Ações de Vale e Usiminas são castigadas após balanço, mas não é hora de vender VALE3 e USIM5
As duas gigantes do setor de siderurgia divulgaram resultados financeiros do segundo trimestre nas últimas 24 horas e os investidores não gostaram do que viram — entenda por que a recomendação é de ter esses papéis em carteira

No corpo humano, o pulmão tem a função de absorver o oxigênio, mas na mineração o nome do órgão respiratório é usado para se referir às reservas estratégicas que mantêm a regularidade do processo de produção. E é mais ou menos esta, também, a função dos papéis de Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5) — dar regularidade às carteiras de ações.
As duas gigantes do setor de siderurgia e mineração apresentaram os resultados financeiros do segundo trimestre nas últimas 24 horas, e os investidores não gostaram do que viram.
O resultado: as ações VALE3 e USIM5 estão recuando pelo menos 3% na B3 nesta sexta-feira (29). Mas ainda assim, a recomendação é de ter os papéis em carteira.
De acordo com dados compilados pelo TradeMap, as ações VALE3 têm oito recomendações de compra, quatro neutras e nenhuma de venda.
O preço-alvo médio é de R$ 101,85, o que representa um potencial de valorização de 44% em relação ao fechamento de quinta-feira (28).
No caso da Usiminas, os dados compilados pelo TradeMap mostram que os papéis USIM5 também têm oito recomendações de compra, quatro neutras e nenhuma de venda.
Leia Também
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
O preço-alvo médio é de R$ 15,69, o que representa um potencial de valorização de 73,5% em relação ao fechamento de quinta-feira (28).
Por que é uma boa ter Vale (VALE3) na carteira?
O lucro líquido das operações continuadas da Vale (VALE3) recuou 49,7% no segundo trimestre em termos anuais, para US$ 4 bilhões. Na mesma base de comparação, a receita líquida de vendas caiu 32,44%, para US$ 11,1 bilhões.
A derrapada do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi ainda maior e chegou a 53,1% também em termos anuais. O indicador fechou o trimestre em US$ 5,2 bilhões e, segundo a Vale, refletiu a queda do minério de ferro e do cobre no mercado internacional.
O desempenho mais fraco faz as ações VALE 3 recuarem 2,02%, cotadas a R$ 69,25, por volta de 14h35.
O Bradesco BBA, no entanto, já esperava a reação negativa do mercado aos números da Vale do segundo trimestre e avalia que o desempenho foi, em grande parte, impulsionado por custos acima do esperado na divisão de minério de ferro.
O banco reconhece que o caminho da Vale não será linear no curto prazo, mas, ainda assim, recomenda a compra dos papéis VALE3 porque acredita que a demanda na China vai melhorar no segundo semestre do ano, apoiando os preços de commodities e ações.
O Safra é outro banco que recomenda a compra de ações da Vale sob o argumento de que o aumento de volumes no semestre deve ajudar a reduzir os custos unitários e sustentar a boa geração de caixa da empresa — que deve continuar sendo direcionada para dividendos e recompra de ações.
Ontem, a Vale anunciou US$ 3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio no segundo semestre a serem pagos em setembro. O Goldman Sachs, que não informou a recomendação para VALE3, não descarta um dividendo extraordinário também no quarto trimestre deste ano.
E a Usiminas (USIM5)?
A Usiminas (USIM5) viu o lucro líquido cair 77% entre abril e junho em base anual, para R$ 1,060 bilhão. O resultado está 16% abaixo dos números do primeiro trimestre deste ano.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 1,930 bilhão no período, um recuo de 62% em termos anuais. Já a receita líquida da Usiminas somou R$ 8,531 bilhões, um recuo de 11% na mesma base de comparação.
A empresa, que divulgou o balanço nesta sexta-feira (29), atribui o desempenho às “perdas cambiais registradas no fechamento do trimestre, parcialmente compensadas pelo melhor lucro operacional antes do resultado financeiro no período”.
Ainda assim, os investidores não gostaram do que viram. Por volta de 14h35, as ações USIM5 caíam 4,31%, cotadas a R$ 8,65.
As ações da Usiminas tiveram desempenho significativamente inferior ao de seus principais pares no acumulado do ano, com perda de 53%. A empresa vem enfrentando dificuldades operacionais, principalmente na base de custos, devido à alta exposição a carvão e placas.
No entanto, o BTG Pactual está entre os bancos que recomendam a compra dos papéis USIM5 por acreditar que algumas dessas tendências, que levaram ao baixo desempenho, podem ser revertidas, o que poderia levar as ações a recuperar algumas das perdas.
Já o Itaú BBA, que também recomenda a compra de USIM5, destaca que os maiores volumes produzidos pela Usiminas no segundo trimestre mais do que compensaram a menor realização do preço do minério de ferro.
No período, os preços do aço no mercado interno aumentaram 16%, principalmente devido à elevação de preços do setor automotivo no trimestre.
Veja também: A bolsa nunca esteve tão barata?
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas
Ibovespa volta a renovar máxima na esteira de Nova York e dólar acompanha; saiba o que mexe com os mercados
Por aqui, os investidores seguem de olho nas articulações do Congresso pela anistia, enquanto lá fora a chance de corte de juros pelo Fed é cada vez maior
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
A prata segue a mesma trajetória de ganhos e renova o maior nível em 14 anos a US$ 42,29 a onça-troy; saiba se vale a pena entrar nessa ou ficar de fora