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Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
VOANDO ALTO

Embraer pode disparar 177% até o fim deste ano, segundo o JP Morgan; por que os analistas recomendam a compra de EMBR3?

Apesar de um resultado fraco no primeiro trimestre de 2022, a casa acredita que os papéis estão subavaliados pelo mercado e podem subir mais de 160% até dezembro

Aeronave da Embraer (EMBR3)
Aeronave da Embraer - Imagem: Divulgação

Para quem está acostumado a entregar jatos que decolam com perfeição, virar o jogo nas últimas semanas de forma positiva não foi um feito extraordinário para a Embraer (EMBR3). Mesmo depois de divulgar um balanço abaixo das expectativas, a empresa continua no gosto seleto do JP Morgan.

Os analistas da casa acreditam que as ações estão subavaliadas e podem disparar nas bolsas de valores daqui e de Nova York, por isso, recomendam a compra dos papéis.

“Em nossa opinião, os mercados estão tendo dificuldade em incorporar o valor da Eve nas ações da Embraer, pois, apesar da listagem da Eve e do valor de mercado atual, as ações não reagiram a este fato, caindo 11% nesta semana em Nova York”, disse a casa de análise.

Ações da Embraer (EMBR3) em disparada em 202

Para as ações da companhia listadas na Nyse, os analistas revisaram para cima o preço-alvo por ação EJ e fixaram em US$ 27 até dezembro deste ano, o que implica em um potencial de valorização de 169,2% em relação ao fechamento de quarta-feira (11), de US$ 10,03.

Enquanto isso, para os papéis negociados na B3, o preço-alvo é de R$ 36 por ativo EMBR3 até o final de 2022, o que representa uma alta potencial de 177,5% ante a cotação do último pregão, de R$ 12,97.

No pregão desta quinta-feira (12), as ações ordinárias (EMBR3) da companhia operam em alta. Depois de liderarem as altas do Ibovespa nesta manhã, os papéis arrefeceram a valorização.

Por volta das 14h45, a EMBR3 subia 1,93%, negociada a R$ 13,22. No acumulado deste ano, a ação da empresa acumulou desvalorização de 47,7%.

Por que é hora de comprar Embraer (EMBR3)?

Você pode até se perguntar o motivo de comprar ações da Embraer (EMBR3) depois que a empresa entregou métricas abaixo das estimativas. Porém, os analistas do JP Morgan não só analisaram um como três pilares para construírem a tese de compra dos papéis.

Voos domésticos

O primeiro deles é a aviação comercial regional. A Embraer, já em posição de liderança no segmento, com jatos de até 150 assentos, está passando por uma recuperação mais rápida em relação às viagens internacionais pós pandemia da covid-19.

A taxa de ocupação de voos domésticos da companhia retomou aos patamares pré-coronavírus, para 80% em março de 2022. Enquanto isso, o percentual em voos internacionais segue 5 pontos percentuais abaixo do período pré-pandemia, em 75%.

Potencial de valorização

O segundo pilar da tese dos analistas é o “upside atraente” — que nada mais é do que o potencial de alta de um ativo em um certo período.

Isso porque, segundo a avaliação do JP Morgan, os segmentos de aviação comercial e serviços e suporte já somam a maior parte do valor de mercado atual da empresa, de aproximadamente US$ 1,9 bilhão.

“A empresa deve se beneficiar do dimensionamento correto, obrigando as companhias aéreas a ajustarem o volume e a focar na lucratividade, e da regionalização, aumentando a demanda por viagens domésticas/curtas distâncias”, disse a casa em relatório.

A listagem do negócio da Eve — sua startup de "carros voadores” — na NYSE, com um valor de firma (enterprise value) de aproximadamente US$ 2,1 bilhões, ainda impulsiona a análise da casa, uma vez que a Embraer possui participação de 90% na empresa de carros voadores.

Recuperação do lucro da Embraer (EMBR3) em 2023

O terceiro e último ponto que compõe a tese do JP Morgan para a Embraer (EMBR3) é a projeção de recuperação dos números da companhia no próximo ano.

Os analistas acreditam que o lucro terá uma sólida recuperação em 2023, com alta de 2 pontos percentuais na margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português), resultando em um Ebitda de US$ 638 milhões.

Quais os riscos da análise da Embraer (EMBR3)?

Assim como qualquer projeção, existem situações que podem colocar em risco toda a tese desenvolvida anteriormente. No caso da análise do JP Morgan sobre a Embraer (EMBR3), são seis fatores a serem considerados.

Sustentação das margens e da participação no mercado

A relevância da Embraer no setor de aviação foi citada anteriormente como um dos pilares da análise do JP Morgan. Porém, se essa coluna começar a ceder, a estrutura inteira — no caso, a tese de investimento — pode vir a ruir.

Deixe-me explicar. Apesar de ser líder no mercado em que atua, a concorrência na aviação comercial está crescendo, inclusive pelo lançamento da aeronave A220 pela Airbus.

Assim, caso a companhia não consiga sustentar sua participação de mercado no segmento de jatos de até 150 assentos, a avaliação dos analistas pode ser impactada.

Além disso, se a empresa precisar reduzir suas margens para competir com a Airbus, os resultados no médio e longo prazo podem ficar abaixo do esperado pelo JP Morgan, o que também pode comprometer a análise das ações.

Recuperação na aviação regional

A recuperação da Embraer na aviação regional se mostrou evidente ao analisar a taxa de ocupação das aeronaves. Porém, outro fator pode impactar essa melhora: a entrega dos jatos em 2022.

Isso porque o segmento representa aproximadamente 40% da projeção dos analistas para o Ebitda da companhia.

O guidance da companhia para este ano é de 60 a 70 unidades entregues, contra 48 em 2021. O JP Morgan espera que a empresa entregue 65 aeronaves neste ano (o ponto médio da projeção da Embraer) e 90 unidades em 2023.

Ou seja: caso a recuperação do segmento venha mais lenta do que o esperado ou a rentabilidade seja menor que o projetado, as estimativas para o Ebitda também sofrem.

Concorrência entre fabricantes

Outro ponto de risco para a análise da Embraer é o crescimento da concorrência entre fabricantes de aeronaves.

A Ásia (em especial, a China) já é o maior mercado de novos aviões de passageiros. Porém é uma região em que a Embraer possui exposição limitada, uma vez que representa apenas 5% do total de pedidos firmes da carteira da companhia em aviação comercial.

Assim, se surgirem novos concorrentes na Ásia ou a própria Embraer não tiver sucesso em crescer neste mercado, a análise do JP Morgan começa a estremecer. 

Indicadores menores

Assim como um Ebitda abaixo das expectativas pode impactar a análise do JP Morgan, um fluxo de caixa livre da Embraer menor que o esperado também gerará efeitos na tese de investimento da casa.

“Embora a Embraer não tenha nenhum problema de curto prazo com relação à alavancagem, uma queima de caixa adicional em novos investimentos nos próximos trimestres pode levar a uma significativa redução do seu valor patrimonial”, disseram os analistas.

No primeiro trimestre de 2022, a posição de caixa da companhia foi de aproximadamente US$ 2,1 bilhões, com vencimentos não significativos até 2025 em torno de US$ 1 bilhão.

Dependência do governo

O principal cliente de uma das aeronaves da Embraer é ninguém menos que o governo brasileiro.

Porém, a questão fiscal do país fez com que a União revisasse para baixo o contrato de jatos C-390, de 28 aeronaves para apenas 22 atualmente.

Porém, caso surjam novos cortes nas encomendas, a avaliação do JP Morgan pode mudar.

O mercado de carros voadores

Por fim, o mesmo negócio que pode revolucionar o setor da Embraer pode atingir em cheio a avaliação da companhia pelo JP Morgan.

Como dito anteriormente, a empresa possui 90% de participação na Eve. Se o mercado de eVTOL —  os carros voadores da empresa — começar a deteriorar, a própria Embraer pode sair machucada.

Isso porque um cash burn maior que o esperado ou um atraso no desenvolvimento das aeronaves poderia impactar o valuation da Eve e, assim, a potencial geração de valor para a Embraer. 

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