🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Liliane de Lima

É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formada pela PUC-SP, já passou pelo portal DCI e setor de análise política da XP Investimentos.

QUEDA DE APORTES

Crise dos unicórnios e demissões em massa têm explicação: investimentos em startups caíram 44% no primeiro semestre

Inflação global, escalada da alta de juros e a Guerra da Ucrânia geraram incertezas no mercado e “seguraram” os investimentos; as mais afetadas são as startups de late stage e unicórnios

Liliane de Lima
6 de julho de 2022
16:18 - atualizado às 12:33
startup
Imagem: Shutterstock

O cenário de inflação global e alta de juros, somado à surpresa com a Guerra da Ucrânia, em fevereiro, trouxeram novas perspectivas e desafios para as startups — e as mais maduras, em estágio pré-IPO, e os unicórnios foram as que mais sentiram o impacto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pois esse sentimento de que a torneira secou — que antes era apenas uma percepção dos investidores e especialistas do mercado — ganhou números. O volume de investimentos em startups caiu 44% no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. 

Nos primeiros seis meses de 2022, cerca de US$ 2,92 bilhões foram investidos em 327 startups; de janeiro a junho do ano passado, o volume foi de US$ 5,25 bilhões, alocados em 416 negócios. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6), no relatório semestral da Distrito

Vale ressaltar que 2021 foi o melhor ano para as empresas de tecnologias em todos os estágios: semente (seed), estágio inicial (early stage) e estágio final (late stage). O ano terminou com volume de US$ 10 bilhões investidos — o que não deve se repetir em 2022, segundo Gustavo Araújo, co-fundador e CRO da Distrito.

Segundo o relatório, a queda no número e volume de investimentos foi alavancada, sobretudo, pelas empresas em estágio final, que são os unicórnios (companhias avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) e em fase pré-IPO. As rodadas caíram 68% no primeiro semestre comparado ao mesmo período do ano anterior. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já as companhias em estágio seed e early conseguiram crescer, mesmo diante do cenário macroeconômico incerto. Elas registraram um aumento de 86% e 14%, respectivamente, em aportes. 

Leia Também

Por fim, a queda de 44% ainda não foi maior por um motivo: “o ano começou com rodadas que já estavam negociadas no ano passado, mas que só foram divulgadas no primeiro trimestre”, afirmou Araújo. 

Demissões em massa nos unicórnios

As empresas de tecnologia mais robustas, que estão no estágio final (late stage), pré-IPO e unicórnios sentiram mais a “fuga” dos investimentos. 

Um dos motivos para esse movimento é a mudança de critérios dos investidores. Segundo Araújo, “agora não é mais só crescer de maneira agressiva, mas ter mais sustentabilidade de crescimento”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, com menos rodadas e volume menor de investimentos, as startups precisam investir com mais cautela, já que é preciso lidar com o dinheiro por mais tempo. 

Por isso, as reduções no quadro de funcionários e em marketing são as primeiras ações das empresas. O setor imobiliário, por exemplo, era um dos mais “desejados” entre os investidores no ano passado — agora, nem tanto. 

As incertezas econômicas ainda devem atingir as empresas em late stage no segundo semestre deste ano. Ou seja, a onda de demissões pode continuar nos próximos meses.

E existe uma solução? Para Araújo, essas startups ainda devem ser penalizadas, a não ser que o cenário macroeconômico mude.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que é pouco provável, já que não se sabe quando a China retomará a produção no nível pré-pandemia, por quanto tempo a Guerra da Ucrânia deve durar e a quando acabará a escalada de juros do Federal Reserve (Fed, equivalente ao Banco Central do Brasil). 

Logo, o reequilíbrio das contas (breakeven) é o que deve ser feito pelos unicórnios e empresas em late stage nesse momento. 

Por fim, as eleições presidenciais, por aqui, terão pouco impacto no mercado de venture capital, independentemente de quem leve a faixa presidencial. Isso porque o ecossistema de startups brasileiras tem maturidade, além de termos o Banco Central independente e autônomo. 

Nubank vai sobreviver à alta de juros?

Apesar das quedas bruscas das ações na bolsa de valores, o Nubank deve respirar com fôlego no mercado brasileiro nos próximos anos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora esteja em um dos setores mais dependentes de crédito e liquidez, a onda de fintechs ainda está longe de ter mudança nos próximos anos. “O Brasil ainda tem problemas estruturais grandes e é um dos países do mundo com mais inovações em tecnologia financeira”, explica Araújo. 

As fintechs continuam dominando os aportes, ainda que com um volume menor do que o ano passado. Em seguida, as Retail Techs — startups de tecnologia do varejo, a VTEX por exemplo— e RHTechs — voltadas para recursos humanos, como a Gupy e a Kenoby — foram as empresas que receberam o maior número de aportes nos primeiros seis meses de 2022. 

Startups: o que vem aí no segundo semestre

A onda de unicórnios e IPOs observados nos anos anteriores, sobretudo entre 2018 e 2020, deve dar uma trégua neste ano. 

Não há expectativas, segundo o relatório do Distrito, pelo surgimento de novas empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão neste segundo semestre. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por sua vez, o cenário continuará sendo de cautela, ainda muito imprevisível. 

Nos próximos meses, a Distrito ainda espera uma redução de aportes, chamando também de correção, em startups em estágio early, em razão das quedas registradas no primeiro semestre nas companhias em late stage. 

Contudo, o impacto não deve ser tão forte, já que estão em outro estágio de amadurecimento — de validação e escalabilidade do negócio. 

Veja também — Startups e unicórnios estão sofrendo com os juros americanos: sem lucros nem financiamento, é o fim?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AGRONEGÓCIO

3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025

6 de dezembro de 2025 - 14:21

Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America

PROJETOS DA ESTATAL

Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes

6 de dezembro de 2025 - 9:23

A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras

MAL DE SAÚDE

ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões

6 de dezembro de 2025 - 8:49

A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)

SD ENTREVISTA

Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO

5 de dezembro de 2025 - 15:30

O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office

ACORDO BILIONÁRIO

Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner 

5 de dezembro de 2025 - 14:44

Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses

BRIGA ACALORADA

A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?

5 de dezembro de 2025 - 13:50

Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem

ENVOLVIDO NAS INVESTIGAÇÕES

Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito

5 de dezembro de 2025 - 11:12

O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência

ATENÇÃO,

Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações

4 de dezembro de 2025 - 20:28

A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos

FUMAÇA

Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões

4 de dezembro de 2025 - 16:40

No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono

VAI ESTOURAR?

Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real

4 de dezembro de 2025 - 15:26

Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha

ÁGUA NO CHOPE

Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG

4 de dezembro de 2025 - 13:24

A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher

VAI RECORRER

Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%

4 de dezembro de 2025 - 12:40

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”

SEGURADORAS

De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha

4 de dezembro de 2025 - 11:32

Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO

FATURA PAGA OU NÃO PAGA?

Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas

4 de dezembro de 2025 - 11:16

Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema

DÍVIDAS

Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP

4 de dezembro de 2025 - 9:47

Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras

NÃO É SÓ PELO MINÉRIO

Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado

3 de dezembro de 2025 - 19:42

Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora

APOSTANDO EM TUDO

O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo

3 de dezembro de 2025 - 15:40

A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo

EM FAVOR DA OPA

Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor

3 de dezembro de 2025 - 14:45

O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia

FINTECH GIGANTE

Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central

3 de dezembro de 2025 - 12:34

Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização

ESTREANTES NO MERCADO

Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026

3 de dezembro de 2025 - 11:23

A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar