e fundos imobiliários que investem no segmento. Além das quedas nos aluguéis, os FIIs também foram penalizados na bolsa de valores, com as cotas caindo vertiginosamente enquanto os investidores se perguntavam para onde iria o mercado.

As principais dúvidas que afligiam os investidores incluíam o modelo de trabalho pós-pandêmico — à distância, presencial ou híbrido — e como ele afetaria os escritórios demandados pelas empresas, principalmente em termos de tamanho e localização.

Agora, quase seis meses após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar que o coronavírus não representa mais uma emergência de saúde pública, é possível responder a algumas dessas perguntas. 

O trabalho híbrido, por exemplo, no qual é possível intercalar períodos em casa e no escritório, ganhou tração e, segundo Rodrigo Abbud, sócio fundador da VBI Real Estate, leva à popularização de uma nova categoria no mercado: a dos edifícios boutique, prédios de altíssimo padrão, com serviços e comodidades diferenciados e em localizações premium.

“O que vimos de alteração recente no perfil foi um aumento na procura por áreas menores, mas na melhor localização possível. E o que parecia algo pontual, caso a caso, começou a tomar corpo”, explica ele, que é Head do segmento de escritórios na gestora e faz parte do time responsável pelo VBI Prime Properties (PVBI11) — um dos cinco maiores FIIs do segmento.

Abbud afirma que o PVBI11 se antecipou a esse movimento ao fazer a aquisição do Union Faria Lima em abril de 2021. Segundo o gestor, o ativo — que ainda está em construção e deve ser entregue no quarto trimestre — é formado por lajes de cerca de 319 a 600 metros quadrados e registra uma demanda “muito constante” para locações em patamares acima de R$ 300 por metro quadrado.

O que nunca muda no mercado de escritórios

Se, por um lado, os prédios boutique ganharam força com o regime híbrido, Abbud também indica que algumas coisas nunca mudam no mercado: “As grandes empresas sempre preferiram lajes grandes, acima de mil m², e mantiveram esse desejo após a pandemia.”

E a preferência não é apenas para que as lajes combinem com o tamanho da companhia, mas tem uma justificativa, conforme conta Abbud: minimizar a verticalização da operação, que cria barreiras para a interação entre as áreas.

“Para locações acima de 1,5 mil m² é muito mais fácil e prático estarem todos à vista em um mesmo andar. Lajes menores demandam que você pegue um elevador, por exemplo, para falar com outro setor.”

Onde todos querem estar

Outro desejo que se mantém, e é o mesmo para empresas grandes ou pequenas, é o de estar nos principais centros corporativos e econômicos de São Paulo, como as regiões das avenidas Paulista e Faria Lima.

“A taxa de vacância da cidade de São Paulo está em torno de 25%, o que cria um mercado muito mais favorável para o inquilino. Mas na análise setorial existem dois mundos diferentes. A Faria Lima, por exemplo, manteve a oferta e a ocupação dos escritórios controladas, o que preserva o valor de locação”, aponta Abbud.

De acordo com dados da consultoria SiiLA, o mercado de lajes corporativas da Faria Lima registrou vacância de 5,2% no segundo trimestre deste ano.

O auge da desocupação na região ocorreu junto com o pico da pandemia de covid-19, no terceiro trimestre de 2020, quando a vacância chegou a 12,35% — ainda abaixo da média na capital paulista.

E o gestor da VBI não acredita que esse cenário deve mudar, pois o próprio local cria barreiras para a oferta de novas lajes com a baixa disponibilidade de terrenos e os altos custos para a construção.

Qual é a estratégia do fundo imobiliário de escritórios PVBI11? 

Com as mudanças — e constantes — do mercado de escritórios traçadas, Abbud diz que só há um caminho para o fundo de lajes da casa: focar na localização dos empreendimentos, qualidade e governança.

Atualmente, o portfólio do FII é composto por quatro ativos do tipo AAA — com as especificações construtivas mais elevadas — localizados nas regiões da Faria Lima, Vila Olímpia e Paulista.

O PVBI11 também adquiriu recentemente uma participação de 13% no empreendimento The One que pertencia ao Pátria Edifício Corporativos (PATC11) — fundo que passou a ser gerido pela VBI após o Patria Investments comprar parte da gestora.

O FII também tentou adquirir a fatia do ONEF11 no ativo, mas teve a proposta recusada duas vezes pela gestora do fundo imobiliário.

Os últimos movimentos do fundo, porém, abriram a possibilidade de que o PVBI11 volte a tentar aumentar sua participação no prédio: a maioria dos cotistas do ONEF11 aprovou uma mudança na gestão do FII e sinalizou, em assembleia, que pode aceitar a oferta.

Mas será que o VBI Prime Properties ainda tem interesse no ativo? “Não tenha dúvida. Todo empreendimento em que já estamos nós gostamos o bastante para aumentar a participação”, declara Abbud.

Compartilhe

MEA CULPA

O erro de Stuhlberger: gestor do Fundo Verde revela o que o fez se arrepender de ter acreditado em Lula

8 de maio de 2024 - 11:09

Em apresentação a investidores Stuhlberger qualificou 2024 como ‘ano extremamente frustrante e decepcionante’

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa cai com Nova York à espera de Copom e dólar avança; BRF (BRFS3) dispara 13% após balanço

8 de maio de 2024 - 7:20

RESUMO DO DIA: A quarta-feira mais esperada de maio chegou. Hoje, o Copom divulga uma nova decisão de política monetária. As apostas majoritárias são de corte de 0,25 ponto percentual nos juros, reduzindo a Selic de 10,75% para 10,50% ao ano. Mas a chance de corte de 0,50 ponto percentual não está descartada. Além do […]

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa é embalado por balanços e fecha em alta, enquanto dólar tem leve queda; Suzano (SUZB3) despenca 12%

7 de maio de 2024 - 17:24

RESUMO DO DIA: Na véspera da decisão do Copom, a política monetária ficou em segundo plano em dia de repercussão de balanços trimestrais e poucas notícias nos mercados internacionais. O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,58%, aos 129.210 pontos. Já o dólar à vista fechou a R$ 5,0673, com leve queda de 0,13%. […]

'FEIRÃO' DE FIIs

Fundo imobiliário favorito do mês está com desconto na B3 e abre oportunidade de compra; confira as recomendações de dez corretoras

7 de maio de 2024 - 17:20

No último mês, as mudanças no cenário macroeconômico global e brasileiro — incluindo a alta dos juros futuros e ruídos fiscais — criaram um verdadeiro “feirão” entre os FIIs negociados na bolsa de valores.

TERCEIRA EMISSÃO

WHG Real Estate (WHGR11) anuncia oferta de ações de R$ 200 milhões; confira detalhes da nova emissão de cotas do fundo imobiliário

7 de maio de 2024 - 13:31

O montante final da WHGR11 ainda pode variar em mais de 50 milhões caso tenha excesso de demanda no decorrer da oferta de ações

DESTAQUES DA BOLSA

Suzano (SUZB3) recua 12% na B3 com notícia sobre proposta bilionária pela IP dias antes do balanço do primeiro trimestre

7 de maio de 2024 - 12:36

A companhia brasileira fez uma proposta de US$ 15 bilhões pela International Paper

CRISE CLIMÁTICA

Banrisul (BRSR6) e IRB (IRBR3) são os mais expostos pela tragédia climática no RS, diz JP Morgan, que calcula o impacto nos resultados

7 de maio de 2024 - 11:17

JP Morgan avaliou a exposição do setor financeiro à catástrofe; impacto sobre bancos e seguradoras vai além de Banrisul e IRB

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Braskem despenca e Ibovespa não sustenta o fôlego vindo de Nova York; dólar sobe a R$ 5,07

6 de maio de 2024 - 17:40

RESUMO DO DIA: Começou mais uma semana decisiva para os juros no Brasil. O Copom reúne-se na próxima quarta-feira (8) e é esperado um novo corte na Selic. Mas enquanto o dia não chega, os investidores acompanharam os desdobramentos da crise climática no Rio Grande do Sul e os possíveis impactos no cenário fiscal. O […]

AÇÃO DO MÊS

A Vale (VALE3) está de volta: mineradora lidera a preferência dos analistas para maio; confira as ações preferidas na carteira recomendada de 12 corretoras

6 de maio de 2024 - 6:56

Após reduzir o temor de interferência política na companhia e garantir a permanência de Eduardo Bartolomeo até o fim do ano, as ações da ex-estatal avançaram mais de 4% em março

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: decisão do Copom divide espaço com balanços e dados de inflação em semana cheia

6 de maio de 2024 - 6:20

Internacionalmente, gigantes como Walt Disney apresentam seus resultados, oferecendo uma visão ampla do desempenho empresarial em várias indústrias

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar